Palestra e integração intermunicipal permite o compartilhamento de experiências sobre Inclusão Educacional

Franco da Rocha aprendeu ao longo de sua história a lidar com as diferenças, desde sua época de emancipação, quando aqui existia o hospital psiquiátrico que ficava dentro do que hoje é o Complexo Hospitalar do Juquery.

Essas diferenças não ficaram só naquele tempo e estão presentes cada vez mais no dia a dia, seja no jeito de se vestir, de viver, falar e também nas questões sociais, culturais e de saúde, mas em resumo, todas as pessoas têm limitações e nunca serão iguais.

Para abordar sobre essas diferenças e falar da educação social em uma perceptiva inclusiva, professores responsáveis pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) de Franco, profissionais que trabalham inclusão no município de Araçariguama, que está a 45 km de São Paulo e membros da Secretaria de Educação de Franco da Rocha assistiram a uma palestra, na última quarta-feira (12), com a psicóloga Biancha Angelucci, da Faculdade de Educação do Estado de São Paulo, da USP, no prédio da secretaria.

Segundo a palestrante, a proposta era de mostrar, em um primeiro aspecto, a discussão sobre educação especial, no âmbito da educação como um todo e falar da importância de reconstruir processos educacionais de um modo geral, em uma perceptiva inclusiva, que é pensando para garantia do direito à educação para todas as pessoas.

Durante a conversa, Biancha destacou que a escola precisa considerar as diferenças humanas e entender essas diferenças como fator de enriquecimento do projeto escolar. “Quem trabalha no atendimento educacional especializado tem a oportunidade de acompanhar a sala de aula, para não deixar as crianças com deficiência sozinhas e fazem a interlocução junto com outro professor na sala de aula, para ajudá-lo a olhar para a sala inteira”.

Inclusão em Franco
Andreia dos Santos de Jesus, que é Assessora Técnica da Educação e responsável pelo desenvolvimento de projetos, entre eles o Foco, Mais Educação, atualmente trabalha no Atendimento Educacional Especializado e falou sobre esse trabalho de inclusão realizado no município. “Nesse ano fizemos uma restruturação grande no serviço para conseguir, cada vez mais, atender as crianças com deficiência. Também fizemos a ampliação do quadro de professores e atualmente temos 11 especializados, o que antes eram seis. Agora investimos em formação e esse encontro coroa esse processo”.

Esse investimento na educação, permitiu que o município dê atendimento para 109 crianças deficientes na rede de ensino fundamental.

A troca de experiências entre a palestrante, os funcionários da prefeitura de Franco da Rocha e os membros de Araçariguama também foi destaque na fala de Andreia. “Um momento como esse é muito importante, pois ajuda as pessoas a olharem o que estamos construindo e vislumbrar. Além disso, é possível ver também que não estamos sozinhos nessa caminhada e que esse assunto está dentro de uma plataforma maior. A discussão nos dá ferramentas para cada vez mais pensarmos em melhorias”.

Caminhando juntos
Luciana Cury, é responsável pela supervisão da educação especial e inclusiva em Araçariguama. Ela também comentou sobre a integração intermunicipal. “Encontros como esse são muito importantes, pois criam uma marca de identificação e propõe o compartilhamento de informações. A solidariedade ganha mais sentido, por isso dessa formação compartilha”.

Sobre o trabalho desenvolvido em Araçariguama, Luciana destacou que os dois municípios são bastante parecidos na questão de porte, arrecadação e tamanho de rede. “Conheço que uma formação compartilhada seria um modo de colaboração entre municípios, que passam pelas mesmas experiências, para a operacionalização da inclusão das crianças com deficiência. Entendendo que estamos no mesmo nível de capacitação de profissionais da rede, o mesmo quadro de crianças atendidas nessa politica de educação inclusiva. Por identificarmos muitos pontos parecidos, a gente entendeu que poderíamos também fazer com que os nossos profissionais compartilhassem os conhecimentos que estão criando, inventando e se aprofundando para fazer o atendimento”.

Pedagoga, Luciana contou como funciona o trabalho de inclusão em seu município. “Temos uma rede em expansão, com 20 escolas municipais, sete delas contam com salas de recurso multifuncional e sete professores de atendimento educacional especializado. Atendemos 87 aluno na rede, onde eles frequentam as salas regulares e tem o professor, orientado pelo professor AEE, na mediação das melhores práticas pedagógicas que constroem a escolarização deles na escola. Além desses, temos um projeto do Centro de Convivência do Adulto com Deficiência, que é para aqueles que já passaram da idade da escolarização, mas que ainda tem necessidade de participação e potencial de crescimento e desenvolvimento humano”, contou.

(Texto e foto: Ewerton Geniseli)


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