Guerreiras: debate para ajudar a salvar vidas e transformar histórias é realizado

O Centro Cultural Newton Gomes de Sá foi palco do 2º Encontro Regional para Reflexão: Polícias Públicas para a Mulher, que abordou sobre os direitos e deveres da mulher na sociedade, além de falar sobre questões de respeito e de igualdade.

Confira como foi a atividade

No início, o público que chegava logo se deparavam com uma roda e, no assento das cadeiras, estava uma foto, de uma mulher que em algum momento da vida sofreu algum tipo de violência.

Após a acomodação dos participantes, começou uma apresentação do projeto Vi-O-Lar, da Conpoema, onde eram contadas histórias de mulheres de diferentes idades, que passaram por momentos difíceis na vida, por agressões físicas ou verbais, o que de forma instantânea impactou o público.

A protagonista do espetáculo, Fabia Pierangeli, além de contar a história, escrevia no corpo das participantes palavras de força, como coragem, luta, entre outras, abraçava a pessoa e depois dava um beijo no rosto, como um ato de acolhimento. O objetivo dessa apresentação foi o de dar início ao diálogo e o enfrentamento da violência doméstica.

Na sequência, a Secretária de Cultura, Esporte e Lazer, Taiana Garcia, falou sobre o projeto e comentou sobre a importância do encontro. Depois Elisângela Costa, assistente social da Conpoema, fez uma lembrança dos temas debatidos no primeiro encontro, apontando o que avançou, o que precisar avançar e as novas propostas que serão estudadas.

Abertura para histórias

Um dos momentos mais impactantes foi quando as mulheres, com muita coragem, pegaram o microfone e começaram a contar o que passaram ao longo das suas vidas. As dificuldades enfrentadas no lar, no trabalho e até mesmo nas ruas.

A primeira a falar foi a prefeita de Francisco Morato, Renata Sene, que destacou as dificuldades de ser mulher e ocupar um cargo de liderança na sociedade. Ela também comentou sobre as batalhas que enfrentou nas redes sociais.

Presente no encontro, a Secretária da Saúde de Franco da Rocha, Lorena Rodrigues enalteceu a união das mulheres naquele momento e deixou claro que acredita que dessa forma, o grupo conseguirá alcançar os objetivos. Ela contou sobre a assistência de saúde do município voltado para as mulheres.

Participando pela primeira vez do encontro, Rosalina Rodrigues destacou os problemas que tinha com o marido em casa. Outra participante, Jussara, também levantou questões de problemas no lar.

A Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Ana Maria Ribeiro, apontou para a humanização do atendimento, o que pode melhorar o acolhimento das vítimas de violência. “Temos hoje a escuta com sigilo nos CRAS de Franco da Rocha”.

Neiva Hernandez, única vereadora mulher em Franco, deu destaque aos oficios que encaminhou após o primeiro encontro. Márcia, uma das participantes, sinalizou para as violências existentes atualmente e afirmou que a mulher não pode baixar a cabeça. “Precisamos trabalhar mesmo nessa questão da força da mulher, valorizar a garra, pois somos valentes. Hoje em dia existe muita violência de filhos com mães”.

A diretora de comunicação da prefeitura, Thais Silva, apontou para a necessidade da criação de uma campanha regional, em favor das mulheres, ajudando na conscientização da importância de denunciar casos de abusos e mostrar que não estão sozinhas. “Temos o espaço das redes sociais e conseguimos trabalhar o assunto e atingir as pessoas de uma forma mais leve. É importante seguir uma mesma linha para que tenhamos ainda mais força”.

Aprovação do Encontro

Rosaline Rodrigue da Cruz que falou durante o encontro sobre as dificuldades sofridas no casamento fez uma avaliação da atividade. “É a primeira vez que venho. Vi que ia ter o encontro pelo site da prefeitura. É uma causa justa, é uma política que pode salvar e transformar vidas, dando amparo às mulheres”.

Outros assuntos foram levantados na atividade como questões de aborto, a diferença de remuneração entre mulheres e homens, ônibus parar fora do ponto após às 22h, além do trabalho da Delegacia Regional da Mulher, em Francisco Morato.

União das mulheres

Segundo Taiana, o movimento começou quando foram chamadas mulheres de Franco para participarem de discussões sobre as atividades do mês da mulher, em março de 2017. “Tinha um incômodo quanto às homenagens e sabíamos que pra começar uma discussão de políticas públicas, a mobilização de mulheres feministas era fundamental no fortalecimento da ação”, afirmou

Foi então que se viu a necessidade de montar um grupo para discutir as questões da mulher no município. Participaram dessa mobilização militantes e coletivos feministas, como a Baciada das Mulheres do Juquery e a Conpoema.

O próximo passo foi realizar o primeiro encontro, em que foi colocado em discussão o Panorama das Politicas Públicas para a Mulher do município, no dia 25 de março, que ocorreu na Câmara Municipal, por meio de uma Audiência Pública.

Após o sucesso do encontro, ficou iminente a necessidade de ampliar o assunto para um âmbito regional. “A ideia é que ele seja via CIMBAJU (Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Bacia do Juquery). Creio que assim mostraremos força suficiente para levar as questões regionais para as esferas estadual e federal”

Próxima atividade

Ficou definido que o próximo encontro será realizado no dia 27 de junho, no Centro Cultural de Caieiras, às 19h30.

Vale ressaltar que homens também podem participar do encontro e colaborar com a discussão.

(Texto e foto: Ewerton Geniseli)


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