Franco da Rocha recebe III Mostra de Cinema da Mulher

Resistência, respeito, liberdade, luta e união. Essas palavras ecoaram durante o fim de semana no Centro Cultural Newton Gomes de Sá.

O evento era a III Mostra de Cinema da Mulher, que teve início na sexta-feira (30) e foi organizada pelo Coletivo Baciada do Juquery, em parceria com a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, finalizando a programação em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, “Por Elas, Pra Elas”. Veja como foi

A mostra foi exibida durante os dias 30, 31 e 1 e contou com curtas-metragens dirigidos por mulheres de todo o Brasil. O objetivo principal do evento era dar visibilidade às produções cinematográficas de mulheres brasileiras, promover um debate acerca do machismo e também dos problemas enfrentados por elas todos os dias.

A abertura da mostra ficou por conta da integrante do coletivo, Luciene Costa, que exibiu um vídeo em homagem às mulheres mortas recentemente em casos de feminicídio, violência doméstica e pelo racismo, ainda tão engendrado na sociedade. Com gritos de “Marielle Presente”, o público lembrou a morte da vereadora do Rio de Janeiro, assassinada há duas semanas. Kléia Alves, moradora da cidade, vítima recente de feminicídio, também foi lembrada por quem participava, assim como Eloá, Elisa, Sandra e tantas outras que tornaram-se símbolo da luta das mulheres por mais respeito, igualdade e justiça.

De olho no telão

Na sexta, primeiro dia de exibição, a plateia pôde ver obras com temática que debatiam a mulher negra, suas lutas e conquistas. Os produtores do curta-metragem (RE) Existência, estiveram compareceram ao evento e conversaram com o público sobre o recorte racial realizado no filme. Beatriz Silva, diretora da obra, falou sobre a mostra. “É muito importante promover essa discussão sobre racismo. Para a mulher negra, ocupar o seu espaço no trabalho, na universidade, na vida, é ter que fazer sempre um esforço maior. É resistir”, frisou.

O sábado (31), contou com uma oficina de captura audiovisual de guerrilha. Apresentada pela fotógrafa e cineasta Fernanda Schenferd, a atividade reuniu informações sobre as técnicas de captura de imagem e som em circunstâncias adversas, como protestos, greves e manifestações, tudo isso utilizando equipamentos simples como celulares, tablets e gravadores. Ao final, o público formado apenas por mulheres, produziu um curta-metragem utilizando os métodos que aprenderam.

Ainda no segundo dia, foram exibidos outros três curtas com temáticas sensíveis, que ainda são tabus na sociedade, como prostituição e transição de gênero.

Para encerrar a Mostra de Cinema, foram apresentadas cenas que retratavam a trajetória de jovens mulheres que lutam contra os padrões impostos pela sociedade, como no drama “Menina Seta”, projeto que nasceu 2015, durante uma oficina de cinema da cidade.

O filme conta a história de uma menina franco-rochense que desejava ser atriz, mas acaba trabalhando como menina seta nos faróis, divulgando condomínios de luxo em São Paulo.

Emocionada, a professora Rosângela Barros ressaltou a importância da união das mulheres. “Me sinto privilegiada por poder fazer parte dessas discussões. Eu vejo todos os dias o quanto é urgente que esse movimento de mulheres cresça e que juntas possamos levar essa ideia a todos os bairros”, declarou.

(Texto e foto: Luana Nascimento)


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