Munícipes mais conscientes ajudam no trabalho de combate às enchentes

O ano de 2015 foi bom para Franco da Rocha, que resistiu as fortes chuvas e não teve o fantasma da enchente assolando o município, como vinha acontecendo nos anos anteriores.

Para que isso acontecesse, houve um grande empenho da Prefeitura, que realizou diversas obras na cidade. Entre elas estão dois pôlderes, sistemas de combate às enchentes inaugurados em dezembro, mês que registrou 235 mm de chuva, bem maior que no mesmo período dos anos de 2013 e 2014, quando 76,10 mm e 198 mm atingiram o solo respectivamente.

O que também houve, principalmente neste último ano, foi o empenho da Defesa Civil na conscientização dos munícipes para que não descartem lixo em locais não apropriados. Ação trouxe resultados.

A diretora de Defesa Social, Elaine Terron, fala sobre as ações mais importantes realizadas em 2015 e destaca os objetivos para 2016:

Você acredita que o município está mais resistente às fortes chuvas?
Podemos perceber que no mês de dezembro tivemos um grande acúmulo de chuvas considerável para o município. Percebemos também que mesmo com grandes precipitações as pessoas não alteraram suas vidas, não houve mudanças na rotina, no dia a dia, no ir e vir. Isso mostra que a cidade começa a dar sinais de resiliência. Após a precipitação a vida, o acesso e a rotina das pessoas não são alteradas.

A prefeitura fez obras que preparou Franco da Rocha contra as enchentes. Mas o que os munícipes podem fazer para ajudar a evitá-las?
A questão das inundações e alagamentos é responsabilidade de todos, não só do governo. Como exemplo, podemos citar o não descarte de lixo em vias públicas, calçadas, praças, entre outros locais. Esses materiais, com as chuvas, são carregados até os bueiros que entupidos podem causar alagamentos. Essa é uma atitude simples que faz a diferença. Devemos entender que a cidade é de todos nós, devemos conservar e termos atitudes positivas. Um outro fator importante a ser considerado, é o resultado das obras de combate à enchente. A cidade respondeu muito bem aos grandes acumulados em um curtos espaço de tempo.

Fale um pouco sobre o perigo dos deslizamentos. Como é o trabalho da Defesa Civil para evitar esses casos?
O deslizamento é consequência de acumulados de chuvas, ou vazamentos que encharcam o solo, evoluindo para o escorregamento. A Defesa Civil, acompanha esses acumulados diariamente em tempo real, através dos pluviômetros automáticos que faz os parâmetros para as ações preventivas. Com esses dados podemos verificar qual a região que tem maiores precipitações, onde existe a probabilidade de deslizamentos. O maior risco dos deslizamento é quando vem acompanhado de desmoronamento. Que pode causar danos materiais e infelizmente a vida. Por esse motivo, é necessária a participação das pessoas.

Como evitar os riscos de deslizamentos? Quais os cuidados devem ser tomados?
Sempre os deslizamentos ou desmoronamentos apresentam sinais que podem ser observados com simples vistorias por qualquer pessoa. Verificação de trincas, rachaduras, sinais de umidade, degraus de abatimento no solo, entre outros. Não se deve acumular lixo ou entulhos nas encostas ou barrancos. Ao verificar esses sinais é recomendável acionar um agente da Defesa Civil ou um profissional responsável para avaliação de riscos.

E como é o trabalho da Defesa Civil?
Essa área de Defesa Civil, não só em Franco da Rocha, mas no mundo, enfrenta diversos desafios devido a falta de cultura preventiva. As pessoas só se lembram em Defesa Civil na hora do desastre, isso é errado! A Defesa Civil deve ser lembrada na hora do planejamento, pensar e auxiliar em ações estratégicas para eliminação ou minimização de riscos.

Quais os objetivos da Defesa Civil para este ano?
Neste ano temos como objetivo ampliar as ações de eliminação de riscos, principalmente nas orientações de eliminação de deslizamentos que podem levar ao desmoronamento. Ampliar as informações onde todos as pessoas aprendam a serem gestoras dos seus riscos, como acidentes e desastres. Sendo assim, a segurança de cada um depende das nossas atitudes e ações.

(Texto: Ewerton Geniseli ; Foto: Orlando Junior)