Na última quinta-feira, 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Prefeitura realizou no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) um sarau com o objetivo de conscientizar os servidores da Secretaria de Assistência Social e as pessoas assistidas pelo serviço sobre as violações aos direitos infantojuvenis. Veja fotos da ação.

De início, a psicóloga e coordenadora do Creas, Andreia Silva, junto à sua equipe de assistentes sociais, Fernanda Magnani e Karine Freitas; os psicólogos, Eliseu Oliveira e Natália Marchesini; a advogada, Rose Gouvea, a estagiária de serviço social, Verleny Batista e a educadora física, Mara Alba, apresentaram o trabalho de acolhimento que fazem durante todo o ano e explicaram por que escolheram o sarau para passar uma mensagem aos participantes.

“Acreditamos que utilizando a linguagem do sarau podemos tratar desse assunto como esse, difícil e delicado, de maneira mais leve, mas muito significativa”, disse a coordenadora, Andreia.

O evento também contou com a participação de servidores que atuam no combate à violência e à exploração, como a inspetora da Guarda Civil Municipal (GCM), Conceição Inácio Gomes, da gestora do Caps Infantojuvenil (Caps IJ) Carolina Malins e também da equipe do Núcleo de Prevenção e Assistência às Vítimas de Violência (NUPAVV) da Casa da Mulher, que puderam se manifestar artisticamente como quisessem, inclusive, utilizando os livros disponibilizados pelo Creas, como o Pequeno Príncipe, Bichos de Versos, O Cego, dentre outras obras importantes da literatura brasileira para o desenvolvimento infantil.


O livro da poetisa e moradora de Franco da Rocha, Erineide Oliveira não ficou de fora. Muitos poemas da escritora foram recitados durante o sarau, pois ela fala em suas obras sobre sentimentos de cura, amor-próprio e reflexão, como na estrofe do poema “Força”, lido durante o evento e que também pode ser interpretado em apoio às vítimas: “Nos dias doídos de flertes com o caos, me lembro da luta do povo ancestral, e assim sigo segura, sabendo do risco, do avanço e sem recuar. E ainda que o plano há de ser tão injusto, estendo o caminho da luta”.


Encerrando o sarau, os psicólogos Eliseu Oliveira e Natália Marchesini convidaram o público a cantar e dançar ao som acústico do violão e cavaquinho.

Sobre o 18 de maio

O dia 18 de maio ficou marcado em razão do assassinato de Araceli Cabrera Sanches, uma menina de oito anos que foi drogada, estuprada e morta por jovens de classe média alta em 1973, em Vitória (ES). Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje permanece impune. Em 2000, o Congresso Nacional instituiu o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na data da morte de Araceli, por meio da Lei 9.970/2000.

Para denunciar atos de violência, abuso e exploração, basta discar 100. O serviço de denúncias de violações de direitos humanos é parte da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e funciona 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados.


Texto: Khananda Beatriz - Foto: César Iury