Eleição do Conselho Municipal de Políticas Culturais define novos representantes da sociedade civil e suplentes

A Prefeitura de Franco da Rocha, por meio da Secretaria da Educação e Cultura, realizou neste sábado (8), eleição para os novos representantes do Conselho Municipal de Políticas Culturais – biênio 2021/2023. O processo eleitoral ocorreu no Centro Cultural Newton Gomes de Sá e, ao todo, dez candidatos concorreram ao posto.

Compareceram à votação 163 cidadãos para escolha de dois candidatos. No total, foram 286 votos válidos e 2 nulos.

O Conselho Municipal de Políticas Culturais é um órgão colegiado consultivo, deliberativo e normativo; integrante da estrutura básica do órgão municipal responsável pela difusão cultural, com composição paritária entre poder público e sociedade civil.

Segundo o secretário adjunto de Cultura, Eric Valini, o conselho elabora, acompanha e fiscaliza as políticas públicas relacionadas à cultura da cidade. “Além, é claro, de intermediar as demandas da classe artística com a Secretaria Adjunta de Cultura e representar os agentes culturais com opiniões e decisões importantes sobre, por exemplo, o fundo municipal de cultura”, explicou.

A candidata eleita, Iyá Tânia de Lima, é ialorixá do candomblé e atua no meio cultural e religioso do município. Ela também está à frente da Associação Cultural Afro-brasileira (Acafro), é membro do Conselho Municipal de Igualdade Religiosa e foi a idealizadora de projetos como o Ègbé Alágbará, contemplado pelo ProAC Municípios para Franco da Rocha e criado para resgatar e fortalecer a cultura afro-brasileira nas escolas estaduais.

“A eleição é um processo democrático e é muito importante que a cultura do município tenha esse empenho, para que tanto os artistas quanto a comunidade participem dessa construção”, ressalta Iyá Tânia. “Eu sou ialorixá, que são matriarcas de religião de matriz africana, que possuem reconhecimento social e força de mobilização, ao mesmo tempo convivem com situações de racismo e intolerância religiosa”, detalha.

“Desta forma, minha atuação foi e é muito importante para propagar e manter viva a cultura afro-brasileira, que tanto contribui com a historicidade do nosso país. E é com esse olhar de iyalorixá, olhar materno e educacional, que levamos os nossos projetos à população para tentar quebrar preconceitos. Ninguém nasce racista e nós podemos mudar isso”, completou a ialorixá.

Eleitos:
Tânia Vitor de Lima
Adriano Vieira Chaves
Iara Alves de Oliveira
Eda Gomes Lambert
Aline Porcina de Souza Sobral

Suplentes:
Nancy Gomes da Silva
Zenaide Domingos de Oliveira
Clélia Cassalho Rodrigues

Texto e foto: Luana Nascimento