DENOMINAÇÃO DE LOGRADOURO PÚBLICO, ESTRADA DOM TOMÁS BALDUÍNO”

LEI Nº 1.209/2016
(10 de junho de 2016)

Autógrafo nº 037/2016
Projeto de Lei nº 028/2016
Autor: Vereador Eric Clapton Valini e demais Vereadores

DISPÕE SOBRE: “DENOMINAÇÃO DE LOGRADOURO PÚBLICO, ESTRADA DOM TOMÁS BALDUÍNO”.

FAÇO SABER que a Câmara Municipal de Franco da Rocha aprovou e eu, FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS, Prefeito do Município de Franco da Rocha, sanciono e promulgo a seguinte lei:

Art. 1º. Fica denominado “Estrada Dom Tomás Balduíno” a Estrada que liga a Rodovia Edgard Máximo Zambotto ao Assentamento São Roque, no bairro denominado Fazenda São Roque, localizada na Serra dos Cristais, neste Município.

Art. 2º. As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura do Município de Franco da Rocha, 10 de junho de 2016.

FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS
Prefeito Municipal

Publicada na Secretaria dos Assuntos Jurídicos e da Cidadania da Prefeitura do Município de Franco da Rocha e cópia afixada no local de costume, na data supra.

BIOGRAFIA

Nascido em Goiás, estudou filosofia no seminário dos dominicanos em São Paulo. Ordenou-se presbítero em 1948. Seus estudos de Teologia foram efetuados em Saint Maximin, na França, onde concluiu o mestrado em 1950. Pós-graduou-se em Antropologia e Lingüística pela Universidade de Brasília em 1965.
Logo após ordenado, foi professor de Filosofia na Faculdade de Filosofia de Uberaba-MG. De 1956 a 1964 foi superior da Missão Dominicana e pároco em Conceição do Araguaia, estado do Pará. Em 1966 foi eleito Prelado coadjutor da Prelazia de Santíssima Conceição do Araguaia, hoje Diocese de Marabá. Foi ordenado bispo da Diocese de Goiás em 26 de novembro de 1967. Ao todo, viveu aí por 11 anos.
Dom Balduíno, em Roma, com o cartaz da conferência sobre Dom Romero, em março de 2009.
Nesta missão teve grande contato com a vida dos índios e lavradores, assumindo sua causa. Foi co-fundador do Conselho Indigenista Missionário em 1972 e seu segundo presidente. Ajudou também a fundar a Comissão Pastoral da Terra, em 1975, sendo seu presidente entre 1997-1999.
De 1967 a 1998 foi bispo da diocese de Goiás. Foi personagem fundamental no processo de criação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em 1972, e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 1975. Foi presidente do CIMI, de 1980 a 1984, e presidente da CPT, de 1999 a 2005. Em 2 de dezembro de 1998 tornou-se bispo-emérito de Goiás.
Em 2006 recebeu o Prêmio de Direitos do Homem Dr. João Madeira Cardoso, pela Fundação Mariana Seixas, de Viseu, Portugal, em colaboração com o Conselho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados.
Também em 2006 recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Católica de Goiás por sua luta pela cidadania e direitos humanos.
Em 2008 recebeu o prêmio Reflections of Hope, da Oklahoma City National Memorial Foudation, como exemplo de esperança na solução das causas que levam a miséria de tantas pessoas em todo o mundo.
De 22 a 29 de março 2009 foi em Roma para participar às palestras em homenagem de Dom Oscar Romero e dos 29 anos do seu assassinato.
Em abril de 2014 ficou internado de por dez dias em Goiânia. O religioso morreu em decorrência de uma tromboembolia pulmonar no dia 2 de maio de 2014. O corpo de d. Tomás Balduíno foi sepultado no dia 5 de maio, no interior da catedral Nossa Senhora de Santana, na cidade de Goiás. Ao velório e enterro do bispo, compareceram trabalhadores rurais sem terra, indígenas e religiosos, além de autoridades locais.
Segundo comunicado divulgado pela Comissão Pastoral da Terra, “Dom Tomás lutou por toda sua vida pela defesa dos direitos dos pobres da terra, dos indígenas, das demais comunidades tradicionais, e por justiça social.

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