A Síndica que enfrentou o preconceito, confiou no potencial e atualmente cuida de aproximadamente 300 famílias
Maria Oliveira não quis ser só mais uma Maria no mundo e teve a vida transformada após ter sido sorteada com um apartamento no Residencial Polônia, do programa Minha Casa Minha Vida. Nessa mudança, ela se colocou à disposição para ser síndica do condomínio Lublin e foi eleita pelos moradores para cuidar dos prédios localizados no Jardim Bandeirantes.
Mãe do menino Yuri Carvalho, de cinco anos, ela aceitou o desafio de tomar decisões e provou para os vizinhos que a função para administrar um condomínio não deve ser exercida apenas por homens.
Questionada se houve algum tipo de rejeição sobre sua escolha, ela contou o que viveu pós-eleição. “Senti preconceito por parte das mulheres, por incrível que pareça. Algumas delas ainda possuem uma visão limitada sobre a nossa atuação e participação na sociedade, principalmente quando é um cargo que você está à frente e precisa tomar decisões. Ouvi coisas como: não votei nela, votei em um homem, pois sabia que mulher nesse cargo de síndica não ia dar certo”, contou.
Mesmo com a desconfiança inicial, Maria manteve a cabeça erguida e com muita determinação encarou o desafio sem pensar em desistir. “Sabia que precisava mostrar o meu potencial. Me inspirei, procurei apoio e percebi que somente quando você tenta fazer algo, descobre que é capaz de muitas coisas. Percebi que tenho um potencial que nem imaginava”, explica.
O trabalho, mesmo com pouco tempo, começou a ser reconhecido. “Ela é um exemplo de organização, superação e qualidade de trabalho. Não tenho nenhum problema em relação ao condomínio. Está muito bem cuidado”, elogiou o diretor de Habitação, Antônio Carlos, que acompanha de perto a evolução da síndica.
Com a experiência adquirida ao longo dos 36 anos vividos, a nova moradora do Jardim Bandeirantes mandou um recado para que as mulheres se valorizem, que aprendam a sonhar e a realizar os sonhos. Além disso, também quer que todas lutem para ter mais espaço na sociedade. “Podemos fazer a diferença como mulheres. Acabar com esse preconceito que a mulher foi feita só para ter filhos e cuidar de casa. A cada dia vemos que a realidade é outra”.
Formada em Administração de Empresas, Maria tomou gosto pela função que exerce no condomínio Lublin e garantiu que vai em busca de cursos para aprimorar o conhecimento e seguir desempenhando esse trabalho daqui em diante.
(Texto e foto: Ewerton Geniseli)
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