Museu Itinerante Catavento leva ciência e diversão ao parque municipal
Os olhares curiosos das pessoas que passavam pelo parque municipal Benedito Bueno de Morais indicava que havia algo de diferente no local. Ao lado da pista de skate estava estacionada uma carreta azul. A inscrição que se lia do lado de fora do veículo era quase um convite: Museu Itinerante Catavento – a ciência mais perto de você.
Aceitando o chamado, os visitantes do parque logo entravam para conhecer o museu. Do lado de dentro, a carreta apresentava praticamente uma aula de ciências sobre rodas, mostrando de forma interativa e divertida conceitos básicos de biologia, química, física e astronomia.
Desenvolvido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo em parceria com o Museu Catavento, o projeto tem como objetivo levar algumas das atrações presentes em sua unidade fixa, localizada no centro de São Paulo, para diferentes municípios. A ideia de trazer a carreta para Franco partiu da Secretaria municipal de Cultura, Esporte e Lazer e o veículo permaneceu na cidade nos dias 10 e 11, com exposição de diversos experimentos científicos.
Breno Victor, monitor do Museu e responsável por conduzir o público às atrações explicou que a interatividade é o ponto principal da visitação. “Os objetos ao alcance de todos e expostos de maneira simplificada mostram a ciência de forma instigante e chamam a atenção de pessoas de todas as idades. Todos querem experimentar”, contou.
Logo na entrada o princípio de geração de energia, o mesmo utilizado nas usinas hidrelétricas, era exposto por meio de uma bicicleta. Ao pedalar, o visitante acendia o sistema acoplado a um gerador que transformava a energia mecânica, produzida pela pessoa, em energia elétrica, demonstrada em um painel que se iluminava de acordo com as pedaladas.
Água e óleo não se misturam. Isso quase todo mundo sabe. Mas para quem quisesse conhecer o princípio químico que impede essa união havia um grande tubo com as duas substâncias e uma breve explicação sobre moléculas orgânicas polares e apolares.
Dentre as atrações havia ainda terrário gigante reproduzindo um ecossistema com plantas, terra, água e ar; outro experimento que reproduzia os movimentos realizados por patinadores; uma pista para simular os efeitos da embriaguez nos indivíduos; um globo terrestre com relevos reais e uma bancada de animais venenosos, utilizada para explicar como são produzidos os venenos para picadas de serpentes e escorpiões.
Para celebrar os 400 anos das primeiras observações telescópicas do céu feitas por Galileu Galilei, o museu itinerante exibia ainda uma exposição de paisagens cósmicas. Em alta qualidade e com textos informativos, as imagens transportavam o público para uma viagem pelo universo.
Por último e sempre muito aguardado, estava o Gerador Van de Graaff, desenvolvido para gerar tensões elétricas muito altas. Cada toque na esfera do gerador transferia as cargas elétricas para o corpo do visitante, fazendo arrepiar até os fios de cabelo de quem brincava com o experimento.
Naeli Pereira, estudante do 2º ano do ensino médio esteve no museu com os alunos da Escola Estadual Benedito Fagundes Marques (BEFAMA). “É legal ver todos os objetos de perto, poder experimentar. O mais bacana mesmo é o gerador que arrepia os cabelos. Dá até medo de levar um choque”, brincava a aluna enquanto ria dos amigos que interagiam com o gerador.
(Texto: Luana Nascimento – Foto: Orlado Junior)