Setembro amarelo: Prefeitura realiza a caminhada “trabalhar o bem-estar também é trabalhar a saúde mental”

A prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde, realizou na última quarta-feira, 21, um encontro ao ar livre com as equipes do Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPSij) e do Centro de Convivência em benefício ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio. A ação aconteceu ao lado do Museu de Arte Osório César com atividades físicas e uma caminhada pelo Parque Benedito Bueno de Morais.

Cerca de 45 pessoas participaram do encontro que teve como objetivo realizar uma abordagem sobre a conscientização da prevenção ao suicídio e o valor a vida, assim como fornecer aos integrantes do CAPSij novas alternativas de explorar e vivenciar seu cotidiano, trabalhando a saúde mental fora do local de costume.

Antes do início da caminhada pelo parque, a professora de educação física, Débora do Santos Martins, praticou com o público uma sessão de alongamentos com música e descontração. Em sequência, a psicóloga do CAPSij, Katia Nascimento Santana Dias, falou sobre o valor da vida, a saúde mental pós pandemia da covid-19 e a inclusão e interação social dos integrantes do CAPSij em ações como esta, para que eles possam sentir a evolução de seu controle emocional e se sentirem mais capazes e incluídos aonde estiverem.

“Esses jovens, depois da pandemia, ficaram fechados em suas casas e chegaram a se isolar em seus quartos e do convívio social. Eles ficaram muito tempo isolados. Então quando a gente vem fazer um evento como este, uma integração com populações diferentes, com idades diferentes e ter esse contato com crianças, mais velhos e com vários tipos de pessoas diferentes, eles têm essa troca de experiência do que eles estão acostumados a viver”, relatou Katia Nascimento.

Segundo a gestora do CAPSij, Carolina de Gasperi Malins, este ano a preocupação foi abordar também a relevância do diálogo, principalmente com pais e familiares, para ajudar e apoiar os jovens e adolescentes a superarem o quadro psicológico que estão enfrentando.

“Muitos têm a ideia de que somente o tratamento medicamentoso e psicológico é o suficiente, mas não é só isso, a gente precisa de uma reeducação de vida. Então convidar eles para fazer esse evento, mostrar o que pode ser feito e o que tem de disponível na cidade para movimentar o corpo e sair da rotina, pois ficaram muito distantes e isolados, a ideia é justamente trabalhar essa ambiência, mostrar o que o município tem dentro desse suporte, não somente a parte médica e psiquiátrica, mas também, a questão da saúde no modo geral, pois, trabalhar o bem-estar também é trabalhar a saúde mental”, concluiu Carolina.
A caminhada ocorreu na pista principal do Parque, tendo seu início na pracinha do Museu, resultando em 1,8 km. Para a integrante do Centro de Convivência, Valdenice Lino da Silva, 80 anos, a caminhada foi muito boa para se exercitar e interagir com outras pessoas que também tem suas barreiras e lutas diárias. “É bom porque eu estava meio jururu, como diz o pessoal da minha terra, e aqui a gente anima, a gente conversa, a gente brinca, já faz amizade, é ótimo para enfrentar o dia e recarregar as baterias”.

Sobre a campanha
A campanha do Setembro Amarelo é uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Federação Nacional dos Médicos, Sociedade Brasileira de Neuropsicologia, Cruz Vermelha, Centro de Valorização da Vida, Exército Brasileiro e o Ministério Público de São Paulo.

O suicídio foi considerado, devidos aos números alarmantes de casos, um problema de saúde pública em 1990. Hoje, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ele poderia ser evitado em 90% dos casos. A campanha teve início no Brasil em 2015, onde visa conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento.

Em último relatório, divulgado em junho deste ano, a OMS apontou que apenas no primeiro ano da pandemia de Covid-19, 53 milhões de pessoas desenvolveram depressão, outros 76 milhões tiveram ansiedade — totalizando 129 milhões e altas de 28% e 26% de incidência, respectivamente. Em 2019, a OMS já estimava que quase 1 bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental, sendo que a ansiedade representava 31% desse total e a depressão, 28,9%.

Texto e foto: Amanda Iglesias


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