GCM Leda: o amor em ajudar pessoas

Franco-rochense nata, criada no Pouso Alegre, Leda Donizete de Oliveira levava uma vida tranquila de dona de casa em sua cidade natal. Casou-se cedo, aos 16 anos de idade e cuidava do lar. Porém, o cenário mudou há 14 anos, quando ingressou na Guarda Civil Municipal de Franco da Rocha.

Em 2003 a agora GCM ficou sabendo da abertura do concurso público. Ela possuía o sonho de se tornar uma agente da lei, influência de sua família, onde a maioria atua também na área da segurança.

Após um longo processo, a franco-rochense finalmente passou a integrar a equipe da Guarda Civil Municipal. A partir desse ponto, começava a mudança em sua vida.

Carreira
Leda Donizete já está habituada em ser GMC, afinal, são 14 anos na carreira. Com todo esse tempo, ela sabe bem a importância da sua função em ajudar pessoas, trazendo para a profissão uma sensibilidade única que as mulheres têm mais facilidade em demonstrar.

Entretanto, não foi sempre assim. No início a guarda passou por algumas situações difíceis, mas já superadas. “No começo, quando entrei, eu até chorava quando falavam mais grosso comigo. Hoje não, se falam grosso eu respondo à altura”, afirma.

Durante anos de trabalho é normal que aconteça algum desentendimento ou outro, mas com a experiência, a forma de lidar com as discussões também muda. “Uma vez tive um desentendimento com um colega, mas fui firme e o coloquei em seu lugar. Não é porque sou mulher que podem alterar o tom de voz comigo”, explica.

Questionada sobre a postura dos GCMs homens hoje em dia, ela responde enfática: “Eles têm que respeitar”.

Paixão em servir
Sem muitas mulheres compondo a equipe, dez ao todo, e a GCM Leda, desempenha o papel de rádio operadora. Ela diz gostar do que faz e sua função é a de receber as ocorrências, verificar sua veracidade (pois acontecem casos em que se trata de trotes) e manter contato com as viaturas.

Desde quando entrou na guarda ela desempenha a mesma função. “Eu nunca trabalhei externamente, com as viaturas nas ruas, sempre na sala de rádio e amo o que faço, preciso ficar sempre atenta aos chamados”, diz.

O dia a dia da profissão é sempre uma incógnita para ela. Nenhum dia é exatamente igual ao outro, pois têm alguns que iniciam mais calmo, mas no período da tarde tudo muda por conta das ocorrências.

O que fica claro é a paixão que a franco-rochense tem pelo trabalho, principalmente pelo fato de ajudar os munícipes. Muitas das ocorrências em que a GCM recebe são de jovens com envolvimento com drogas. Há casos em que mães ligam pedindo para prender seus filhos, pois não aguentam mais viver na situação que estão. Nesses momentos, ela desempenha o papel de psicóloga e tenta ajudar ao máximo estas famílias orientando-os a buscar ajuda em lugares corretos. “Nossa função não é só prender as pessoas, mas também de orientar e conversar. Aqui dentro, como rádio operadora, vejo que posso ajudar mais do que nas ruas”.

Por detrás de um sorriso fácil e um olhar sereno, Leda de Oliveira cultiva a empatia em ajudar pessoas pela própria história de vida que tem. Vinda de uma família violenta, com um pai agressivo e alcoólatra, Leda, a mãe e seus irmãos sofriam constantemente agressões físicas. “Às vezes eu me pergunto porque estou na guarda, já que não gosto de violência. Porém, descobri o outro lado na profissão, o de ajudar as pessoas. É esse o meu trabalho.” fala a GCM.
Procurando dar o melhor de si na profissão e na vida, Leda afirma que sempre foi muito familiar, mãe de um rapaz de 24 anos e de uma menina de 18 anos, ela também é avó de um menino de 4 anos. “Valorizo a família e admiro a mulher da minha vida, minha mãe, que criou dez filhos sozinha com um marido violento em casa”.
Mediante sua história de vida, ela ainda retrata as mulheres sendo a coisa mais fantástica do mundo. “O maior presente que Deus deu para a humanidade foram as mulheres. Eu amo ser mulher. Nós conseguimos fazer mil coisas ao mesmo tempo e, somos sem sombra de dúvida, seres especiais”, exaltou.

(Texto e foto: Paloma Cristina)


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