Encontro do movimento “Despatologiza” reuniu 80 profissionais no prédio da Secretaria da Educação

Muitas crianças são rotuladas como hiperativas, disléxicas e uma série de outras classificações científicas por não se enquadrarem em regras culturalmente construídas e estabelecidas pela sociedade. Pensando nisso, a prefeitura por meio da Secretaria da Educação em parceria com a UNICAMP, promoveu o encontro “Despatologiza – do trancar ao cuidar em liberdade”, que aconteceu na última segunda-feira (11), no auditório do prédio da Secretaria da Educação.

Além dos 80 profissionais da área distribuídos entre professores, gestores e supervisores de atendimentos especializados das unidades escolares, estavam presentes no encontro a Profª doutora da faculdade de educação da USP Carla Biancha Angelucci, e a docente em Pediatria Social da UNICAMP Maria Aparecida Affonso.

O que é despatologização?

A despatologização infantil trabalha a ideia de que a criança ou adolescente que apresente alguma dificuldade de aprendizagem ou socialização não são necessariamente doentes e nem precisem de intervenção por meio de medicamentos, pois muitas vezes a criatividade e energia em excesso são interpretadas precocemente como algum problema de saúde.

É fundamental trabalhar diferentes métodos que estimulem o desenvolvimento dessas crianças de forma natural e saudável, por isso, o projetos pedagógicos realizados nas escolas e a participação dos pais ou responsáveis na rotina escolar impactam de forma positiva na vida dos pequenos. Entretanto, é preciso lembrar que cada um possui suas particularidades e condições, portanto a necessidade de acompanhamento médico é importante para todas, a fim de auxiliar no crescimento saudável de seus corpos e mentes.

A assessora técnica e professora Andreia dos Santos, ressaltou a importância do encontro. “É necessário entender o quanto é fácil a gente cair nessa cilada (da patologização) e dar um nome àquilo que nós achamos que as crianças possuem, tentando encaixá-las num padrão que foi construído historicamente”, disse.

A palestra

Para que o encontro começasse de forma mais leve e descontraída, o artista André Arruda apresentou um trecho de seu espetáculo “Sobre Ciências e Ternuras, estórias mal contadas acerca do meu chão”. O ator utilizou de diversos objetos em miniatura para retratar contos e causos relacionados à história e personagens de Franco da Rocha.

Depois disso, as palestrantes convidados de forma individual, falaram sobre a despatologização, com foco, inclusive, na importância do Complexo Hospitalar do Juquery e no impacto da luta antimanicomial para as políticas de saúde da cidade, além da inclusão na educação, a desconstrução da medicalização, papel da família dentro da sociedade, as desigualdades sociais enfrentadas por determinados setores, entre outros. Além disso, os profissionais fizeram uso de recursos visuais para compor e dar suporte ao que estava sendo discutido.

A secretária da pasta Renata Celeguim, ressaltou como o comportamento da juventude amplia as possibilidades de inovação. “Eu diria que é muito melhor esse olhar criativo, curioso, interessado que a criança nos apresenta em suas ações. Franco da Rocha, nos seus 75 anos, sempre vai buscar acolher a todos, principalmente nas nossas escolas pois a  educação é sinônimo de inclusão”, concluiu.

Texto e fotos: Danielle Magalhães


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