Guarda Civil Municipal recebe treinamento de procedimentos operacionais e tiro defensivo

Agentes da Guarda Civil Municipal de Franco da Rocha receberam formação em procedimentos operacionais e tiro defensivo. As aulas foram ministradas por turmas, durante os meses de outubro e novembro no Parque Industrial e no 26º Batalhão da Polícia Militar. Veja fotos.

Participaram do curso cerca de 70 agentes de Franco da Rocha, Caieiras e Campo Limpo Paulista, separados por grupos de 20 a 25 guardas. Com duração de 2 dias, o treinamento teve como instrutores os seguintes integrantes da GCM do município: comandante Elias Oliveira; Dorival José da Silva; subinspetor Paulo Libanio; Wiliam Dias; Marcio Alexandre; Fábio da Silva e o especialista em tiro Florentino Gonçalves Filho.

Complementando o curso, a equipe também recebeu formação teórica na sede da corporação. O conteúdo das aulas contemplou temas voltados ao aprendizado jurídico, tais como procedimentos operacionais em policiamento, abordagem, ocorrências, além de uso legal da força.

O treinamento prático de procedimentos operacionais aconteceu no Parque Industrial da cidade, local afastado do centro e com pouca movimentação de pedestres, e envolveu técnicas de abordagem a pessoas e veículos, regras de conduta e de segurança, condução de pessoas, entre outras táticas utilizadas no trabalho de patrulhamento.

Divididos em grupos, os agentes simularam perseguição a veículos suspeitos, abordagem em locais públicos e com passagem de pedestres, busca pessoal e algemamento.

De acordo com o comandante Elias, todos os procedimentos praticados durante a formação são pautados pela segurança e feitos de forma eficiente para garantir a integridade de todos os envolvidos. “O treinamento é feito anualmente, para manter a qualidade do trabalho dos agentes e para que estejam prontos para agirem em diferentes situações”, declarou.

Tiro defensivo

Na sexta-feira (22), parte do efetivo se deslocou até o 26º Batalhão de Franco da Rocha para realizar a formação em tiro defensivo.

Ministrado pelo instrutor de armamento e tiro Florentino Gonçalves Filho, o curso também é chamado de Estágio de Qualificação Anual, e é fundamental para que os agentes da GCM mantenham o porte de arma.

Gonçalves Filho afirmou que os agentes praticaram tiro embarcado, aprimoramento de habilidades individuais, manuseio de arma curta, exercício de fogo coordenado de cobertura e deslocamento, além de exercícios de ação imediata e de táticas urbanas no confronto armado. Todas as etapas são realizadas em pista tática.

O instrutor detalhou que a avaliação é feita individualmente e que, além das técnicas de tiro são observadas as seguintes habilidades: normas de segurança individual e coletiva, habilidades e manuseio do armamento, progressão em conjunto na conduta de patrulha e entrada em local de alto risco. São feitos em média 50 disparos; 20 individuais e 30 na pista tática.

Gabaritado em táticas explosivas, urbanas e policiais, Florentino Gonçalves também possui conhecimentos em técnicas de combate em ambiente fechado e aplica em seus treinamentos o sistema StressFire, criado para preparar os profissionais de segurança para o combate real.

Tiro sob estresse

O StressFire ou tiro sob estresse simula o combate em situações desfavoráveis, onde a capacidade de julgamento e tomada de decisão são colocadas à prova.

O instrutor explica que durante uma situação de perigo diversas transformações acontecem com o corpo humano: a adrenalina e os batimentos cardíacos são elevados, causando sensações como mãos trêmulas e alteração da visão periférica.

Essas variações costumam atrapalhar as habilidades dos agentes durante os disparos, por isso, o treinamento adotado pela GCM procura se aproximar ao máximo dessas situações por meio de exercícios como corrida, levantamento de pneus, além do estímulo dos próprios instrutores que induzem os alunos à situação de estresse e tensão.

Elias Domingos frisou que em sua avaliação preza pelo trabalho em grupo, iniciativa e capacidade de agir em situações-limite. “Buscamos treinar o efetivo para que saibam lidar sob pressão e estresse para que possam ter um raciocínio rápido e assertivo. Treinamos para minimizar a possibilidade de erros em circunstâncias semelhantes às encontradas nas ruas”, reiterou.

Texto: Luana Nascimento – Foto: Orlando Junior