4ª Mostra de Cinema da Mulher discutirá o espaço feminino na sociedade contemporânea

A 4ª Mostra de Cinema da Mulher chega para mais uma edição repleta de produções. No evento, serão apresentadas mulheres que, ao lutarem pelos seus princípios e direitos, entraram para a história inspirando toda uma geração.

A Prefeitura, por meio da Secretária de Cultura, Esporte e Lazer, em conjunto com o Coletivo Baciada de Mulheres do Juquery, promove o festival anual que começa nesta sexta-feira (29), e vai até domingo (31).

A Mostra de Cinema da Mulher, que integra um circuito de 68 festivais no Estado de São Paulo, acontece no mês de março com o intuito de alavancar ainda mais os assuntos a respeito do papel de importância que a mulher hoje ocupa, e de discutir questões que muitas vezes ainda são consideradas tabu na sociedade contemporânea.

O Coletivo

Moradoras da Região, o Coletivo da Baciada das Mulheres do Juquery, criado em Agosto de 2015 com o intuito de dialogar com a comunidade através do ativismo feminino, realiza desde 2016 a Mostra anualmente, dando visibilidade para as produções cinematográficas de mulheres brasileiras, enfatizando a relevância desse projeto e as histórias trazidas, em que a resistência, e fortalecimento da rede de apoio entre mulheres são elementos essenciais no contexto atual, onde as atrocidades e injustiças cometidas contra as mulheres só cresce a cada minuto.

Confira a programação especial do festival e conheça mais sobre as produções:

– Sexta-feira – 29 de março – Às 20h

Luzes, memória, mulheres, ação

O documentário de Eunice Gutman “Luzes, memórias, mulheres, ação” narra a luta do movimento das mulheres no Brasil e no mundo em diferentes momentos históricos, da Revolução Francesa às primeiras manifestações no início do século XX.

Encantadas

“Encantadas” de Taís Lobo, mostra a força de diferentes mulheres que vivem em diversos territórios amazônicos, e lutam pelo reconhecimento e preservação de suas terras, não aceitando o lugar de submissão que lhes é imposto pela sociedade patriarcalista, e reafirmam a autonomia sobre seus corpos e seus territórios.

Chega de sofrer calada

Depois do rompimento da barragem de Fundão, das mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton, a Fundação Renova contratou empresas terceirizadas para atuar nas comunidades atingidas. Com o envolvimento desses trabalhadores terceirizados com a comunidade local, as mulheres além de sofrerem com o aumento dos assédios passaram a não serem reconhecidas como trabalhadoras pelas empresas causadoras dos danos, por serem consideradas dependentes dos maridos no processo de cadastramento.

O documentário de Larissa Pinto e Tainara Torres relata sobre como essas mulheres que lidam com esses novos problemas em consequência da irresponsabilidade das mineradoras da região.

A parteira

Donana, parteira com mais de meio século de ofício, representa a resistência da tradição e humanização ao parto na região de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Dona de uma personalidade forte, compartilha de sua sabedoria, adquirida ao longo de anos como parteira, mãe, mãe de santo, madrinha.

A produção de Catarina Doolan mostra como a força dessa mulher nos ensina a permanecer firmes, apesar das adversidades da vida.

– Sábado – 30 de março – Às 20h

Um corpo feminino

Quando nomeamos uma coisa, ela perde ou ganha sentido? “Um corpo feminino” propõe um jogo aparentemente simples. O filme de Thais Fernandes, é parte de um projeto transmídia, que é a porta de entrada para uma narrativa que possui muitos pontos de vista e nenhuma resposta certa.

Nós por nós

Um documentário de Isabela Graton e Mariana Bitencourt “Nós por nós” aborda a questão da violência de gênero dentro do ambiente universitário, tendo como pano de fundo a Universidade de Brasília (UnB), e busca mostrar como a instituição lida com os casos de assédio, estupro e até feminicídio que acontecem dentro desse ambiente, e como as próprias estudantes têm se movimentado para lutar contra essa realidade.

Megg – A margem que migra para o centro

Megg Rayara derrubou barreiras para chegar onde chegou. Para ela, seu diploma é um marco importante de uma luta não só pessoal mas sim coletiva, pois pela primeira vez no Brasil, uma travesti negra conquista o título de Doutora.

Um filme de Larissa Nepomuceno e Eduardo Sanches mostra a trajetória de Megg, que mesmo diante de tantas lutas conseguiu alcançar o seu espaço.

– Domingo – 31 de março – Às 18h

Geni

Geni passou a vida guardando um segredo que a faz viver à sombra de Fran Lopez, um cantor famoso, cheio de fãs, e disposta a mudar sua história, ela vai lutar por seu espaço e reconhecimento. O filme de Cecilia Engels foi realizado por uma equipe 100% feminina e aborda a questão do empoderamento de uma mulher negra aos 60 anos de idade.

Nós, Carolinas

O documentário idealizado pelo Coletivo Nós, Mulheres da Periferia traz a história de quatro mulheres com vidas e trajetórias diferentes, mas que possuem algo que as une. Todas moradoras da periferia da cidade de São Paulo, contam o que é ser mulher da periferia em cotidianos particulares, mas conectados pelo recorte de classe, raça e de gênero.

Assim como a escritora Carolina Maria de Jesus, que encontrou na escrita um instrumento para superar sua invisibilidade, essas outras Carolinas, também invisíveis aos olhos do centro, usam a potência de sua voz para romper silêncios.

Eu vejo Flores

Como semente rara, Nega atravessou as estações do cárcere para voltar a florescer. O documentário de Bruna Steudel, foi realizado a partir das vivências do projeto “Eu Vejo Flores” idealizado pelo Instituto Aurora, que entre os anos de 2015 a 2017, esteve focado em trabalhar o fortalecimento de identidades de mulheres e meninas privadas de liberdade.

(Texto: Danielle Magalhães – Arte: Equipe Cultura)


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