Exposição “À Mão Livre” fica montada até sexta-feira (07/10), na Casa de Cultura

Sabe aquela hora mais esperada pelos alunos na aula de artes em que a professora diz: “Agora o tema é livre, soltem a imaginação”? Foi inspirado neste momento, que o artista plástico Edgar Lizardo, de 44 anos, deu nome a sua exposição que está na Casa de Cultura de Franco da Rocha, de “À mão livre”.

A ideia conforme o artista, é que as pessoas comecem a enxergar a arte atual de uma forma menos estética e mais conceitual.

Edgar conta que desde pequeno sempre gostou de desenhar e pintar. Entre os colegas de escola sempre se destacava por isso, era aquele aluno ruim nas outras matérias, mas em arte era muito bom. Porém somente após alguns anos, que ele se dedicou profissionalmente no mundo das artes quando já adulto, surgiu a oportunidade de estudar artes visuais em uma faculdade em São Paulo, onde segundo ele não aprendeu muita coisa, pois no ensino acadêmico eles te ensinam apenas a receita do bolo. “O modo de preparo temos que aprender sozinhos”.

A princípio, o artista só pintava e fazia desenhos por hobby e nunca almejou fazer uma exposição com os seus trabalhos. Foi quando em uma determinada época de sua vida, em que estava passando por um momento conturbado em sua vida pessoal, decidiu se inscrever no curso de artes plásticas oferecido no Centro Cultural Newton Gomes de Sá, em Franco da Rocha pelo professor Douglas. “Foi ali que comecei a acreditar mais no meu trabalho e explorar os estilos de arte”.

Questionado sobre suas referências, Edgar ressaltou em quem se inspira e também destacou uma influência da família. “Eu tenho muita referência no estilo do pintor Di Calvalcanti, (famoso pintor modernista brasileiro) e no meu tio Lizar, que foi o principal influenciador do meu estilo e é catalogado, com peças expostas no museu Afro Brasil, em São Paulo”.

Na Casa de Cultura
Na exposição que está na Casa de Cultura, o público encontrará vários estilos misturados nas obras de Lizardo como: cubismo, abstracionismo, xilogravura, entre outros. Vale destacar que o artista utiliza vários materiais recicláveis como mosquiteiro, pasta de dente, papelão, fita crepe para fazer suas obras.

Em seu primeiro dia de exposição, Edgar afirmou que a maioria do público presente era de jovens, e apontou algo que chamou sua atenção. “Um dos meus quadros chamado “O casal”, causou bastante estranhamento entre o publico, gerando perguntas como e por que a mulher é verde? E tem cabelo azul?”, e respondi. “Porque não?”.

Em visita à exposição, uma professora de artes comentou sobre o trabalho de Edgar. “Há uma mistura muito forte, tanto nas cores, quanto na textura. Percebo que esse artista deixa muito clara a questão do traço dele. A tinta está de uma forma bem expressiva, bem texturizada e ele trabalha bastante com a perspectiva. Noto também que há algumas memórias infantis da vida dele presentes nas obras”.

A média de visitantes está em alta, chegando de 700 a 800 pessoas por exposição. Questionado sobre o sucesso, o artista ressalta que o mais bacana é que antigamente na cidade não havia campo para os artistas e que hoje em dia a realidade é outra”. Com o grande número de visitantes, Edgar revela que já têm pessoas interessadas em comprar os quadros. “Isso é muito legal porque mostra que o trabalho do artista é valorizado”.

Para quem pretende seguir nas artes plásticas, o pintor afirma que a pessoa deve acreditar em si, em sua intuição e não ligar para as críticas dos outros. “O mais importante é não se prender a resultados, viva o processo da criação”.

Onde e quando?
“À Mão Livre” ficará montada até o dia 07 de outubro, na Casa de Cultura. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
As exposições que estão acontecendo na Casa de Cultura fazem parte do projeto Circuito Expositivo, desenvolvido pela Secretaria Adjunta de Cultura da prefeitura, com artistas de Franco da Rocha, para divulgar a arte de cada um.

Veja algumas imagens da exposição

Texto e foto: Paloma Cristina


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