H3N2: saiba tudo sobre a nova cepa da gripe e suas diferenças com a Covid-19
Nos últimos dias, Franco da Rocha e região vêm passando por um surto de gripe H3N2, um dos subtipos do vírus Influenza A, porém mais resistente à vacina.
Devido aos sintomas gripais semelhantes ao da Covid-19, muitas pessoas têm procurado a Unidade de Pronto Atendimento 24H e, por precaução, estão sendo atendidas diretamente no hospital de campanha.
Para ajudar você a entender ainda mais a gripe H3N2, a prefeitura convidou o médico infectologista Paulo Antonio Friggi de Carvalho, para esclarecer as dúvidas mais frequentes da população sobre a doença e o surto.
Qual a principal diferença entre a gripe H3N2 e a COVID-19?
São dois vírus diferentes, porém com forma de transmissão e sintomas muito semelhantes, sendo muito difícil distinguir as duas apenas pelos sintomas. Entretanto o vírus H3N2 já é amplamente conhecido e circulante entre humanos, com conhecimento científico muito mais apurado em relação ao COVID.
Quais são os grupos de maior risco para o H3N2?
Os grupos com risco de desenvolver formas mais graves de gripe pelo H3N2 são as crianças menores de 6 anos, idosos a partir de 60 anos, gestantes, pessoas com deficiência de imunidade, pessoas com doenças crônicas pulmonar, pessoas em tratamento para câncer, e obesos mórbidos.
A disseminação dela é mais rápida?
A velocidade de disseminação é rápida por ser uma variante nova. Porém por ser um vírus já presente há muito tempo na humanidade, tende a ser menos duradoura que o COVID-19.
A vacina contra a influenza é eficaz contra a nova cepa H3N2?
Especificamente a cepa atual não faz parte da vacina da gripe até hoje utilizada, possivelmente entrará na próxima campanha de 2022. Entretanto é possível que haja certo grau de resposta, mesmo que parcial, na vacina utilizada até hoje.
Ao contrário da COVID-19, a gripe por influenza tem tratamento precoce?
Sim, existe tratamento específico contra o vírus da gripe, seu uso é reservado a pessoas com risco maior de doença grave (grupos de risco).
Quais foram as medidas implantadas na nossa rede para atender os novos casos?
Manutenção da estrutura anexa a upa, com ampliação de equipe (enfermagem e médicos), orientação de apoio às ubs para ajuda no atendimento, aquisição de testes antígeno para diagnóstico do COVID, que pode ajudar na diferenciação entre os dois vírus.
Quais são as nossas principais recomendações neste momento?
Manter e redobrar os cuidados individuais e comunitários (uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos). Cuidado redobrado com grupos de risco, em especial crianças, idosos e gestantes. Evitar aglomerações nas épocas de fim de ano. Pessoas com sintomas gripais devem se manter isoladas.
Diante da situação, a procura pela Unidade de Pronto Atendimento 24H (UPA) triplicou nos últimos dias, prejudicando o atendimento com filas intensas e grande espera para atendimento. Para desafogar e amenizar a situação, a equipe médica da UPA já foi ampliada para diminuir o problema.
Para o grupo de risco para infecções virais, o cuidado deve ser redobrado. Atualizando a carteirinha de vacinação na a UBS mais próxima com prioridade a vacina contra a pneumonia, que já está disponível.
Já contra a covid, se o munícipe já tomou a 2ª dose da vacina de imunização há pelo menos quatro meses, já pode tomar também a dose de reforço.
Texto: Jorge Henrique Ramos – Foto: Orlando Júnior
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