“Espaço Acolher” oferece atendimento a mulheres vítimas de assédio sexual na Estação Franco da Rocha da CPTM
Para combater a violência e importunação sexual sofridas por mulheres nos trens e estações ferroviárias, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) criou salas especiais de atendimento montadas dentro das estações.
Chamada de “Espaço Acolher”, a estrutura, disponível na estação Franco da Rocha desde o ano passado, surgiu em uma ação conjunta da CPTM com o Instituto Avon por meio do programa “Em movimento por elas”, que visa oferecer uma rede de proteção às passageiras e colaboradoras, além de estimular que elas não se calem e denunciem sempre que sofrerem agressão.
Com a chegada do espaço a Franco da Rocha, todos os funcionários receberam treinamento para lidar com diferentes situações de assédio e garantir suporte adequado às mulheres longe do agressor. O suporte às vítimas é realizado preferencialmente por funcionárias mulheres, que oferecem atendimento humanizado e com privacidade.
Segundo Patrícia Paz, chefe do departamento de imprensa da CPTM, a preparação para abrir os espaços começou por meio dos próprios colaboradores da companhia. “A ação começou com a ciência da importância de acolher e direcionar corretamente as vítimas destes crimes, que precisam ser eliminados não apenas da CPTM, mas de toda sociedade”, comentou.
Patrícia explica ainda, que o serviço também é prestado nas estações da linha 7 – Rubi (Água Branca, Várzea Paulista, Francisco Morato, Perus, Vila Aurora e Pirituba) e em outras linhas, totalizando 42 salas.
Até janeiro de 2021, foram 136 atendimentos nos espaços de acolhimento. “Em apenas duas ocorrências, a vítima dispensou encaminhamento à autoridade policial, sendo 18 agressores presos em flagrantes”, concluiu.
Conheça o Programa “Em Movimento por Elas”
Lançado em março de 2020, o programa “Em Movimento Por Elas” consiste na implantação de novas políticas no âmbito da CPTM a fim de implementar projetos internos e externos que garantam mais segurança para a mulher e permitam o fortalecimento da autoestima, visibilidade para questões de gênero e combate à violência.
Além disso, a CPTM possui uma central de monitoramento da segurança, que funciona 24h por dia, 7 dias por semana, com colaboradores trabalhando por turno para controlar as câmeras em estações e outras dependências das ferrovias.
De acordo com a chefe do departamento de imprensa, são 8.350 câmeras de olho em todo o movimento, sendo todos os casos denunciados e registrados pela CPTM, que também é a responsável pelo encaminhamento do agressor para a autoridade policial.
Texto: Heloísa Maia – Foto: Orlando Junior
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