Sessões de equoterapia como tratamento de saúde são disponibilizadas pela prefeitura

O tratamento de pessoas com deficiência pode ser feito com recursos alternativos, um deles é a equoterapia, método multidisciplinar e educacional oferecido pela prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde, no qual é utilizada a interação com cavalos em movimento como terapia para obter a melhora ou até mesmo a cura dos pacientes.

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As sessões acontecem no Centro de Equoterapia Dr. Adler, localizado na cidade de Mairiporã. Atuando na área há 16 anos, a instituição oferece as atividades equoterápicas para pacientes da região.

Como se trata de uma atividade lúdica e que acontece fora do ambiente tradicional de um consultório, a equoterapia torna-se uma alternativa natural, sendo recomendada para pessoas com autismo, síndrome de down e outras doenças neurológicas que comprometem os movimentos.

Os interessados em participar das sessões precisam procurar a Diretoria de Atenção Especializada da Secretaria da Saúde para marcarem uma avaliação.

São disponibilizadas 60 vagas para moradores de Franco da Rocha. As atividades acontecem em dois turnos: manhã e tarde. Para participar é necessário possuir encaminhamento médico para garantir que a terapia não ofereça riscos à saúde do paciente.

Benefícios

De acordo com Marcelo Rego, proprietário do Centro Dr. Adler, a equoterapia pode ser indicada para pessoas acima de 4 anos e os benefícios são numerosos. “As melhorias são globais porque nas sessões são trabalhadas questões motoras e psicológicas, proporcionando benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais”, afirma.

Assim que entra em contato com o cavalo, todo o corpo do praticante passa a receber diferentes tipos de estímulos, como o fortalecimento muscular, flexibilidade, coordenação motora, além da percepção e orientação espacial.

É o caso de Enzo, de 9 anos, que frequenta o Dr. Adler há dois anos junto com outras crianças e jovens com deficiência, moradores de Franco da Rocha.

Curioso e comunicativo, Enzo nasceu com paralisia cerebral e como consequência desenvolveu um quadro de epilepsia e baixa visão. “Ele foi diagnosticado somente com sete meses de vida e desde então iniciamos os tratamentos com neurologista, fisioterapeuta e outras especialidades”, conta a mãe, Marcia Moreno.

A indicação para que Enzo praticasse equoterapia partiu dos especialistas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde recebe atendimento.

Moradora do bairro Jardim Cruzeiro, a mãe afirma que após começar as sessões houve uma evolução na saúde do filho. “Por ter baixa visão ele tinha dificuldade com equilíbrio e postura, aspectos que melhoraram muito depois da terapia”, afirma.

Além disso, Marcia aponta evoluções na questão afetiva e no convívio social de Enzo. “São muitas evoluções, inclusive na coordenação motora, no tato e nos sentidos no geral”, conta.

A prefeitura disponibiliza gratuitamente uma van para o transporte das crianças e de um acompanhante. O Centro Dr. Adler utiliza cerca de 13 cavalos para as sessões, que são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, pedagogos, fisioterapeutas, equitadores e assistentes. 

Desde o início do convênio com o centro de equoterapia já foram beneficiadas mais de 150 pessoas.

Desenvolvimento físico e emocional

Marcia lembra que chegou a ficar apreensiva por deixar o filho montar no cavalo. “Mesmo com todo o cuidado dos profissionais aqui do Dr. Adler eu fiquei com medo por não saber qual seria o comportamento do Enzo em cima do cavalo. Não sabia se ele poderia se assustar, querer pular”.

Para a felicidade da mãe, a reação do garoto foi a melhor possível. Ela relata que na primeira semana já pôde perceber o resultado positivo do contato com o cavalo.

Além da melhora física e motora, Enzo desenvolveu afeto pelos animais, sabe o nome de todos eles, conversa com as instrutoras e demonstra confiança no trajeto. “É realmente impressionante. Ele tem um carinho muito grande pelos cavalos e quando não vem para a terapia sente muita falta”, afirma Marcia.

Rotina de terapia e cuidado com os animais

Ao chegarem ao Centro Dr. Adler os pacientes são recebidos por uma equipe de profissionais e passam por uma avaliação. Os que necessitam de fisioterapia solo são encaminhados ao ginásio para receberem atendimento, realizar alongamentos e estimulação. Os demais são encaminhados pelos fisioterapeutas e psicólogos, além de um equitador para auxiliar no trajeto com o cavalo.

Cada percurso dura 30 minutos e os praticantes são encaminhados por uma área ampla e cercada, cumprindo um trajeto circular com a ajuda da equipe do local.

Marcelo também dá ênfase à importância da escolha e treinamento dos cavalos para a terapia. “Normalmente são utilizados animais mais velhos, por serem mais confiáveis, então nós fazemos todo tipo de aproximação e treinamento, seja com bambolês, cadeiras de rodas, entre outros objetos para que o cavalo não se assuste com a movimentação dos praticantes, tudo para garantir a segurança do paciente e do animal”, encerra.

(Texto e foto: Luana Nascimento)


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