Trancar não é tratar: Franco da Rocha celebra Dia Nacional da Luta Antimanicomial com evento no parque Benedito Bueno de Morais

“Trancar não é tratar”, a frase norteia o trabalho das equipes da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Franco da Rocha. E para celebrar o mês da Luta Antimanicomial, na manhã da última quarta-feira (17), a Secretaria da Saúde e a Secretaria de Esportes realizaram um encontro no parque municipal Benedito Bueno de Morais para os atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial Luiz Marcelo Mazarini Novaes (Caps II), Caps Infantojuvenil, Caps Álcool e Drogas, Centro de Convivência e Residências Terapêuticas

Acesse as fotos do evento.

O grupo participou de uma sessão de pilates, um aulão de zumba e treino funcional com uma estação de alongamento. As atividades foram acompanhadas pela Apoiadora Institucional em Saúde Mental do município, Cristiana Corrêa, servidores do esporte e de gestores e usuários da rede das RAPS.

Considerado um marco na luta dos trabalhadores da saúde, o movimento antimanicomial teve início nos anos 70 e caracterizou-se pela busca dos direitos das pessoas com transtorno mental, posicionando-se contra o entendimento de que elas devem ser isoladas para supostos tratamentos. Além disso, havia um apelo pela participação da população na mudança do modelo assistencial, com o propósito de promover a inclusão dessas pessoas em todos os espaços da sociedade. A data, celebrada em 18 de maio, tem um significado especial para Franco da Rocha, que durante décadas abrigou um dos maiores hospitais psiquiátricos do país, o Juquery.

Carmen Vilas Boas, participou do encontro com a filha atendida pelo Centro de Convivência. Sempre sorridente, Vanessa Antônia, de 34 anos, participa de várias atividades organizadas pela Rede de Atenção Psicossocial da cidade. “Eu gosto do atendimento do Caps e do Centro de Convivência porque é completo, não só a minha filha, mas eu também sou recebida com muito carinho. É como uma família para nós”, disse Carmen.

Animada para dançar zumba com os colegas, Joice Aparecida, de 40 anos, também participou da celebração com a mãe, Maria Siqueira, que leva a filha para participar de oficinas pelo menos duas vezes na semana. “A Joice recebe acompanhamento médico, faz oficinas de arte e atividades em grupo. Hoje eu percebo que ela é mais comunicativa, mais sociável devido ao tratamento no Caps. Essas atividades são fundamentais para a minha filha e para mim”, relatou Maria.

Caps, Centro de Convivência e Residências Terapêuticas

Os Centros de Atenção Psicossocial são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados ao atendimento de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras substâncias, que se encontram em crise ou em processos de reabilitação psicossocial. Os equipamentos promovem encontros para socialização e acompanhamento médico, além de acrescentar habilidades às pessoas, diminuindo o sofrimento causado por transtornos mentais e evitando internações.

Já as Residências Terapêuticas constituem-se como alternativas de moradia para pessoas internadas em hospitais psiquiátricos de longa permanência, que não possuam suporte social e laços familiares, buscando a progressiva inclusão social do morador e sua reinserção na rede de serviços, organizações e relações sociais da comunidade.

Texto: Luana Nascimento – Foto: Luana Nascimento/Lívia H. Magalhães


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