DENOMINAÇÃO DE LOGRADOUROS PÚBLICOS, 31 RUAS NOS BAIRROS SANTO ANTONIO E PORTAL DA ESTAÇÃO. LEI N° 1262/2017

LEI Nº 1.262/2017
(23 de junho de 2017)

Autógrafo nº 041/2017
Projeto de Lei nº 025/2017
Autor: Vereadores Eric Clapton Valini e Valdir José da Silva

DISPÕE SOBRE: “DENOMINAÇÃO DE LOGRADOUROS PÚBLICOS, 31 RUAS NOS BAIRROS SANTO ANTONIO E PORTAL DA ESTAÇÃO”.

FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu, FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS, na qualidade de Prefeito do Município de Franco da Rocha, sanciono e promulgo a seguinte lei:

Art. 1º Ficam denominadas as ruas localizadas nos Bairros Santo Antonio e Portal da Estação, nas formas e disposições a seguir especificadas.
Parágrafo único. Os mapas dos respectivos bairros com as ruas a serem transformadas fazem parte integrante desta lei.

Art. 2º As ruas localizadas no Bairro Portal da Estação passam a ter a seguinte denominação:
I – Rua 1 e 4 passam a se denominar Rua Mauro Mateus dos Santos (Sabotage);
II – Rua 2 passa a se denominar Rua Viviane Lopes Matias (Dina Di);
III – Rua 3 passa a se denominar Rua Cazuza;
IV – Rua 5 passa a se denominar Rua Tim Maia;
V – Rua 6 passa a se denominar Rua Raul Seixas;
VI – Rua 7 passa a se denominar Rua Cassia Eller.

Art. 3º As ruas localizadas no Bairro Santo Antonio passam a ter a seguinte denominação:
I – A Rua 5 passa a se denominar Rua Alexandre Magno Abrão (Chorão);
II – a Rua 1 passa a se denominar Rua João Paulo;
III – a Rua 2 passa a se denominar Rua Leandro;
IV – a Rua 3 passa a se denominar Rua Jamelão;
V – a Rua 4 passa a se denominar Rua João Nogueira;
VI – a Rua 7 passa a se denominar Rua Noel Rosa;
VII – a Rua 8 passa a se denominar Rua Cartola;
VIII – a Rua 9 passa a se denominar Rua Luiz Gonzaga;
IX – a Rua 11 passa a se denominar Rua Cristiano Araújo;
X – a Rua 13 passa a se denominar Rua Mamonas Assassinas;
XI – a Rua 14 passa a ser denominada Rua Robert Nesta Marley (Bob Marley);
XII – a Rua 15 passa a ser denominada Rua Bezerra da Silva;
XIII – a Rua 16 passa a ser denominada Rua Elis Regina;
XIV – a Rua 17 passa a ser denominada Rua Carlos Roberto Gouveia;
XV – a Rua 18 passa a ser denominada Rua Adoniran Barbosa;
XVI – a Rua 19 passa a ser denominada Rua Tom Jobim;
XVII – a Rua 20 passa a ser denominada Rua Janis Joplin;
XVIII – a Rua 21 passa a ser denominada Jimi Hendrix;
XIX – a Rua 22 passa a ser denominada Rua Jair Rodrigues;
XX – a Rua 23 passa a ser denominada Rua James Brown;
XXI – a Estrada Municipal passa a ser denominada Rua Renato Russo.

Art. 3º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura do Município de Franco da Rocha, 23 de junho de 2017.

FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS
Prefeito Municipal

Publicada na Secretaria dos Assuntos Jurídicos e da Cidadania da Prefeitura do Município de Franco da Rocha e cópia afixada no local de costume, na data supra.

Biografia de LUIZ GONZAGA
Luiz Gonzaga (1912-1989) foi músico brasileiro. Sanfoneiro, cantor e compositor, recebeu o título de “Rei do Baião”. Foi responsável pela valorização dos ritmos nordestinos, levou o baião, o xote e o xaxado, para todo o país. A música “Asa Branca” feita em parceria com Humberto Teixeira, gravada por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de 1947, virou hino do nordeste brasileiro.
Luiz Gonzaga (1912-1989) nasceu na Fazenda Caiçara, em Exu, sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Filho de Januário José dos Santos, o mestre Januário, “sanfoneiro de 8 baixos” e Ana Batista de Jesus. O casal teve oito filhos. Luiz Gonzaga desde menino já tocava sanfona. Aos 13 anos, com dinheiro emprestado compra sua primeira sanfona.
Em 1929, por causa de um namoro, proibido pela família da moça, Luiz Gonzaga foge para a cidade de Crato no Ceará. Em 1930 vai para Fortaleza, onde entra para o exército. Com a Revolução de 30 viaja pelo país. Em 1933, servindo em Minas Gerais, é reprovado num concurso de músico para o exército, passa a ser o corneteiro da tropa. Tem aulas de sanfona com o soldado Domingos Ambrósio.
Luiz Gonzaga deixa o exército, depois de nove anos sem dar notícias à família. Foi para o Rio de Janeiro e passou a se apresentar em bares, cabarés e programas de calouros. Em 1940 participa do programa de Calouros da Rádio Tupi e ganha o primeiro lugar, com a música “Vira e Mexe”.
Tocando como sanfoneiro da dupla Genésio Arruda e Januário, é descoberto e levado pela gravadora RCA Vitor, a gravar seu primeiro disco. O sucesso foi rápido, vários outros discos foram gravados, mas só em 11 de abril de 1945 grava seu primeiro disco como sanfoneiro e cantor, com a música “Dança Mariquinha”. Em 23 de setembro nasce seu filho Gonzaguinha, fruto do relacionamento com a cantora Odaléia Guedes. Nesse mesmo ano conhece o parceiro Humberto Teixeira.
Depois de 16 anos Luiz volta para sua terra natal. Vai ao Recife e se apresenta em vários programas de rádio. Em 1947 grava “Asa Branca”, feita em parceria com Humberto Teixeira. Em 1948 casa-se com a cantora Helena Cavalcanti.
Em 1949 leva sua família para morar no Rio de Janeiro. As parcerias com Humberto Teixeira e com Zédantas rendeu muitas músicas. Gonzaga e seu conjunto se apresentam em várias partes do país.
Em 1980, Luiz Gonzaga canta para o Papa Paulo II, em Fortaleza. Canta em París a convite da cantora amazonense Nazaré Pereira. Recebe o prêmio Nipper de ouro e dois discos de ouro pelo disco “Sanfoneiro Macho”. Em 1988 se separa de Helena e assume o relacionamento com Edelzita Rabelo.
Luiz Gonzaga é internado no Recife, no Hospital Santa Joana, no dia 21 de junho de 1989, e no dia 2 de agosto falece.
Em 2012, se comemora 100 anos do nascimento de Luiz Gonzaga. É lançado o filme “De Pai Para Filho”, narrando a relação entre Gonzaga e Gonzaguinha. O artista recebe várias homenagens em todo o país.

Biografia de Agenor de Miranda Araújo Neto
“Cazuza”
Cazuza (1958-1990) foi um cantor e compositor brasileiro, um dos maiores ídolos da geração do pop-rock dos anos 80. “Exagerado”, “Codinome Beija-flor”, “Brasil” e “Faz Parte do Meu Show”, são alguns dos seus grandes sucessos.
Cazuza (Agenor de Miranda Araújo Neto) (1958-1990) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 04 de abril de 1958. Filho de João Araújo, produtor fonográfico e da cantora Lucinha Araújo, cresceu no meio artístico convivendo com grades cantores da Musica Popular Brasileira.
Cazuza estudou no tradicional colégio, o Santo Inácio de Loyola e no Colégio Anglo-Americano. Ainda jovem já escrevia poemas. Em 1976, foi aprovado no vestibular de Comunicação, mas desistiu do curso três semanas depois. Começou a frequentar o Baixo Leblon, levando uma vida de boêmio.
Foi levado por seu pai para trabalhar na gravadora Som Livre, onde fez triagem de fitas de novos cantores e escreveu releases para divulgar os artistas.
No final de 1979 foi para os Estados Unidos, onde fez curso de fotografia na Universidade de Berkeley, em São Francisco. Em 1980 retornou ao Rio de Janeiro e ingressou no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone, no Circo Voador. Foi nessa época que cantou em público pela primeira vez, na peça “Paraquedas do Coração”.
Em 1981, Cazuza foi indicado pelo cantor Léo Jaime para vocalista de uma banda que estava se formando na casa do tecladista Maurício Barros, no bairro do Rio Cumprido. Estava se formando a banda “Barão Vermelho”, que despontou nas paradas com as músicas “Pró Dia Nascer Feliz”, “Bete Balanço”, entre outras. Em 1984, a banda lança o álbum “Maior Abandonado”, que foi o último sucesso da banda com a participação de Cazuza.
Em 1985, Cazuza iniciou sua carreira solo, e nesse mesmo ano gravou seu primeiro álbum “Exagerado”, que fez grande sucesso com as músicas “Exagerado”, “Mal Nenhum”, “Codinome Beija-Flor”, entre outras. Nesse mesmo ano descobre ser portador do vírus HIV. Em 1987 vai para os Estados Unidos tentar um tratamento para a doença.
Ainda em 1987, lançou o álbum “Só Se For a Dois”, onde se destacou a música “O Nosso Amor a Gente Inventa”. Em 1988, lançou “Ideologia” que levou às paradas as músicas “Faz Parte do Meu Show” e “Brasil”.
Em fevereiro de 1989, Cazuza declarou publicamente que era portador do vírus da AIDS. Nesse mesmo ano lançou seu último álbum “Burguesia”. Ao receber o Prêmio Sharp de Melhor álbum para “Ideologia” e de Melhor Canção para “Brasil”, compareceu à premiação, numa cadeira de rodas, já bastante debilitado pela doença.
Cazuza faleceu no Rio de Janeiro, no dia 07 de julho de 1990.

Biografia
“Mamonas Assassinas”
Mamonas Assassinas foi uma banda brasileira de rock cômico. O som era uma mistura de punk rock com influências de gêneros populares, tais como forró (Jumento Celestino), brega (Bois Dont Cry), além de heavy metal (Débil Metal), pagode (Lá Vem o Alemão), Música mexicana (Pelados em Santos), Rap (Zé Gaguinho), Reggae (Onon Onon) e o vira (Vira-Vira). A carreira da banda, com o nome de Mamonas Assassinas, durou de julho de 1995 até 2 de março de 1996 (pouco mais de 7 meses) e não só a morte de seus integrantes, como também o sucesso destes, foi meteórico e estrondoso. Com um único álbum de estúdio, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, o grupo acarretou a venda de mais de 3 milhões de cópias no Brasil, sendo certificado com Disco de Diamante em 1995, comprovado pela ABPD. Álbum este, que com letras bem-humoradas, como “Pelados em Santos”, “Robocop Gay”, “Vira-Vira”, “1406” e “Mundo Animal”, os levou ao sucesso estrondoso. Porém, no auge de suas carreiras, os integrantes da banda foram vítimas de um acidente aéreo fatal.

Biografia de Tim Maia
Carioca da gema, o ícone Tim Maia nasceu e cresceu na Tijuca, onde fez parte de um grupo de amigos que iria mudar para sempre a cara da MPB. Dessa turma faziam parte: Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Jorge Ben Jor. Durante décadas, Tim colecionou sucessos, conquistou seu lugar no coração do povo brasileiro e se consolidou como um ídolo eterno.
A voz potente, o senso rítmico aguçado e o carisma inigualável foram os elementos que marcaram o estilo inconfundível do Síndico do Brasil, que influenciou artistas como Roberto Carlos, Jorge Ben Jor, Marisa Monte, Jota Quest, Ivete Sangalo, Racionais MC’s e mais uma legião de craques da MPB. Pai da Soul Music brasileira morou por cinco anos nos EUA, bebendo na fonte sendo influenciado pelo Funk e Soul. Uma overdose à la Motown. Foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil o 9º maior artista da música brasileira (Fonte: Rolling Stone Brasil)
Indomável, foi o primeiro artista brasileiro completamente independente das grandes gravadoras. Para conseguir total liberdade artística e controle financeiro do seu trabalho, fundou a editora Seroma e a gravadora Vitória Régia Discos.
Após se consolidar como um empresário de sucesso na indústria fonográfica, continuou emplacando grandes hits até a sua morte em 1998.
Tim Maia deixou um gigantesco legado que marcou profundamente a história da música brasileira e mundial.

Biografia de Alexandre Magno Abrão
“Chorão”
Chorão (1970-2013) foi um cantor e compositor brasileiro, um dos vocalistas da banda de rock Charlie Brown Jr.
Chorão (Alexandre Magno Abrão) nasceu em São Paulo, no dia 09 de abril de 1970. O apelido surgiu quando era pequeno e não conseguia fazer as manobras mais difíceis no skate, e chorava, daí o apelido de “Chorão”, dado pelos amigos.
Chorão teve uma infância difícil, parou de estudar na sétima série. Na década de 80 atuou profissionalmente no skate, sendo vice-campeão paulista, na categoria freestyle.
Depois de substituir por acaso o vocalista de uma banda, Chorão foi convidado para fazer parte de uma banda. Só em 1992, junto com Champignon, Renato Pelado e mais tarde, com Marcão e Thiago completaram a primeira formação da banda que passou a se chamar Charlie Brown Jr. Por volta de 1992, começaram a tocar no circuito, Santos e São Paulo, principalmente em campeonatos de skate.
Em 2005, após desentendimentos profissionais, alguns integrantes deixaram a banda, que passou a ter nova formação. Triste com o fim da formação original da banda, o envolvimento de Chorão com drogas se agravou.
Chorão foi casado duas vezes e tinha um filho, que em 2005, com 23 anos de idade e junto com a empresária do cantor tentou internar o pai sem obter sucesso. No dia 06 de março de 2013, Chorão foi encontrado morto por seu motorista, no apartamento do cantor localizado no bairro de Pinheiros, zona Oeste de São Paulo. Chorão faleceu de overdose de cocaína.

Biografia de Angenor de Oliveira
“Cartola”
Cartola (1908-1980) foi cantor e compositor brasileiro. “As Rosas Não Falam”, música e letra de sua autoria, um clássico do samba, foi escrita quando cartola tinha 67 anos.
Cartola (1908-1980) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de outubro de 1908. Passou sua infância no bairro de Laranjeiras. Só estudou o curso primário. Mudou-se para o Morro da Mangueira, onde começou a frequentar a vida boêmia e as rodas de samba. Tocava violão e cavaquinho.
Com quinze anos trabalhou como tipógrafo e pedreiro. Durante esse período usava um chapéu, o que lhe valeu o apelido de Cartola. Em 1926, com dezoito anos é expulso de casa, pelo pai, vai morar sozinho num barraco e depois vai viver com Deolinda.
Cartola foi um dos fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, tendo sugerido o nome da escola e as cores verde e rosa. O primeiro samba da escola é de sua autoria “Chega de Demanda”. Foi no morro da Mangueira que conheceu Carlos Cachaça, seu parceiro em vários sambas. Na década de 30, Carmem Miranda, Sílvio Caldas, Araci de Almeida e Francisco Alves, foram grandes interpretes de suas músicas.
É impossível falar de samba sem falar em Cartola. Autor de sambas inesquecíveis como “As Rosas não Falam”, “O Mundo é um Moinho”, e “O Sol Nascente”. Com a morte de Deolinda, Cartola deixa o morro da Mangueira e se afasta do meio musical. Passa sete anos vivendo como lavador de carro e vigia.
Em 1956, resgatado pelo jornalista Sérgio Porto, Cartola volta a compor. Encontra Dona Zica e juntos abrem um restaurante, que era ponto de encontro de sambista no Morro da Mangueira, mas depois de dois anos fecha as portas.
Angenor de Oliveira morreu no Rio de Janeiro, no dia 30 de novembro de 1980.

Biografia de Mauro Mateus dos Santos
“Sabotage”
Sabotage (1973-2003) foi um rapper, compositor e ator brasileiro. Foi o personagem Fuinha do filme Carandiru.
Sabotage, nome artístico de Mauro Mateus dos Santos, nasceu na zona sul de São Paulo, no dia o3 de abril de 1973. Ainda jovem envolveu-se com o crime e o tráfico de drogas, na favela do Canão. Durante sua adolescência foi interno da antiga FEBEM.
O gosto pela música surgiu desde pequeno, quando andava com um caderno para escrever suas músicas. Entre os anos de 1988 e 1989 se inscreveu em concursos de rap. Participando de shows do grupo RZO (Rapaziada Zona Oeste), e após a gravação de vários clipes, Sabotage começou a se destacar no mundo da música. Em 2000 Sabotage gravou seu primeiro e único álbum de estúdio, “Rap é Compromisso”.
Sabotage atuou em dois filmes, “O Invasor”, onde participou da trilha sonora com cinco músicas, serviu de consultor sobre a cultura da periferia e atuou como ele mesmo. No filme “Carandiru”, Sabotage interpretou o personagem “Fuinha” e gravou uma das músicas da trilha sonora. Em 2002 recebeu o prêmio Hutúz (prêmio do hip hop brasileiro) na categoria revelação.
No dia 24 de janeiro de 2003, Sabotage foi assassinado com quatro tiros pelas costas, apesar de sua família afirmar que Sabotage estava longe da bandidagem a mais de dez anos. O rapper deixou mulher e três filhos.

Biografia de Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim
“TOM JOBIM”
Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim – ou Tom Jobim -, compositor, cantor, violonista e pianista, um dos maiores expoentes da música brasileira, foi também um dos principais responsáveis pela internacionalização da bossa nova, estilo e movimento musical com influências jazzísticas, iniciado por volta de 1958 no Rio de Janeiro, que introduziu invenções melódicas e harmônicas no samba.
Considerado um dos grandes compositores de música popular do século 20, as raízes de Tom Jobim encontram-se no jazz, em Gerry Mulligan, Chet Baker, Barney Kessel e outros músicos da década de 1950. Ao mesmo tempo, Jobim sofreu influências da música erudita, principalmente do compositor francês Claude Debussy, e dos ritmos do samba.
A certa maneira simples e melódica de tocar o piano, Jobim acrescentava sempre um toque de invenção, uma sonoridade inesperada, enquanto sua voz, ligeiramente rouca, salientava os aspectos emocionais das letras.
Depois de ter pensado em seguir a carreira de arquiteto, Jobim acabou se dedicando exclusivamente à música: aos vinte anos já se destacava em casas noturnas e estúdios de gravação. Se primeiro disco foi gravado em 1954, mas o sucesso veio em 1956, quando, junto com o poeta Vinicius de Moraes, elaborou a música da peça teatral “Orfeu da Conceição” (no cinema, “Orfeu negro”).
A bossa nova surgiria efetivamente em 1958, quando Jobim produz o disco “Chega de saudade”, no qual João Gilberto toca e canta músicas do próprio Jobim.
Fama internacional
A fama de Tom Jobim se tornaria internacional em 1962, quando o saxofonista Stan Getz e o guitarrista Charlie Byrd gravaram o LP “Jazz Samba”, que permaneceria diversas semanas na lista de mais vendidos. Numa das faixas, a versão instrumental de “Desafinado”, que ganharia vários intérpretes nos EUA, entre eles: Lalo Schifrin, Quincy Jones, Coleman Hawkins e Dizzy Gillespie. Um ano depois, Jobim e outros músicos brasileiros se apresentaram no Carnegie Hall, onde cantaram “Garota de Ipanema”.
Durante as décadas de 1960 e 1970, Jobim gravou discos para os principais estúdios norte-americanos. Quando o êxito da música brasileira nos EUA começou a dar sinais de esgotamento, ele se concentrou, então, na televisão e no cinema brasileiro.
Em 1985, Jobim voltou ao Carnegie Hall, onde cantou diante de três mil pessoas, abrindo uma longa temporada de shows no Brasil e na Europa. Temporada, aliás, que se prolongaria, no ano seguinte, com uma apresentação no Avery Fisher Hall, de Nova York.
No ano de 1994, ele voltaria duas noites seguidas, em abril, ao Carnegie Hall: na primeira, para comemorar os 50 anos da gravadora Verve, na companhia de Pat Metheny, Joe Henderson, Charles Haden e Al Foster; na segunda, para promover a Rainforest Foundation, ao lado de Sting, Elton John e Luciano Pavarotti.
Em 15 de setembro, viajou até Nova York para submeter-se a uma angioplastia. Num dos vários exames realizados, os médicos detectaram um tumor maligno em sua bexiga – e a cirurgia foi marcada para 6 de dezembro, no Mount Sinai Medical Center. No dia 8, enquanto convalescia da cirurgia, Tom Jobim teve uma parada cardíaca, às 8h. E uma segunda parada, duas horas depois, que foi fatal.
Seu corpo desembarcou no Rio de Janeiro no dia 9 e foi velado no Jardim Botânico, dali seguindo para o Cemitério de São João Batista, após desfilar em cortejo pela cidade.
Folha de S. Paulo; Site oficial de Tom Jobim

Biografia de Elis Regina de Carvalho Costa
“Elis Regina”
Elis Regina (1945-1982) foi uma cantora brasileira. Por sua performance versátil, foi considerada a maior cantora do Brasil. É Também reconhecida pela sua forma de expressão altamente emotiva, tanto na interpretação musical quanto em seus gestos.
Elis Regina de Carvalho Costa (1945-1982) nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 17 de março de 1945. Começou a cantar, com onze anos de idade, no programa “No Clube do Guri”, na Rádio Farroupilha, apresentado por Ari Rego. Em 1960 foi contratada pela Rádio Gaúcha e em 1961, com 16 anos de idade lançou seu primeiro disco, “Viva a Brotolândia”.
Em 1964, já se apresentava no eixo Rio São Paulo. Assinou contrato com a TV Rio, para se apresentar no programa “Noite de Gala”. Sob a direção de Luís Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli, Elis Regina se apresenta no “Beco das Garrafas”, reduto da Bossa Nova. Nesse mesmo ano muda-se para São Paulo.
Em 1965, fez a sua estreia no festival da Record com a música “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinícius de Moraes. Recebeu o Prêmio Berimbau de Ouro e o Troféu Roquette Pinto. Foi eleita a melhor cantora do ano.
Entre 1965 e 1967, ao lado de Jair Rodrigues, apresentou o programa “O Fino da Bossa”, na TV Record em São Paulo. O programa gerou três discos. O primeiro “Dois na Bossa” vendeu um milhão de cópias. Em 1968, se apresentou duas vezes no Olympia de Paris.
Elis Regina tinha um gênio forte, recebeu o apelido de Pimentinha. Era uma artista eclética, interpretava canções de vários estilos, como MPB, jazz, rock, bossa nova e samba. Levou à fama, cantores importantes como Milton Nascimento, João Bosco e Ivan Lins. Fez dueto com Tom Jobim, Jair Rodrigues, entre outros.
Entre os seus álbuns estão: “Em Pleno Verão” (1970), “Elis e Tom” (1974), e “Saudade do Brasil” (1980). Entre suas músicas mais interpretadas estão: “O Bêbado e a Equilibrista”, “Como Nossos Pais”, “Madalena” e “Casa no Campo”. Curiosamente a sua voz foi colocada no patamar de instrumento musical na Ordem dos Músicos do Brasil, tamanha era a sua capacidade vocal.
De sua união com Ronaldo Bôscoli nasceu João Marcelo Bôscoli (1970). E de sua união com César Camargo Mariano nasceram, Pedro Camargo Mariano (1975) e Maria Rita (1977).
Elis Regina faleceu com apenas 36 anos, em São Paulo, no dia 19 de janeiro de 1982. Sua morte foi decorrente do consumo de cocaína e o uso exagerado da bebida alcoólica.

Biografia de CASSIA ELLER
Filha de um sargento pára-quedista do Exército e de uma dona-de-casa, seu nome foi sugerido pela avó, devota de Santa Rita de Cassia.
Nascida no Rio de Janeiro, aos 6 anos mudou-se com a família para Belo Horizonte. Aos 10, foi para Santarém, no Pará. Aos 12 anos, voltou para o Rio. O interesse pela música começou aos 14 anos, quando ganhou um violão de presente. Tocava principalmente músicas dos Beatles. Aos 18, chegou a Brasília, para onde sua família se mudou. Ali, cantou em coral, fez testes para musicais, trabalhou em duas óperas como corista, além de se apresentar como cantora de um grupo de forró. Também fez parte, durante um ano, do primeiro trio elétrico de Brasília, denominado Massa Real, e tocou surdo em um grupo de samba. Trabalhou em vários bares (como o Bom Demais), cantando e tocando. Despontou no mundo artístico em 1981, ao participar de um espetáculo de Oswaldo Montenegro.
Um ano mais tarde, aos 19 anos, querendo sua liberdade pessoal, foi para Belo Horizonte atrás de um lugar para morar e um emprego, onde conseguiu assim que chegou, e passou a trabalhar como servente de pedreiro. “Fiz massa e assentei tijolos”, contava. Lá, alugou um pequeno quarto, onde ficou vivendo. Na escola, não chegou a terminar o ensino médio, por causa dos shows que fazia, cada dia num turno diferente, não tinha horário para se dedicar aos estudos.
Caracterizada pela voz grave e pelo ecletismo musical, interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro, como Cazuza e Renato Russo, além de artistas da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, passando pelo pop de Nando Reis, rap do rapper Xis (cantor) e o incomum de Arrigo Barnabé e Wally Salomão, até sambas de Riachão e rocks clássicos de Janis Joplin, Jimi Hendrix, Rita Lee, Beatles, John Lennon e Nirvana.
Teve uma trajetória musical bastante importante, embora curta, com algo em torno de dez álbuns próprios gravados no decorrer de doze anos de carreira. De fato, somente em 1989 sua carreira decolou. Ajudada por um tio seu, gravou uma fita demo com a canção “Por enquanto”, de Renato Russo. Este mesmo tio levou a fita à PolyGram, o que resultou na contratação de Cassia pela gravadora. Sua primeira participação em disco foi em 1990, no LP de Wagner Tiso intitulado “Baobab”.
Cassia Eller sempre teve uma presença de palco bastante intensa, assumia a preferência por álbuns gravados ao vivo e ela era convidada constantemente para participações especiais e interpretações sob encomenda, singulares, personalizadas.
Outra característica importante é o fato de ela ter assumido uma postura de intérprete declarada, tendo composto apenas três das canções que gravou: “Lullaby” (parceria com Márcio Faraco) em seu primeiro disco, Cassia Eller, de 1990 (LP com 60.000 cópias vendidas, sobretudo em razão do sucesso da faixa “Por enquanto” de Renato Russo); “Eles” (dela com Luiz Pinheiro e Tavinho Fialho) e “O Marginal” (dela com Hermelino Neder, Luiz Pinheiro e Zé Marcos), no segundo disco, O Margina (1992).
Cassia morava com sua namorada, Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava seu filho Francisco, que era chamado carinhosamente de Chicão pelas duas.
A cantora era torcedora apaixonada do Clube Atlético Mineiro, tendo sido, inclusive, contatada para recebimento do Galo de Prata, honraria concedida aos torcedores ilustres do Clube. Contudo, com sua morte prematura, o troféu acabou sendo entregue, em 2002, a sua mãe, Nanci Eller, segundo a qual “No ano passado a Cassia fez um show em Curitiba, e o Levir Culpi mandou uma camisa do Galo para ela, através de seu filho. Todos os instrumentos dela têm o escudo do Atlético. Ela sempre colocava o escudo nas coisas que ganhava. Inclusive há um escudo na porta do estúdio que a Cassia tinha em sua residência”.
A pedido de Cassia, caso viesse a acontecer algo, Maria ficou sendo a responsável pela criação de Francisco, após a morte de sua namorada.

Biografia de RAUL SEIXAS
Raul Seixas (1945-1989) foi um músico, compositor e cantor brasileiro, um dos grandes representantes do rock no Brasil. É conhecido por músicas como “Maluco Beleza” e “Ouro de Tolo”.
Raul Santos Seixas (1945-1989) nasceu em Salvador, Bahia, no dia 28 de junho de 1945. Desde a adolescência, ficou impressionado com o fenômeno do Rock and Roll, o que levou a criar uma banda chamada “Os Panteras”. Lançou o seu primeiro disco em 1968, “Raulzito e seus Panteras”. Mas o sucesso veio mesmo depois do lançamento do disco “Krig-ha, Bandolo!” (1973), cuja música principal, “Ouro de Tolo”, fez grande sucesso no Brasil. O disco tinha outras músicas de grande repercussão, como “Mosca na Sopa” e “Metamorfose Ambulante”.
Raul Seixas se envolveu com ocultismo, estudou filosofia e psicologia, o que o fez um dos poucos compositores a tentar imprimir suas idéias em letras aliadas ao som vibrante do Rock, juntamente com ritmos nordestinos.
Em 1974, criou a Sociedade Alternativa, um conceito de sociedade livre inspirada no ocultista Aleister Crowley e que foi tema de uma de suas canções do disco “Gita” (1974).
Raul Seixas produziu bons trabalhos como “Novo Aeon” (1975), “Metrô Linha 743” (1983), “Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!” (1987) e “A Panela do Diabo”(1989), este último, em parceria com o roqueiro Marcelo Nova. Raul Seixas foi considerado um dos maiores músicos brasileiros, com grande número de admiradores.
Raul Seixas enfrentou sérios problemas com o álcool. Faleceu no dia 21 de agosto de 1989, com apenas 44 anos, vítima de pancreatite aguda.

Biografia de JOÃO PAULO
João Paulo era filho de Henrique Neri dos Reis e Faraildes dos Reis, teve uma infância humilde e chegou a trabalhar como pedreiro e carpinteiro. Em 1980, junto com Daniel (José Daniel Camillo) começaram a carreira na cidade de Brotas, interior de São Paulo, em busca do sucesso em um segmento que ainda sofria muitos preconceitos. Separadamente, eles já possuíam alguma experiência: João Paulo formava com o irmão Francisco a dupla Neri e Nerinho e Daniel tocava e cantava em rodas de viola e festivais desde os 5 anos.
O curioso da história da dupla é que os dois eram rivais nas apresentações que faziam em circos, praças e festivais. João Paulo cuidava do gado nas fazendas do pai de Daniel enquanto cantava com o irmão. Mas essa dupla não foi muito longe. Logo João Paulo e Daniel estavam cantando juntos, com o objetivo de gravar um disco, o que aconteceu com ajuda de amigos pela gravadora Continental Chanceler. Estava pronto Amor Sempre Amor, lançado em 1985.
A partir daí, a dupla começou uma busca intensa e incessante pelo sucesso, divulgando o trabalho nas rádios e nas cidades do interior paulista. Porém o mercado fonográfico nacional só começou mesmo a aceitar a dupla, que sofreu inclusive o preconceito racial, em 1992.
Em 1996, com o lançamento de João Paulo & Daniel Vol. 7, a dupla finalmente se consagrou. O CD trazia a canção romântica Estou Apaixonado, versão para Estoy Enamorado, de Donato e Estefano, que fez muito sucesso nas emissoras de rádio e na televisão, tendo sido tema da novela Explode Coração, da Rede Globo. Outra canção da dupla entrou na trilha sonora da novela O Rei do Gado, a toada caipira Pirilume.
Morte
Em 12 de setembro de 1997, João Paulo voltava para Brotas, onde morava, depois de um show realizado em São Caetano do Sul, dirigindo pela Rodovia dos Bandeirantes. No quilômetro 40,5 em Franco da Rocha, seu carro capotou por várias vezes e o cantor ficou preso às ferragens, não conseguindo sair do veículo, que se incendiou em seguida. Assim foi o fim da dupla, que estava no auge da carreira.
O enterro foi realizado em sua cidade natal (Brotas), e milhares de pessoas participaram, até duplas sertanejas como Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Zezé di Camargo & Luciano estiveram presentes para despedida.
No mesmo ano, o show Amigos produziu uma bandeira com uma pintura do cantor, feita em homenagem a ele, com Daniel cantando duas canções: Canção Da América com Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano e Te Amo Cada Vez Mais com Leandro, Chitãozinho e Luciano. Mesmo depois de perder o amigo e parceiro, o sucesso não parou para Daniel, que continuou na carreira solo.
Ao completar 30 anos de carreira em abril de 2013, Daniel gravou um DVD ao vivo no Credicard Hall em São Paulo, com uma homenagem ao parceiro durante a canção Te Amo Cada Vez Mais, com as últimas imagens do amigo saindo do hotel em São Caetano do Sul rumo à sua cidade natal, pouco antes do acidente.

Biografia de LUIZ JOSÉ
“Cantor Leandro” da dupla com Leonardo
Leandro nasceu no dia 15 de agosto de 1961, em Goianápolis. Filho de Avelino Virgulino da Costa e Carmem Divina Eterno da Silva, morou com os pais e mais oito irmãos na roça, onde estudou até o ensino fundamental. Desde criança, Leandro ajudava os pais numa pequena plantação de tomates e jilós. Mas aquela profissão nunca agradou o sertanejo.
O primeiro emprego de Leandro, junto com o irmão mais novo Emival Eterno Costa, o Leonardo, foi no mercado central de Goiânia, como vendedor de sapatos, durante a época de Natal. Até que Leandro percebeu sua vocação para a música, e chegou a ser vocalista de uma banda chamada “Os Dominantes”, que fazia covers de músicas dos Beatles e de Roberto Carlos. A dupla nasceu em 1983, depois que Leonardo, que era balconista da Farmácia São Benedito, em Goiânia, foi demitido. Depois de ser boia-fria, Leonardo foi trabalhar como entregador de remédio. Foi promovido, mas não durou dez dias na nova função. Leonardo receitou um remédio errado para uma cliente que tinha micose. Foi despedido e, junto com seu irmão, resolveu formar a dupla.
No começo dos anos 1980, os irmãos levaram suas violas a pequenos bares de Goianópolis e outras pequenas cidades de Goiás. Mas a dupla só nasceu comercialmente depois que chegou aos ouvidos dos diretores da gravadora Continental. Eles ficaram impressionados com uma fita mal gravada com uma música de apenas três acordes. Era a canção “Entre tapas e beijos”, que se transformaria em grande sucesso. O nome da dupla foi inspirado em filhos gêmeos de um amigo dos dois irmãos goianos. Com o nome de Leandro e Leonardo, os sertanejos começaram a batalhar no concorrido mercado da música.
Eles mostravam um ritmo sertanejo diferente da antiga moda de viola, que acabou sendo chamado de “sertanejo moderno”. Em 1986, a dupla lançou o primeiro disco, que trazia a música “Contradição”. O álbum não chegou a emplacar, mas vendeu a razoável quantia de 150 mil cópias. Mas foi em 1989 que Leandro e Leonardo viraram estrelas. Com a música “Entre tapas e beijos”, do terceiro álbum, os sertanejos venderam 1 milhão e 300 mil cópias. Leandro fez parte dos apresentadores do programa “Amigos (Show)” da Rede Globo, juntamente com Zezé di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó, e seu irmão, Leonardo.
O sucesso era tão grande que, no início dos anos 1990, os ex-plantadores de Goiás foram recebidos na casa do então presidente Fernando Collor de Mello para um show particular. Além das apresentações na Casa da Dinda, Leandro e Leonardo, fizeram shows no Palácio do Planalto. O quarto álbum, que vendeu quase 3 milhões de cópias, confirmou a consagração dos astros com o sucesso “Pense em Mim”, que marcaria para sempre a dupla sertaneja. Foi a primeira vez que uma dupla sertaneja alcançou essa marca de vendagem. Leandro, responsável pela segunda voz da dupla, nunca negou que sua música se afastava da tradição sertaneja.
Com a renda dos shows e dos discos, Leandro tornou-se um empresário agressivo e bem-sucedido. Formou um patrimônio sólido. Era dono de duas fazendas no Estado de Tocantins e de uma fazenda e uma chácara em Goiás. No total, possuía cerca de 4.000 alqueires de terra, nos quais criava 6.000 cabeças de gado. Além disso, tinha vários imóveis em Goiânia, entre eles um prédio de três andares que chegou a hospedar um shopping center e um terreno de 15 alqueires dentro da cidade, próximo ao aeroporto. O grosso dos rendimentos do cantor vinha dos cachês de shows da dupla, que oscilavam entre 35.000 e 50.000 reais por apresentação. As várias campanhas publicitárias que Leandro & Leonardo protagonizaram também renderam um bom dinheiro.
Doença e morte
Foi durante uma pescaria, numa de suas fazendas no Estado do Tocantins, em 19 de abril de 1998, que a vida de Leandro começou a mudar. No momento em que puxava o molinete de sua vara de pescar, ele sentiu uma dor aguda nas costas. Voltou para São Paulo, onde iria passar o feriado de 21 de abril com amigos, num sítio no município de Cotia, a 25 quilômetros da capital. Após ser encontrado desmaiado enquanto tomava banho, foi levado ao hospital da cidade para tirar uma radiografia do tórax. O diagnóstico foi divulgado no dia 27 de abril, durante entrevista coletiva no hotel Sheraton Mofarrej, em São Paulo. Na radiografia, apareceu uma mancha sobre o pulmão direito, do tamanho de uma laranja. Era o primeiro indício do diagnóstico que seria confirmado cerca de duas semanas depois, no dia 8 de maio, por médicos no hospital da Johns Hopkins University, em Baltimore, Estados Unidos, onde foi detectado que seu tumor era maligno e se desenvolveu em seu tórax. O cantor goiano sofria de um tipo de câncer raríssimo, conhecido por tumor de Askin, localizado junto ao seu pulmão direito. Leandro foi internado às pressas no final da tarde do dia 15, na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Luiz, após sofrer uma parada cardiorrespiratória por volta das 18h em seu apartamento no Itaim Bibi (zona sudoeste de São Paulo) e foi levado imediatamente ao hospital. Antes, o cantor havia sido internado no dia 22 de abril, depois de sentir dores no peito e nas costas. Na ocasião, o cirurgião torácico do hospital São Luiz, Alli Esgaib, disse que as dores não estavam relacionadas ao tumor. No dia 18, Leandro passou por duas cirurgias, além de reiniciar a terceira etapa do tratamento quimioterápico. Leandro foi submetido à colocação de uma prótese, chamada “stent'”, no interior da veia cava superior (que leva o sangue venoso da cabeça ao coração), que estava sendo comprimida pelo tumor. Depois, ele passou por uma “embolização”, para obstruir algumas artérias que alimentam o tumor no sangue. Fontes do Hospital São Luiz revelaram que não houve metástase, ou seja, o tumor não se espalhou por outros órgãos do cantor Leandro.
A informação é de que os problemas foram causados pelo crescimento do tumor de Askin que, situava na região de tórax. Na verdade, os médicos perceberam já no domingo que haviam perdido a luta para prolongar a vida do sertanejo. Isso porque o tumor ficou fora de controle, comprometendo o coração e os pulmões de forma irremediável e extremamente rápida, afetando brônquios, veias e também as artérias do coração. Leandro morreu à 0h10 de 23 de junho de 1998, na Cidade de São Paulo, com falência múltipla dos órgãos, segundo médicos do hospital São Luiz. Nos seus últimos momentos, Leandro respirava com extrema dificuldade, apesar da ajuda dos aparelhos. A onda de comoção teve início na capital paulista. Na Assembléia Legislativa de São Paulo, o corpo foi velado por uma multidão. Mais de 16.000 fãs apareceram para dar o último adeus ao cantor. Políticos, como o senador Eduardo Suplicy e o então prefeito Celso Pitta, apresentadores de TV, como Hebe Camargo, Angélica e Ratinho, além das duplas sertanejas Chitãozinho & Xororó e Zezé Di Camargo & Luciano estiveram lá também para a despedida. Em Goiânia, onde foi sepultado, o corpo de Leandro foi levado ao Cemitério Parque Jardim das Palmeiras por um cortejo de 150.000 pessoas. Estima-se que 60.000 delas passaram em frente do caixão do cantor durante o velório em Goiânia. Sem pensar na carreira, o show Amigos deu problema na Rede Globo: não fez muito sucesso devido à ausência de Leandro. Assim, o cantor Leonardo e também as duplas sertanejas Chitãozinho & Xororó e Zezé Di Camargo & Luciano se alternavam. A única canção feita pela homenagem a ele foi “Canção Da Amizade”, que era uma música inédita. Assim Leonardo, mesmo triste com a perda, seguiu cantando com Chitãozinho a música “Um Sonhador” e com Luciano a música “Deu Medo”, também feita pela homenagem a ele, as duas feitas pelo álbum Um Sonhador, último trabalho da dupla antes do falecimento de Leandro. Especulou-se que a exposição direta de Leandro a agrotóxicos, quando trabalhava como agricultor em sua juventude, poderia ter contribuído para a formação do tumor. Sua mãe mantém uma instituição que ajuda pessoas que sofrem de câncer. Leonardo, ex-companheiro de dupla, está hoje em carreira solo. A Rede Globo exibiu um programa especial sobre a vida de Leandro.

Biografia de Cristiano de Melo Araújo
“Cristiano Araújo”
Nascido no município de Goiânia, capital do estado de Goiás, Cristiano de Melo Araújo teve desde criança a influência da música sertaneja. Cantor por natureza, pois a música está no sangue, uma voz muito grave, vindo de família, desde seus bisavós, avós, pais e tios que sempre estiveram no meio da música, uma tradição que já dura quatro gerações. Logo aos três anos, já mostrava sua aptidão na música, que fez com que seu pai percebesse que Cristiano teria um futuro artístico, pois mesmo sem falar direito, já era afinado, e conseguia cantar no compasso da melodia.
Aos 6 anos de idade, ganhou dos seus pais, João Reis de Araújo e Zenaide Melo Araújo, seu primeiro violão, no qual fez seus primeiros acordes, e aos 9 anos, começou a fazer apresentações em público, participando de festivais, apresentando-se em festas e comemorações. Começou a compor muito cedo, e aos 10 anos fez sua primeira composição, daí em diante, foi-se aperfeiçoando a cada dia escrevendo músicas, e assim passou a ser procurado por artistas interessados em suas composições. Aos 13 anos, gravou seu primeiro CD com 5 músicas para participar do Festival do Faustão, onde ficou entre os 6 melhores da região centro-oeste, ganhando o direito de gravar uma faixa no CD Jovens Talentos. Isso tudo fez com que as portas se abrissem para uma carreira promissora, fazendo shows em campanhas políticas, se apresentando em programas de televisão e participando de grandes eventos. Continuou com sua carreira solo até os 17 anos, quando resolveu cantar em duplas; nesse período, que durou aproximadamente 6 anos, gravou alguns trabalhos em vídeos e CDs, não conseguindo o êxito esperado, mas amadurecendo como artista a cada dia.

Biografia de JANIS JOPLIN
Janis nasceu na cidade de Port Arthur, Texas, nos Estados Unidos. Ela cresceu ouvindo músicos de blues, tais como Bessie Smith, Leadbelly e Big Mama Thornton e cantando no coro local. Joplin concluiu o curso secundário na Jefferson High School em Port Arthur no ano de 1960, e foi para a Universidade do Texas, na cidade de Austin, onde começou a cantar blues e folk com amigos.
Cultivando uma atitude rebelde, Joplin se vestia como os poetas da geração beat, mudou-se do Texas para San Francisco em 1963, morou em North Beach, e trabalhou como cantora folk. Por volta desta época seu uso de drogas começou a aumentar, incluindo a heroína. Janis sempre bebeu muito em toda a sua carreira, e sua preferida era a bebida Southern Comfort. O uso de drogas chegou a ser mais importante para ela do que cantar, e chegou a arruinar sua saúde.
Depois de retornar a Port Arthur para se recuperar, ela voltou para San Francisco em 1966, onde suas influências do blues a aproximaram do grupo Big Brother & The Holding Company, que estava ganhando algum destaque entre a nascente comunidade hippie em Haight-Ashbury. A banda assinou um contrato com o selo independente Mainstream Records e gravou um álbum em 1967. Entretanto, a falta de sucesso de seus primeiros singles fez com que o álbum fosse retido até seu sucesso posterior.
O destaque da banda foi no Festival Pop de Monterey, com uma versão da música “Ball and Chain” e os marcantes vocais de Janis. Cheap Thrills de 1968 fez o nome de Janis, foi seu álbum de maior sucesso, continha a música Piece of my heart que atingiu o 1º lugar nas paradas da Billboard e se manteve na posição durante oito semanas não consecutivas.

Biografia de ROBERT NESTA MARLEY
“BOB MARLEY”
Bob Marley (1945-1981), nome artístico de Robert Nesta Marley, nasceu numa favela de Kingston e teve uma juventude bastante difícil o que o ajudou a retratar em suas músicas os problemas sociais. Inicialmente sua carreira musical começou com o grupo The Wailers, que incluía Peter Tosh e Bunny Livingston.
Seu primeiro sucesso foi “No Woman no Cry” onde o reggae começou a ganhar fama internacional e conquistou o mundo. Seguiram-se “I Shot the Sheriff”, famosa pela interpretação de Eric Clapton, e “Get up, Stand up”.
Bob Marley também foi um dos maiores representantes do movimento rastafári, que chama seu deus de Jah. O movimento surgiu na Jamaica e Rita, sua esposa, o influenciou a aderir ao movimento. Ele também foi o responsável por propagar o rastafári pelo mundo.
Bob Marley faleceu em 1981, devido a um câncer de pele, mas que acabou espalhando-se para outros órgãos. Bob Marley ganhou ainda mais fãs após a sua morte e acabou tornando-se um mito para muitas gerações.
A música de Bob Marley e o reggae tornaram-se mais fortes ainda depois de sua morte, tornando-o uma lenda e um ícone da música.

Biografia de JIMI HENDRIX
Jimi Hendrix (1942-1970) foi um guitarrista, cantor e compositor norte-americano, que mudou a história da guitarra e do rock nos anos 60.
James Marshall Hendrix (1942-1970) nasceu em Seattle, nos Estados Unidos, no dia 27 de novembro de 1942. Descendente de africano, mexicano e índio, viveu parte da infância com sua avó, uma índia. Ficou órfão quando tinha 10 anos. Tocou em duas bandas antes de entrar para o exército como paraquedista, onde passou pouco tempo, pois quebrou o tornozelo em um dos saltos.
Em 1963, mudou-se para Nova York onde tocou com os artistas San Cooke e Little Richarde. Em 1965 formou sua primeira banda “Jimmy James and The Blue Flames”. Em 1966 foi descoberto por Chas Chandler, então baixista do grupo The Animals. No dia 23 de setembro desse mesmo ano, Hendrix migra para Londres.
Durante nove meses, criou duas bandas, a Jimi Hendrix Experience e a Band of Gypsys, lançou três singles de sucesso, colocou um disco no primeiro lugar das paradas, fez 120 shows e depois voltou para os Estados Unidos.
Jimi Hendrix lançou três discos de estúdio e um ao vivo. O primeiro, “Are You Experience”, em 1967. Nesse mesmo ano estreou nos Estados Unidos, no Festival de Monterey Pop, na Califórnia, onde queimou sua guitarra, após o show. Ainda em 1967, lançou o segundo disco, “Axis: Bold as Love”, e em 1968, lançou o terceiro disco “Eletric Ladyland”. Em 1969, se apresentou no Festival de Woodstock.
A importância de Hendrix para a história de seu instrumento não pode ser subestimada, ele expandiu a sonoridade da guitarra ao explorar a distorção, o tremolo (aquela alavanca do modelo Fender Stratocaster) e a microfonia (ele sabia exatamente onde se posicionar no palco para causar o efeito desejado). Hendrix se tornou uma lenda dos anos 60.
Jimi Hendrix faleceu em Kensington, em Londres, Inglaterra, no dia 18 de setembro de 1970. Em consequência do uso excessivo de comprimidos para dormir.

Biografia de JOSÉ BEZERRA DA SILVA
“Bezerra da Silva”
Cantor. Compositor. Instrumentista. Nasceu na cidade de Recife, no Estado de Pernambuco.
Aos nove anos tocava zabumba e cantava coco.
Aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro como clandestino em um navio, indo morar no Morro do Cantagalo. Por essa época, começou a trabalhar na construção civil como ajudante de pedreiro e pintor.
Como instrumentista, tocava pistão e vários instrumentos de percussão.
Em 1983 casou-se com Regina de Oliveira, conhecida como compositora e produtora pelo pseudônimo de Regina do Bezerra.
O filho Thalamy Bezerra da Silva também seguiu a carreira de músico.
Em 2001 filiou-se a uma Igreja Evangélica.
Em 28 de outubro de 2004, aos 77 anos, foi internado no CTI da Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeira, Zona Sul do Rio de Janeiro com pneumonia e efisema pulmonar, sendo induzido ao coma, como parte do tratamento. Posteriormente foi transferido para o Hospital dos Servidores do Estado, onde faleceu no dia 17 de janeiro de 2005 em decorrência de uma parada cardíaca. Foi sepultado no Memorial do Carmo, no Cemitério do Caju, onde aconteceu um encontro de vários sambistas e admiradores cantados alguns de seus maiores sucessos e ainda, um culto religioso de evangélicos da Igreja Universal do Reino de Deus, a que pertencia desde 2001.
Sobre a vida e obra do cantor a escritora e antropóloga Letícia C. R Vianna escreveu o livro “Bezerra da Silva – Produto do morro, trajetória e obra de um sambista que não é santo” e declarou ao Jornal do Brasil, por ocasião do falecimento do cantor: “Em minha pesquisa pude ver que ele fez uma verdadeira sociologia dos morros e mostrou sobretudo que as comunidades não são passivas. Seu repertório prova que os excluídos sabem muito bem quais são são os problemas sociais e não são massa de manobra.”
Em 2012 foi lançado o documentário “Onde a coruja dorme”, de Márcia Deraik e Simplício Neto, que trouxe à cena os compositores de suas músicas, trabalhadores anônimos, que abordavam em suas letras grandes temas da realidade brasileira como o malandro, o otário, o alcaguete, a maconha.

Memória da MPB

Biografia de JAIR RODRIGUES DE OLIVEIRA
“Jair Rodrigues”
Jair Rodrigues de Oliveira nasceu em Igarapava, interior de São Paulo. Seu primeiro trabalho na carreira musical teve início ainda no final da década de 50, na cidade de São Carlos, onde trabalhou durante algum tempo como “crooner”.
Na década de 60, o irmão mais velho do cantor, Jairo, o levou a São Paulo para tentar a carreira de músico. Ele começou a participar de programas de calouros na televisão e chamou a atenção ao ficar em primeiro lugar no “Programa de Cláudio de Luna”. Dois anos depois, já entrava em estúdio para gravar duas músicas: “Brasil Sensacional” e “Marechal da Vitória”, especialmente para a Copa do Mundo de Futebol.
O primeiro álbum veio em 1963, “O Samba Como Ele É”, mas foi com o segundo trabalho que o sucesso de Jair Rodrigues começou. Ele lançou “Vou de Samba Com Você”, em 1964, que trazia a música “Deixa Isso pra Lá”, de Alberto Paz e Edson Meneses. O sucesso da música fez com que Jair passasse a ser convidado frequentemente para programas de TV, entre eles, o “Almoço com as Estrelas”, da extinta TV Tupi, apresentado por Airton e Lolita Rodrigues.
Em um desses programas, pediram para que Elis Regina e Jair Rodrigues cantassem juntos, sem ensaio ou acompanhamento. A parceria deu certo e em 1965 começaram a apresentar juntos “O Fino da Bossa”, programa da TV Record.
No ano seguinte, Jair participou novamente do festival com a música “Disparada”, de Geraldo Vandré e Théo de Barros, desta vez em conjunto com o Quarteto Novo. Conhecido por cantar sambas, Jair surpreendeu o público com uma interpretação emocionante da canção no festival. “Disparada” e “A Banda”, de Chico Buarque e interpretada por Nara Leão, eram as favoritas. O festival acabou empatado. A partir daquele momento a carreira de Jair decolou e seu talento assegurou décadas de sucesso ao cantor. Jair lançou um álbum por ano e interpretou sucessos como “O Menino da Porteira”, “Boi da Cara Preta” e “Majestade o Sabiá”. Suas interpretações ainda renderam uma carreira internacional, com turnês pela Europa, Estados Unidos e Japão. Em 1971, gravou o samba-enredo “Festa Para Um Rei Negro”, da Acadêmicos do Salgueiro, do Rio de Janeiro.
Apesar de alguns anos trabalhando com menos intensidade, Jair Rodrigues continuou a lançar discos durante as décadas de 80 e 90. Já na segunda metade dos anos 90, ele se tornou um artista da gravadora Trama, de propriedade de João Marcello Bôscoli, filho de Elis Regina. Lançou dois volumes de canções ao vivo que pontuaram sua carreira.
O disco que mais chamou atenção foi “Intérprete”, lançado em 2002, que tem produção musical de Jair de Oliveira, seu filho, que ainda assina a música “Mãe de Verdade”. “Intérprete” traz participações especiais de Lobão, Dominguinhos, Wilson Simoninha e Luciana Mello, também filha de Jair.
Os clássicos da bossa nova foram registrados por Jair, no álbum “A Nova Bossa por Jair Rodrigues”. Em 2005, lançou, também pela Trama, “Alma Negra”, com interpretações emocionantes do melhor do samba.

Biografia de VIVIANE LOPES MATIAS
“Dina Di”
Dina Di, nome artístico de Viviane Lopes Matias (Campinas, de 1976 – São Paulo, 20 de março de 2010), foi uma rapper e cantora brasileira do rap nacional, vocalista do grupo Visão de Rua. Considerada a primeira mulher a alcançar sucesso no rap brasileiro, Dina Di iniciou sua carreira em 1989 e lançou diversos singles em sua carreira, com destaque para “A Noiva de Chuck”. Foi indicada a diversos prêmios e festivais brasileiros, com destaque ao Prêmio Hutúz, onde foi escolhida na categoria Melhores Grupos ou Artistas Solo Feminino da década. Lançou vários álbuns em parceria com o grupo Visão de Rua.
Deu à luz sua filha Aline em 2 de março de 2010 e contraiu uma infecção hospitalar.
Ela avançou-se nas semanas posteriores e Dina Di veio a falecer em 20 de março, aos 34 anos.

Ano Prêmio Categoria Resultado 2008 Prêmio Hutúz Álbum do Ano com “Com o Poder nas Mãos” Indicada 2008 Prêmio Hutúz Grupo ou Artista Solo Indicada 2009 Prêmio Hutúz Melhores Grupos ou Artistas Solo Feminino da década Venceu 2009 Prêmio Hutúz Melhores Grupos ou artistas solo da década Indicada

Biografia de RENATO MANFREDINI JÚNIOR
“Renato Russo”
Renato ‘Russo’ Manfredini Júnior (27 de março de 1960 / 11 de outubro de 1996) nasceu no Rio de Janeiro. Filho do funcionário público do Banco do Brasil, Renato Manfredini, com a professora de inglês, Maria do Carmo. Viveu dos sete aos dez anos em Nova York (EUA), por conta de uma transferência profissional de seu pai.
Aos 13 anos, de volta à Brasília, Renato estudava e levava uma vida típica dos adolescentes de classe média da Capital Federal. Quando, entre os 15 e os 17 anos, enfrentou uma rara doença óssea, a epifisiólise, que o deixou por um período entre a cama e a cadeira de rodas. Já nesta época criava bandas e movimentos imaginários. Começou também a compor letras e músicas compulsivamente em casa.
Em seguida formou a banda Aborto Elétrico, em 1979. Em 82 abandonou o Aborto Elétrico e passou a fazer trabalhos solos. Neste período ficou conhecido como “O Trovador Solitário”.
A Legião Urbana surgiu quando Renato se juntou a Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná (Hoje conhecido como Kadu Lambach) e Paulo ‘Paulista’ Guimarães, ainda em 1982. Ico-Ouro Preto também tocou guitarra em poucos shows do início da banda. No ano seguinte, Paulista e Paraná deixam a formação original e Dado Villa-Lobos assume a guitarra.
Uma gravação demonstrativa chegava às mãos de executivos da EMI-Odeon, no Rio de Janeiro. Nesta fase, a banda contou com o importante apoio de Herbert Viana, do Paralamas do Sucesso, que tinha sido contratada pela gravadora e já os conhecia e admirava. Assim, a Legião Urbana foi contratada para lançar seu primeiro álbum, que foi produzido em 1984 e lançado nos primeiros dias de 1985. Momentos antes dessa gravação, o músico Renato Rocha, o “Negrete”, passa a integrar a banda como baixista, posto antes ocupado por Renato Russo. A partir dali nasceriam discos marcantes e grandes sucessos.

Biografia de JOSÉ BISPO CLEMENTINO DOS SANTOS
“JAMELÃO”
José Bispo Clementino dos Santos, mais conhecido como Jamelão  (Rio de Janeiro, 12 de maio de 1913 – Rio de Janeiro, 14 de junho de 2008), foi um cantor brasileiro, tradicional intérprete dos sambas-enredo da escola de samba Mangueira.
Nasceu no bairro de São Cristóvão e passou a maior parte da juventude no Engenho Novo, para onde se mudou com seus pais. Lá, começou a trabalhar, para ajudar no sustento da família – seu pai havia se separado de sua mãe. Levado por um amigo músico, conheceu a Estação Primeira de Mangueira e se apaixonou pela escola de samba.
Ganhou o apelido de Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da capital fluminense. Começou ainda jovem, tocando tamborim na bateria da Mangueira e depois se tornou um dos principais intérpretes da escola.
Passou para o cavaquinho e depois conseguiu trabalhos no rádio e em boates. Foi “corista” do cantor Francisco Alves e, numa noite, assumiu o lugar dele para cantar uma música de Herivelto Martins.
A consagração veio como cantor de samba. Sua primeira gravadora foi a Odeon. Depois, trabalhou para a Companhia Brasileira de Discos, Philips e mais tarde para a Continental, onde gravou a maioria de seus álbuns, para a RGE e depois para a Som Livre. Entre seus sucessos, estão “Fechei a Porta” (Sebastião Motta / Ferreira dos Santos), “Leviana” (Zé Kéti), “Folha Morta” (Ary Barroso), “Não Põe a Mão” (P.S. Mutt / A. Canegal / B. Moreira), “Matriz ou Filial” (Lúcio Cardim), “Exaltação à Mangueira” (Enéas Brites / Aluisio da Costa), “Eu Agora Sou Feliz” (com Mestre Gato), “O Samba É Bom Assim” (Norival Reis / Helio Nascimento) e “Quem Samba Fica” (com Tião Motorista).
De 1949 até 2006, Jamelão foi intérprete de samba-enredo na Mangueira, sendo voz principal a partir de 1952, quando sucedeu Xangô da Mangueira. Em janeiro de 2001, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural, entregue pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Diabético e hipertenso, Jamelão teve problemas pulmonares e, desde 2006, sofreu dois derrames. Afastado da Mangueira, declarou em entrevista: “Não sei quando volto, mas não estou triste.”
Morreu às 4hs do dia 14 de junho de 2008, aos 95 anos, na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em sua cidade natal, por falência múltipla dos órgãos. O enterro foi no Cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.

Biografia de JOÃO RUBINATO
“Adoniran Barbosa”
Adoniran Barbosa, nome artístico de João Rubinato (Valinhos, 6 de agosto de 1910 — São Paulo, 23 de novembro de 1982), foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro.
Rubinato representava em programas de rádio diversas personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, que acabou por se confundir com seu criador dada a sua grande popularidade. Adoniran ficou conhecido nacionalmente como o pai do samba paulista.
Adoniran era filho de Francesco Rubinato e Emma Ricchini, imigrantes italianos da localidade de Cavárzere, província de Veneza. Seus avós paternos eram Angelo Rubinato e Anna Manfrinato, e os maternos, Francesco Ricchini e Antonia Freddo. Seus pais casaram-se em Cavárzere em 23 de maio de 1895, desembarcaram em Santos em 15 de setembro de 1895, passaram pela Hospedaria dos Imigrantes e foram trabalhar nas lavouras do município de Tietê. Sua mãe morreu em 1939 e seu pai em 1943.
Infância
Abandonou a escola cedo, pois não gostava de estudar. Necessitava trabalhar para ajudar a família numerosa – Adoniran tinha sete irmãos. Procurando resolver seus problemas financeiros, os Rubinato viviam mudando de cidade. Moravam primeiro em Valinhos (então distrito de Campinas), depois Jundiaí, Santo André e finalmente São Paulo.
Em Jundiaí, Adoniran conhece seu primeiro ofício: entregador de marmitas. Aos quatorze anos, já adolescente, andava pelas ruas da cidade e, legitimamente, surrupiando alguns bolinhos pelo caminho. “A matemática da vida lhe dá o que a escola deixou de ensinar: uma lógica irrefutável. Se havia fome e, na marmita oito bolinhos, dois lhe saciariam a fome e seis a dos clientes; se quatro, um a três; se dois, um a um”.
Início da carreira
O compositor e cantor tem um longo aprendizado, num arco que vai do marmiteiro às frustrações causadas pela rejeição de seu talento. Quer ser artista – escolhe a carreira de ator. Procura de várias maneiras fazer seu sonho acontecer. Tenta, antes do advento do rádio, o palco, mas é sempre rejeitado. Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso nos teatro como ator lhe é para sempre abortado. O samba, no início da carreira, tem para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.
O magistral período das rádios, também no Brasil, criou diversas modas, mexeu com os costumes, inventou a participação popular – no mais das vezes, dirigida e didática. Têm elas um poder e extensão pouco comuns para um país que na época era rural. Inventam a cidade, popularizam o emprego industrial e acendem os desejos de migração interna e de fama. Enfim, no país dos bacharéis, médicos e párocos de aldeia, a ascensão social busca outros caminhos e pode-se já sonhar com a meteórica carreira de sucesso que as rádios produzem. Três caminhos podem ser trilhados: o de ator, o de cantor ou o de locutor.
Adoniran percebe as possibilidades que se abrem a seu talento. Quer ser ator, popularizar seu nome e ganhar algum dinheiro, mas a rejeição anterior o leva a outros caminhos. Sua inclinação natural no mundo da música é a composição mas, nesse momento, o compositor é um mero instrumento de trabalho para os cantores, que compram a parceria e, com ela, fazem nome e dinheiro. Daí sua escolha recair não sobre a composição, mas sobre a interpretação.
Busca conquistar seu espaço como cantor – tem boa voz, poderia tentar os diversos programas de calouro. Já com o nome de Adoniran Barbosa – tomado emprestado a um companheiro de boêmia e de Luiz Barbosa, cantor de sambas, que admira – João Rubinato estreia cantando um samba brejeiro de Ismael Silva e Nilton Bastos, o Se você jurar. É gongado, mas insiste e volta novamente ao mesmo programa; agora cantando o belo samba de Noel Rosa, Filosofia, que lhe abre as portas das rádios e ao mesmo tempo serve como mote para suas composições futuras.
A vida profissional de Adoniran Barbosa se desenvolve a partir das interpretações de outros compositores. Embora a composição não o atraia muito, a primeira a ser gravada é Dona Boa, na voz de Raul Torres. Depois grava em disco Agora pode chorar, que não faz sucesso algum. Aos poucos se entrega ao papel de ator radiofônico; a criação de diversos tipos populares e a interpretação que deles faz, em programas escritos por Osvaldo Moles, fazem do sambista um homem de relativo sucesso. Embora impagáveis, esses programas não conseguem segurar por muito tempo ainda o compositor que teima em aparecer em Adoniran. Entretanto, é a partir desses programas que o grande sambista encontra a medida exata de seu talento, em que a soma das experiências vividas e da observação acurada dá ao país um dos seus maiores e mais sensíveis intérpretes.
O mergulho que o sambista fará na linguagem, suas construções linguísticas, pontuadas pela escolha exata do ritmo da fala paulistana, irão na contramão da própria história do samba. Os sambistas sempre procuraram dignificar sua arte com um tom sublime, o emprego da segunda pessoa, o tom elevado das letras, que sublimavam a origem miserável da maioria, e funcionavam como a busca da inserção social. Tudo era uma necessidade urgente, pois as oportunidades de ascensão social eram nenhumas e o conceito da malandragem vigia de modo coercitivo. Assim, movidos pelos mesmos desejos que tinha Adoniran de se tornar intérprete e não compositor, e a partir daí conhecido, os compositores de samba, entre uma parceria vendida aqui e outra ali, davam o testemunho da importância que a linguagem assumia como veículo social.
Todavia, a escolha de Adoniran é outra, seu mergulho também outro. Aproveitando-se da linguagem popular paulistana – de resto do próprio país – as músicas dele são o retrato exato desta linguagem e, como a linguagem determina o próprio discurso, os tipos humanos que surgem deste discurso representam um dos painéis mais importantes da cidadania brasileira. Os despejados das favelas, os engraxates, a mulher submissa que se revolta e abandona a casa, o homem solitário, social e existencialmente solitário, estão intactos nas criações de Adoniran, no humor com que descreve as cenas do cotidiano. A tragédia da exclusão social dos sambistas se revela como a tragicômica cena de um país que subtrai de seus cidadãos a dignidade.

Biografia de JOÃO NOGUEIRA
João Nogueira (Rio de Janeiro, 12 de novembro de 1941 — Rio de Janeiro, 5 de junho de 2000) foi um cantor e compositor brasileiro. Desde o início de sua carreira ficou conhecido pelo suingue característico de seus sambas. É pai do também cantor e compositor Diogo Nogueira.
Filho do advogado e músico João Batista Nogueira e irmão da também compositora, Gisa Nogueira, cedo tomou contato com o mundo musical. Logo, aprendeu a tocar violão e a compor em parceria com a irmã.
João Nogueira começou a compor aos 15 anos, fazendo sambas para o bloco carnavalesco Labareda, do Méier, através do qual conheceu o músico Moacyr Silva, dirigente da gravadora Copacabana, que o ajudou a gravar o samba Espere, Ó Nega, em 1968. Mas ele apareceu na cena artística nacional quando no início dos anos 70 emplacou o sucesso Das 200 Pra Lá, samba que defendia a política de expansão de nossa fronteira marítima ao longo de 200 milhas da plataforma continental. O samba assumiu as primeiras posições das paradas na voz de Eliana Pittman e mereceu citação em reportagem da revista americana Time, pelo seu tom nacionalista afirmativo. Funcionário da Caixa Econômica, João se viu às voltas com certo patrulhamento, já que a bandeira das 200 milhas havia sido levantada pelo governo militar. “Pensaram que eu tinha virado Dom e Ravel”, brincou ele mais tarde. Seu primeiro disco foi um compacto simples com Alô Madureira e Mulher Valente. Em 1969 Elizeth Cardoso gravou seu Corrente de Aço, no disco Falou e Disse.
Mas o primeiro álbum, que levou seu nome no título, só veio em 1972, pela Odeon, selo pelo qual lançaria seus primeiros seis LPs. No disco, um clássico: Beto Navalha, regravado com grande força por Martinho da Vila, em 1973, no LP Origens. Mas a largada para valer de João Nogueira na carreira se deu em 1974, com seu segundo LP, E Lá Vou Eu, disco que chamou a atenção da crítica e do mercado para uma novidade no reino do samba. A começar pelas parcerias com Paulo César Pinheiro (E Lá Vou Eu, Batendo a Porta, Eu Hein, Rosa (esta regravada por Elis Regina com grande sucesso em 1979), Partido Rico e o lírico Braço de Boneca), Zé Catimba, o genial compositor da Imperatriz, aparece em Do Jeito Que o Rei Mandou, e a irmã Gisa Nogueira em Meu Canto Sem Paz e Eu Sei Portela. O disco resultou num show intimista em que o carioca se apresentou ao violão no Teatro 13 de Maio, em São Paulo, para uma plateia embevecida com a novidade.
João era diferente, não vinha do morro nem das escolas de samba, embora frequentasse a Portela desde criança, levado pelo pai, e não era o compositor de apartamento que fazia o ritmo popular, como Carlinhos Lyra, Tom Jobim e tantos outros. Se aproximava mais de Paulinho da Viola, com seu samba de varanda, som de subúrbios de casas avarandadas, de terreno antigo trilhado no choro e na seresta. Seu jeito de cantar era típico dos intérpretes do samba sincopado dos anos 40 e 50. Mas tinha personalidade. Como os velhos cantores, João brincava com a divisão, reinventando a síncopa. “É mais um João que veio diferente no cantar samba e fazer verso. É mais uma reza forte nas quebradas”, disse dele o radialista e produtor Adelzon Alves, um grande impulsionador de seu início de carreira. Estava aberta a porteira pela qual João faria passar sua boiada. Em 1975, lançou Vem Quem Tem, novo grande disco, no qual se destacou a homenagem que fez a Natal, o todo poderoso dirigente da Portela e bicheiro de Madureira, a quem dedicou O Homem de Um Braço Só.

Biografia de NOEL DE MEDEIROS ROSA
“Noel Rosa”
Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910 —Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) foi um sambista, cantor, bandolinista, violinista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil.
Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro e no “asfalto”, ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época – fato de grande importância, não só para o samba, mas para a história da música popular brasileira.
Noel Rosa nasceu de um parto muito difícil, que incluiu o uso de fórceps pelo médico obstetra, como medida para salvar as vidas da mãe e bebê. Além disso, nasceu com hipoplasia (desenvolvimento limitado) da mandíbula (provável Síndrome de Pierre Robin) o que lhe marcou as feições por toda a vida e destacou sua fisionomia bastante particular.
Nascido na Rua Teodoro da Silva número 130, no bairro carioca de Vila Isabel, foi primeiro filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio de São Bento, onde apesar da inteligência notável, não era aplicado nos estudos.
Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música — e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Em 1931 entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás desde 1929, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, Minha Viola e Festa no Céu, ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de Com que roupa?, um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Essa música ele se inspirou quando ia sair com os amigos, a mãe não deixou e escondeu suas roupas, ele, com pressa perguntou: “Com que roupa eu vou?” Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma sequência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em Positivismo, o considerava o “rei das letras”. Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica (Noel Rosa X Wilson Batista) travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.
Noel teve ao mesmo tempo, várias namoradas e foi amante de muitas mulheres casadas. Casou-se em 1934 com uma moça da alta sociedade, Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci (Juraci Correia de Araújo), a prostituta do cabaré, sua amante de longa data. Era tão apaixonado por ela, que ele escreveu e fez sucesso com a música “Dama do Cabaré”, inspirada em Ceci, que mesmo na vida fácil, era uma dama ao se vestir e ao se comportar com os homens, e o deixou totalmente enlouquecido pela sua beleza. Foram anos de caso com ela, eles se encontravam no cabaré a noite e passeavam juntos, bebiam, fumavam, andavam principalmente pelo bairro carioca da Lapa, onde se localizava o cabaré. Ele dava-lhe presentes, joias, perfumes e ela o compensava com noites inesquecíveis de amor.
A morte de Noel: FALECIMENTO
Noel passou os anos seguintes travando uma batalha contra a tuberculose. A vida boêmia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava ao samba, à bebida e ao cigarro, nas noites cariocas, cercado de muitas mulheres, a maioria, suas amantes. Mudou-se com a esposa para Belo Horizonte, lá, Lindaura engravidou, mas sofreu um aborto, e não pôde mais ter filhos, por isso Noel não foi pai. Da capital mineira, escreveu ao seu médico, Dr. Graça Melo: “Já apresento melhoras / Pois levanto muito cedo / E deitar às nove horas / Para mim é um brinquedo / A injeção me tortura / E muito medo me mete / Mas minha temperatura / Não passa de trinta e sete / Creio que fiz muito mal / Em desprezar o cigarro / Pois não há material / Para o exame de escarro”. Trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado, mas faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em consequência da doença que o perseguia desde sempre. Deixou sua esposa viúva e desesperada. Lindaura, sua mulher, e Dona Martha, sua mãe, cuidaram de Noel até o fim. Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério do Caju no Rio de Janeiro.

Biografia de James Joseph Brown Jr.
James Joseph Brown Jr. (Barnwell, 3 de maio de 1933 — Atlanta, 25 de dezembro de 2006), mais conhecido simplesmente como James Brown, foi um cantor, dançarino, compositor e produtor musical norte-americano reconhecido como uma das figuras mais influentes do século XX na música. Em vida, vendeu mais de 100 milhões de álbuns e é reconhecido como um dos maiores artistas de todos os tempos.
Como um prolífico cantor, compositor, dançarino e bandleader, Brown foi uma força fundamental na indústria da música. Deixou sua marca em diversos artistas ao redor do mundo, incluindo o Rei do Pop Michael Jackson, influenciando até mesmo os ritmos da música popular africana, como o afrobeat, juju e mbalax e forneceu o modelo para todo um subgênero do funk, o go-go.
Brown começou sua carreira profissional em 1956 e fez fama no fim da década de 1950 e começo da década de 1960 com a força de suas apresentações ao vivo e várias canções de sucesso. Apesar de vários problemas pessoais, continuou fazendo sucesso durante os anos 80. Além de sucesso como músico, Brown também teve presença nas questões políticas dos Estados Unidos durante os anos 60 e 70.
Brown foi conhecido por inúmeros apelidos, incluindo Soul Brother Number One, Sex Machine, Mr. Dynamite, The Hardest Working Man in Show Business, The King of Funk, Minister of The New New Super Heavy Funk, Mr. Please Please Please Please Her, I Feel Good, The Original Disco Man e principalmente The Godfather of Soul (“O Padrinho do Soul”). No livro “Sweet Soul Music” de Arthur Conley, ele é descrito como King of Soul (“Rei do Soul”).

Biografia de CARLOS ROBERTO GOUVEIA
Nascido em 09/11/1952 na cidade de Ibimirin – PE, migrou se para a Cidade de Franco da Rocha – SP, no ano de 1976, com 24 anos de idade para tentar uma vida melhor, cidade essa que o acolheu de braços abertos, nessa vinda a cidade de Franco da Rocha, escolheu o Bairro Estância Lago Azul, bairro esse que se iniciava como loteamento novo, como um dos primeiros moradores desse novo loteamento que se denominava Estância Lago Azul.
Acompanhou todo o seu crescimento de infraestrutura e melhorias em suas diversas áreas, tendo até que, em alguns casos abrirem caminho com mão de obra braçal para que em um futuro próximo se tornassem rua.
Multirões eram feitos para diversas melhorias para o bem estar de todos, uma das mais emblemáticas foi a construção da escola hoje denominada EMEB José Augusto Moreira, que teve parte dela realizada com a mão de obra de diversos moradores locais no sistema de multirão.
Com sua morte precoce em 23/09/1991 aos 39 anos de idade, deixa algumas lembranças de que juntos somos todos mais fortes, e que hoje se estivesse vivo, teria muito orgulho de ver o rumo que o bairro tomou em todos os aspectos, pois quando ali chegou a infraestrutura era zero, pois, se não houvesse esforço de todos os moradores locais, talvez o bairro não teria o formato que tem hoje.
Fica como parte da lembrança, sua mulher Francisca Bezerra Gouveia, e os filhos José Roberto Gouveia, Cleiton Gouveia e Fernanda Gouveia.

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