Professores da rede municipal recebem formação sobre acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência

A Secretaria da Educação e Cultura organizou nesta terça-feira (25), no auditório do prédio, uma formação para professores da rede municipal voltada à acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência ministrada pela artista plástica e coordenadora da empresa INCLUA-ME, Marina Baffini e pela consultora Roseli Garcia.

Veja fotos da atividade.

No mês passado, a INCLUA-ME desenvolveu, em parceria com a Prefeitura, um projeto de acessibilidade no Museu de Arte Osório Cesar (MAOC). A iniciativa abrange a confecção e exibição de maquetes, adaptação de parte do acervo, materiais em escrita com símbolos para pessoas com autismo e deficiência intelectual, videolibras, audioguia, mapas, pisos táteis, textos e legendas das obras do acervo. A exposição tem o objetivo de oferecer um convívio social inclusivo com uma política de acessibilidade para as pessoas com deficiência visual.

Aplicado em duas etapas, o curso recebeu professores que integram o atendimento educacional especializado da rede municipal de educação de Franco da Rocha com a participação da secretária da Educação e Cultura Renata Celeguim e da museóloga do MAOC Michelle Louise Guimarães.

Na primeira parte da formação, Marina e Roseli falaram sobre o conceito de inclusão e suscitaram uma reflexão coletiva, convidando os professores a pensarem em quantas pessoas com deficiência estão presentes no seu cotidiano, seja em sala de aula ou até mesmo fora da escola. A partir das respostas, Marina explicou a definição de inclusão social.

“Inclusão social consiste na elaboração de ações que garantam a participação igualitária de todos, independente de condição física, gênero, orientação sexual, etnia e outros aspectos. Também há diferença entre inclusão social e integração. No âmbito da educação, por exemplo, a integração prevê apenas que o aluno se adapte às condições da escola, já a inclusão representa uma transformação geral do ambiente para garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem de todas as crianças”, detalhou Marina.

Roseli Garcia, que é consultora de acessibilidade em museus e espaços artístico-culturais e audiodescrição, também explicou aos professores o conceito de capacitsmo, que é a discriminação da pessoa com deficiência por considerá-la inferior ou incapaz para exercer determinadas atividades, e apresentou um vídeo para ilustrar frases e ações capacitistas que acontecem em situações sociais.

“Muitas pessoas não percebem como esse preconceito está enraizado no dia a dia, seja com atitudes ou frases. Eu sou atriz e toco violão e já ouvi inúmeras vezes das pessoas ‘Nossa, como você toca violão?’ ou ‘Você nem parece cega’. Além de frases como essa, pessoas com deficiência acabam sendo tratadas de forma infantilizada ou que devem ser excluídas da sociedade em razão dessas deficiências”, exemplificou a consultora.

INCLUA-ME: Arte e Cultura Para Todos no Museu de Arte Osório Cesar

Na segunda etapa da formação, os professores fizeram uma visita ao MAOC, onde Marina Baffini apresentou todo o projeto de acessibilidade do museu, que inclui a maquete tátil da edificação e a adaptação de algumas obras do acervo para pessoas com deficiência visual.

Foram reproduzidas 17 obras dos trabalhos artísticos de ex-pacientes do Hospital Psiquiátrico do Juquery, mantendo a identidade das exposições pelas quatro salas do museu e ampliando o acesso à cultura de modo divertido, natural e funcional.

O professor e técnico em educação especial, Thiago Basilio, comentou que o próximo passo após receberem a formação é que o grupo de professores do atendimento educacional especializado se torne multiplicador das informações que receberam. “A partir de agora, o nosso grupo vai buscar estimular que os professores e diretores da rede tragam seus alunos para o museu e conheçam esse projeto de inclusão, fortalecendo e difundindo mais essa conquista do município”.

Texto e foto: Luana Nascimento


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