Mês de mobilização pela saúde da mulher: conscientização e prevenção ao câncer de colo do útero e à endometriose

Março é o mês da mulher e, além de celebrar as conquistas e lutas por mais igualdade e respeito, a data também simboliza o cuidado com a saúde e bem-estar feminino, por isso, a Prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde, organizou o Mês de Mobilização pela Saúde da Mulher, que busca a conscientização e prevenção ao câncer de colo de útero e à endometriose.

Com as cores amarelo e lilás como símbolos, a campanha orienta sobre a importância do diagnóstico precoce através de exames preventivos.

Câncer de colo do útero

O câncer de colo do útero é uma doença intrauterina causada pela infecção persistente por alguns tipos de HPV, o papilomavírus humano. A doença acomete, sobretudo, mulheres acima dos 25 anos, sendo percebida apenas com a realização de exames ginecológicos. Alguns fatores favorecem seu aparecimento, como sexo desprotegido, histórico de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), tabagismo, início precoce da atividade sexual, baixa imunidade e histórico familiar.

A enfermeira e gestora do Centro de Atenção à Saúde da Mulher de Franco da Rocha, Sandra Lima, explica que é fundamental fazer o diagnóstico da doença no início, antes que a mulher apresente sinais, visto que, em estágio inicial, o câncer de colo de útero geralmente não apresentam sintomas. “Toda mulher que tem ou já teve relação sexual, deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente as que têm entre 25 a 59 anos. A prevenção é o caminho para reduzir a mortalidade”, afirma a gestora.

Sandra explica que o exame mais comum para detecção é a citologia oncótica, conhecida como Papanicolau. “É um exame preventivo e essencial para detectar Infecções Sexualmente Transmissíveis e lesões de forma precoce. O Papanicolau pode causar um pequeno desconforto, que diminui se a mulher conseguir relaxar, e se for realizado com técnica e de forma delicada”, detalha.

O exame é feito nas Unidades Básicas de Saúde e, com encaminhamento, também pode ser colhido no Centro de Atenção à Saúde da Mulher e referenciado para avaliação e tratamento. O equipamento conta com uma ampla estrutura de atendimento reformada e ampliada no ano passado, e oferece serviços de mamografia; ultrassonografia; coleta de citologia oncótica; vulvoscopia; colposcopia; inserção de dispositivo intrauterino (DIU); mastologista, ginecologista e pré-natal de alto risco (PNAR).

Endometriose

Segundo o Ministério da Saúde, a endometriose afeta cerca de 176 milhões de mulheres, sendo mais de sete milhões somente no Brasil. A doença é caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. A endometriose acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. O diagnóstico acontece quando a paciente tem em torno dos 30 anos.

Os principais sintomas são dores e cólicas, que durante o fluxo menstrual podem ser tão intensas que impactam na vida da mulher e em suas atividades diárias, dificultando a disposição física e mental. Além disso, também pode haver desconforto durante as relações sexuais; dor na região pélvica; fadiga crônica e exaustão; sangramento menstrual intenso ou irregular; alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação e até mesmo dificuldade para engravidar e infertilidade.

O exame físico é o primeiro passo para o diagnóstico, por meio do toque vaginal, que pode ser feito em uma Unidade Básica de Saúde. Se necessário, o diagnóstico também pode ser confirmado por outros exames laboratoriais e de imagem.

Texto: Luana Nascimento com informações do Ministério da Saúde – Arte: Dalmir Junior