II Encontro de Pesquisadores 2019 reuniu 70 pessoas no Ateliêr de Artes Tablado Juquery

O II Encontro de Pesquisadores realizado nos dias 28, 29 e 30 como parte da programação do Festival de Inverno 2019, recebeu cerca de 70 pessoas no Ateliêr de Artes Tablado Juquery, que expôs diversas pesquisas realizadas por estudiosos e interessados em compartilhar aspectos da cultura local e suas histórias.

A prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura promoveu a reunião com o intuito de construir um espaço multidisciplinar para a divulgação dos estudos.

A realização do encontro está inserida no plano de ação do Programa Franco Memória. Criado em 2017, esse programa dá suporte à execução do Plano Municipal de Cultura no que diz respeito ao patrimônio cultural do município, reunindo um conjunto de ações que buscam investigar e preservar a memória da cidade.

A coordenadora de projeto, Tassia Toffoli, conta como esse trabalho impacta positivamente Franco da Rocha. “A iniciativa realiza o mapeamento de pesquisadores para saber quem está pesquisando a cidade e quais são suas visões, propondo um espaço em que eles possam se encontrar e discutir. A ideia é fazer com que isso aconteça todo ano e vire uma referência para as pessoas se estimularem a pesquisar e terem a oportunidade de falar sobre isso, ouvindo as impressões em retorno”, explicou.

O encontro

Para atender todo o quadro de apresentações divididas em individuais e em grupos, o evento aconteceu durante três dias, em que cada dia possuía uma temática principal para ser debatida.

A abertura do encontro ficou por conta do palestrante José Edilson Teles com o tema “Nas tramas da memória: quem tem medo do esquecimento?”, sendo uma extensão do trabalho já realizado no Centro Cultural. A palestra tinha como proposta demonstrar o processo de construção do conceito de “memória” na tradição do pensamento ocidental, desde os clássicos gregos até a literatura moderna.

Os alunos do ensino médio da escola técnica Dr Emílio Hernandez Aguilar marcaram presença no segundo dia de apresentações, compondo o repertório de pesquisa que falava sobre religiosidade, sistema prisional, características dos bairros, entre outros assuntos promovendo um intercâmbio de ideias entre eles e a comunidade.

No último dia de encontro, o tema girou em torno do “Juquery e seu legado patrimonial“, e a pesquisadora Tatila Deise Silva expôs como objeto de estudo “O Juquery e a importância da política de saúde mental para o Brasil”, explicando sobre o desenvolvimento que os hospitais psiquiátricos tiveram nos últimos anos.

Ela contou como foi importante a integração de outros tipos de políticas sociais e públicas, sendo de muita relevância para a qualidade de vida dos munícipes. “É importante falar sobre a reformulação do sistema, da luta antimanicomial, da mudança de tratamento que essas pessoas tiveram depois da década de 70, além da articulação de outros equipamentos que surgiram como o CRAS, CAPS e outros espaços culturais”, falou.

O museu Osório Cesar também ganhou destaque no encerramento, com a pesquisa antropológica do estudante de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Elielton Ribeiro, que tinha como tema “O Juquery, a Arte e o Museu”, abordando sobre o processo de abertura do primeiro e único museu da região e suas produções artísticas. 

Ao final, foi aberto um espaço de conversa direta com os estudiosos para que todos os presentes pudessem apresentar suas dúvidas e conclusões sobre o material apresentado, promovendo um momento de interação e compartilhamento de uma experiência cultural.

Confira abaixo todos os temas apresentados

– Nas tramas da memória: quem tem medo do esquecimento? (José Edilson Teles)
– Bairros de Franco da Rocha (Udson do Carmo Santos, Hiago Holanda de Matos) 
– O Carnaval do Parque Vitória (Lukas Rodrigues Ferreira dos Santos) 
– O sistema prisional em Franco da Rocha (Sabrina da Cruz Lima, Hugo Ribeiro dos Santos, Rafaela Tosta Saraiva, Natália de Oliveira Ketner, Luanna Bernardo, Gabriel Shimada) Compreendendo a Represa Paiva Castro (João Paulo Cunha Batista e Brenda Yuki Ishibashi Mendes) 
– Franco da Rocha através do audiovisual (Mara Cristina Gonçalves da Silva) 
– Religiosidade em Franco da Rocha (Kauan Laube de Jesus) 
– Religiosidade popular/memória e história no contexto franco-rochense (Alexandre da Silva Chaves)
– O Juquery e a importância da política de saúde mental para o Brasil, com foco na articulação entre outras políticas sociais públicas no município de Franco da Rocha (Tatila Deise Silva Santos)
– A vida atrás dos muros: o Juquery, suas mulheres e suas histórias (Samara Teodozio Nunes) 
– Autobiografia na obra de Aurora Cursino dos Santos (Silvana Cassab Jeha) 
– O Juquery, a arte e o museu: o processo de uma pesquisa em Franco da Rocha (Elielton Ribeiro) 
– Memórias do Parque Juquery (Danilo Sá Nascimento)
– O Educativo do Museu de Arte Osório Cesar (Elielton Ribeiro, Nadia Lima e Michelle Louise Guimarães) 
– Organização do conhecimento e documentação em museus: um estudo de caso sobre o acervo do Museu de Arte Osório Cesar (Michelle Louise Guimarães)

(Texto e foto: Danielle Magalhães)


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