Formações geológicas raras atraem alunos do Instituto de Geociência da USP para estudos em Franco da Rocha

Na última semana de novembro, Franco da Rocha recebeu a visita dos alunos do Instituto de Geociência da Universidade de São Paulo (USP) para análise de camadas de material geológico com formações raras e, provavelmente, inéditas no Brasil.

A geociência é o estudo da terra, onde são examinadas rochas, atmosferas, placas tectônicas, oceanos, entre outras composições do planeta. E para ampliar ainda mais o leque de conhecimentos nessa área, os alunos do instituo visitaram a cidade para uma pesquisa coordenada pela professora Drª Maria Glória Motta Garcia.

O local que chamou a atenção do grupo foi a formação das camadas geológicas da Av. Dona Istatel de Araújo Celeguim, que liga a rodovia Pref. Luiz Salomão Chamma à Av. Angelo Celeguim. Após a obra no local para melhorar o fluxo com a chegada da unidade da Rede Assaí Atacadista, há um ano, o interior da das rochas do local foi exposto revelando uma formação rara.

Como padrão, as camadas da crosta têm formações na horizontal, pois assim foram assentadas em sua composição há bilhões de anos como bacia sedimentar. Contudo, na área descrita em Franco da Rocha, as camadas das rochas são verticais, o que impressionou o biólogo e Diretor de Meio Ambiente de Franco da Rocha, Ricardo Crispino, que acionou o Instituto de Geociência da USP para realização de estudos.

“Uma descoberta dessas é de extrema importante para a nossa região e, claro, para a geologia brasileira também. Isso só reforça o quanto ainda temos para aprender. Franco da Rocha ganha força para se tornar um patrimônio histórico nessa esfera”, ressalta Ricardo.

Responsável pela disciplina de Geologia Estrutural e Prática de Campo, a professora Maria Glória explica que o afloramento das rochas expostas na Av. Dona Istatel de Araújo Celeguim representa bem a evolução geológica do estado de São Paulo.

“Toda essa formação está ligada à movimentação das placas tectônicas, contudo, particularmente falando, eu nunca observei um local em que a sedimentação do solo formasse camadas verticais ao invés de horizontais. É impressionante. Temos um grande objeto de estudo para entendermos ainda mais como funciona nosso planeta”, explicou a professora.

A equipe de estudos já negocia novas datas para mais pesquisas em Franco da Rocha.

Texto: Jorge Henrique Ramos – Foto: Orlando Junior


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