Setembro amarelo: Prefeitura realiza palestra “A vida é a melhor escolha”

“A sua dor não é a mesma que a minha”, foi com essa fala que a psicóloga do Núcleo de Educação Humanizada, Elaina Aparecida Santos Silva, discursou durante palestra em alusão a campanha do mês Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio. O evento foi realizado pela Prefeitura na última sexta-feira, 23, por meio da Secretaria da Saúde junto a diretoria de Atenção Especializada em conjunto com o Núcleo de Educação Permanente e Humanização (NEPH).

A palestra aconteceu no auditório do Centro de Formação do Juquery (CEFOR), e reuniu mais de 100 servidores da área de administração pública em dois periodos, com o objetivo de mobilizar o público sobre a prevenção ao suicídio e valorização à vida.

De início, Elaina Silva fez uma analogia sobre a obra literária “O Pequeno Príncipe”, do autor Antoine de Saint- Exupéry, que descreve os sentimentos e ações que muitas vezes somos expostos a vivenciar com influência de outras pessoas. A psicóloga ressaltou ainda sobre o amor-próprio, o autocuidado, a atenção e o respeito com as pessoas ao nosso redor e especialmente, sobre lutarmos pelo nosso próprio bem-estar.

“As vezes tiram algo de nós, os sonhos, a capacidade de acreditarmos em alguma coisa, e até a necessidade de estarmos juntos e de sermos compreendidos. E o pequeno príncipe traz o reconhecimento e o conhecimento de ir atrás, de irmos em busca do que queremos, e faz com que acreditemos em alguma coisa a mais”, disse Elaina.

Ao decorrer da palestra, Elaina Silva discursou sobre a importância da difusão do diálogo sobre o suicídio e como ele está presente no munto inteiro. Ela apresentou e comentou os dados estatísticos da Organização Mundial da Saúde (OMS) referentes à saúde mental desde a virada do século, o aumento da ansiedade e depressão durante e após a pandemia, além de que fatores como a desigualdade social e econômica estão entre as ameaças estruturais globais ao bem-estar mental.

“A gente tem que prestar atenção que o suicídio ocorre em pessoas que passam por uma situação de vida que é difícil para elas lidarem naquele momento. Não importando com classe social, racial e econômica. Então ter empatia com essas pessoas é fundamental. E temos que ter cuidado para não pisar na bola, pois empatia é escutar a dor do outro e ter apenas uma ideia do que o outro está passando. Isso porque não entendemos o que o outro está sentindo, pois cada um de nós temos e entendemos nossas próprias dores”, acrescentou a psicóloga.

Reconhecendo os sinais
No decorrer da palestra, a psicóloga trouxe fatores que podem ser associados ao sinal de alerta ao suicídio, denominado como os 6ds

– Desesperança
– Depressão
– Desamparo
– Desamor
– Desespero
– Desemprego

E ainda observou que pessoas que sofrem com transtornos mentais, transtorno de bipolaridade, transtorno de estresse pós traumático, com uso abusivo de álcool e outras drogas, com doenças degenerativas, doenças crônicas e passaram por algum tipo de perda, são mais suscetíveis a cometerem o suicídio.

Mas como ajudar?
Oferecer apoio é umas das primeiras atitudes recomendadas a quem quer ajudar um possível suicida. Saber ouvir, com a mente aberta, sem julgamentos ou preconceitos também é fundamental.

Em seguida, é preciso encaminhar a pessoa para que receba auxílio profissional de serviços de saúde, saúde mental, emergência ou apoio em algum serviço público. Em Franco da Rocha, os funcionários da UPA 24h estão preparados para receber e orientar vítimas de suicídio.

Os serviços de saúde mental do município também estão disponíveis para ajudar por meio dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial). Eles são divididos em atendimento para transtornos mentais graves e persistentes (CAPS II), uso de álcool e drogas e infantojuvenil (CAPS i). O atendimento é feito geralmente por encaminhamento de outros equipamentos de saúde (UPA e UBS).

Além disso, existem centros como o CVV (Centro de Valorização à Vida), que oferece apoio emocional gratuito e voluntário para todos que precisam conversar, seja por telefone ou internet (chat ou email). O número é 188, o atendimento é gratuito e acontece 24 horas por dia, todos os dias da semana, podendo ser feito de telefones fixo, públicos e celular.

Texto e Foto: Amanda Iglesias


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