DENOMINAÇÃO DE LOGRADOURO PÚBLICO, AVENIDA PREFEITO ÂNGELO CELEGUIM”

LEI Nº 1.146/2015
(22 de setembro de 2015)

Autógrafo nº 047/2015
Projeto de Lei nº 045/2015
Autor: Vereador Eric Clapton Valini e demais Vereadores

Dispõe sobre: “DENOMINAÇÃO DE LOGRADOURO PÚBLICO, AVENIDA PREFEITO ÂNGELO CELEGUIM”.

FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu, FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS, na qualidade de Prefeito do Município de Franco da Rocha, sanciono e promulgo a seguinte lei:

Art. 1º. Fica denominada “Avenida Prefeito Ângelo Celeguim” a rua situada no descritivo abaixo:
RUA Dr. ARMANDO PINTO
Com início na intersecção com a Rua João Rais, segue em linha reta por uma distância de 130,00m até a esquina com a Rua Gracinda Ramos, desse ponto segue em linha reta por uma distância de 70,00m, desse ponto deflete em curva a esquerda por uma distância de 20,00m, seguindo em linha reta por uma distância de 225,00m até a Rua Saul Cardoso, desse ponto segue em linha reta por uma distância de 60,00m até a Rua Nelson Garcia, desse ponto deflete a direita e segue em linha reta por uma distância de 70,00m, desse ponto deflete em curva a esquerda por uma distância de 30,00m, desse ponto segue em linha reta por uma distância de 340,00m, desse ponto deflete em curva a direita por uma distância de 80,00m, deste ponto segue em linha reta por uma distância de 70,00m, desse ponto deflete em curva a esquerda por uma distância de 20,00m até a Rua Olavo Bilac – (do ponto de início até o ponto localizado no eixo central da Rua Olavo Bilac percorre-se a distância de 1.115,00m) – desse ponto segue em linha reta por uma distância de 260,00m, desse ponto deflete a direita e segue em linha reta por uma distância de 180,00m, desse ponto deflete a direita e segue em linha reta por uma distância de 160,00m, desse ponto deflete a direita e segue em linha reta por uma distância de 130,00m, desse ponto deflete em curva a esquerda e segue por uma distância de 140,00m até a rua Rua Amador Bueno, desse ponto deflete a direita e segue em linha reta por uma distância 245,00m, desse ponto deflete em curva a direita e segue por uma distância de 80,00m, desse ponto segue em linha reta por uma distância de 220,00m até a Rua Troia, desse ponto deflete em curva a esquerda por uma distância de 90,00m, desse ponto deflete em curva a direita por uma distância de 75,00m, desse ponto segue em linha reta por uma distância de 65,00m, desse ponto deflete a esquerda e segue por uma distância de 320,00m, desse ponto deflete a esquerda em curva por uma distância de 100,00m, desse ponto deflete em curva a direita por uma distância de 110,00m, desse ponto segue em linha reta por uma distância de 165,00m, desse ponto deflete a direita e segue em linha reta por uma distância de 100,00m, desse ponto ponte deflete em curva a esquerda e segue por uma distância de 55,00m, desse ponto segue em linha reta por uma distância de 155,00m, desse ponto segue em curva suave por uma distância de 230,00m até a alça de acesso localizada no Km 40 + 600,00m da rodovia SP 332, Rodovia Tancredo de Almeida Neves. (Do eixo central da Rua Olavo Bilac a alça de acesso à Rod. Tancredo de Almeida Neves percorre-se a distância de 2.880,00m).

Art. 2º. As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura do Município de Franco da Rocha, 22 de setembro de 2015.

FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS
Prefeito Municipal

Publicada na Secretaria dos Assuntos Jurídicos e da Cidadania da Prefeitura do Município de Franco da Rocha e cópia afixada no local de costume, na data supra.

BIOGRAFIA

ÂNGELO CELEGUIM nasceu na cidade de Campinas, no distrito de Sousas, em 19 de novembro de 1926. Era o primogênito de 5 irmãos: Luiz, Natalino, Aécio e Maria Aparecida. Neto de imigrantes italianos e filho dos lavradores Marcela Massa Celeguim e Antônio Celeguim. O sobrenome italiano Celeghin ganhou grafia aportuguesada no desembarque dos avós no Brasil. Outro ramo da família teve o C trocado por um S, o que se mantém até hoje.
Aos 6 anos Ângelo mudou-se com sua família para Franco da Rocha. Era 1932, ano da revolução constitucionalista. “Quando estourou a revolução constitucionalista de 1932, Ângelo morava com os pais e irmãos numa fazenda no Distrito de Sousas. Todos tiveram que fugir, pois as tropas inimigas estavam invadindo as fazendas, ameaçando os colonos que tentavam defender seus patrões”.
Sua família pegou um trem e desceu na Estação de um vilarejo chamado Juquery, que na época pertencia à cidade de Mairiporã. Com a ajuda de amigosii o pai de Ângelo trabalhou inicialmente em uma leiteria e depois no Hospital do Juquery. Ângelo começou a trabalhar desde criança, inicialmente na Casa de um engenheiro do Hospital, Dr. Ralph Pompeu de Camargo.
Ângelo fez o curso primário no 1º Grupo Escolar de Franco da Rocha, a atual E.E Domingos Cambiaghiiii.
Mais tarde, foi trabalhar na cooperativa dos funcionários do Hospital, da qual o Dr. Ralph era fundador. O engenheiro adquiriu muita confiança nele e o tratava como um pupilo, o lhe possibilitou a chance de aprender e desenvolvendo as características que marcariam sua trajetória: a solidariedade e uma liderança natural, humilde, com a lealdade de quem faria qualquer coisa por aqueles a quem prezava.
Começou trabalhar no Hospital do Juquery em 1945, como tantos outros contemporâneos. Na época o hospital vivia seu auge, movimentando a economia da cidade, cuja vida girava em torno dele.
Ângelo Celeguim se casou em 23 de abril de 1949 com Istatel Araújo, de outra família que veio do interior em busca de uma vida melhor em Franco da Rocha. Teve com ela cinco filhos: Marco Antônio, Raquel, Regina, Renata e Martim Francisco.
Em 1956 Ângelo disputou, pela primeira vez as eleições, elegendo-se vereador. Ângelo pertencia ao PSP de Ademar de Barros, que polarizava a política paulista da época com o PTN de Jânio Quadros, então governador. Na época os vereadores não recebiam salário e tinham que continuar em seus empregos, e, para obrigá-lo a renunciar ao cargo, seus adversários políticos arquitetaram uma transferência do Juquery para São José do Rio Preto. Mas a publicação no diário oficial saiu errada e Ângelo acabou no Hospital Emílio Ribas, na capital, onde trabalhou na administração até se aposentar.
A disputa política também lhe rendeu o apelido pelo qual ficaria bastante conhecido: Sapo. Inicialmente rejeitado, o nome foi incorporado e utilizado em suas campanhas, quando distribuía pequenos alfinetes com o desenho do animal.
Em Franco reelegeu-se por mais três legislaturas, permanecendo na Câmara de 1956 até 1972. Em 1971 tornou-se presidente da Câmara e nas eleições de 1972 candidatou-se a prefeito e venceu, governando até 77.
Durante o seu governo fez importantes realizações, principalmente na área de infraestrutura, ampliando e pavimentando ruas e Avenidas. Firmou convênio com a SABESP para obter água tratada para a cidade, criou várias linhas de ônibus que serviriam os bairros da Paradinha, Vila São Benedito, Lago Azul, Guarani e Vila Machado. Construiu o Centro Social Urbano e o Centro Comunitário, locais de realização de significativas atividades culturais da Cidade, como a semana do Folclore, Semana de Artes e conseguiu, junto ao Governo do Estado, a cessão do terreno onde hoje estão os prédios da Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, Fórum e Delegacia de Polícia. Também conseguiu, junto ao Governo do Estado, a construção do prédio da TELESP, iniciando o Serviço de Discagem a Distância – DDD para a cidade.
Angelo ainda venceria mais uma eleição para a Câmara em 1989, e voltou a presidir a Casa no biênio 1991/1992.
Em 1992, tentou novamente a prefeitura, na eleição vencida por seu genro, Mário Maurici. Antes de se aposentar definitivamente, tentou mais duas vezes eleger-se vereador.
Seus cinco filhos lhe deram 10 netos e, até agora, cinco bisnetos. Uma de suas maiores alegrias foi ver um de seus netos, Francisco, o Kiko, seguir seus passos e eleger-se vereador em 2004, com sua colaboração. Faleceu em 20 de outubro 2008, pouco mais de um ano depois da morte de sua companheira de toda a vida, Istatel.
Em entrevista, dada para ao seu biógrafo, um ano antes de seu falecimento Ângelo Celeguim disse: “quando eu e minha família tivemos que deixar nossa terra e vir para uma lugar estranho procurar abrigo, não sabíamos que Deus às vezes muda nossa vida sem saber que lá adiante está a nossa espera um horizonte, um novo porto seguro onde nos espera o amanhã. Franco da Rocha sempre será um porto seguro¹”.

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i ADAURI ALVES, “Personagens que ajudaram a construir a Cidade”, nº 1, coleção Páginas de Nossa História, Franco da Rocha, 2007, p. 08
ii Pai de Juvenal C. Leite e Pedro Romeiro
iii Foram colegas do curso primário de Ângelo dois ex-prefeitos de Franco da Rocha: Donald Savazoni e Emílio Hernandez Aguilar (Adauri Alves, 2007, p. 9)

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