DENOMINA LOGRADOURO PÚBLICO – RUA DOUTOR ARMANDO PINTO E AVENIDA PREFEITO ÂNGELO CELEGUIM. LEI N° 1321/2018

LEI Nº 1.321/2018
(5 de março de 2018)

Autógrafo nº 014/2018
Projeto de Lei nº 009/2018
Autor: Vereador/Presidente Eric Clapton Valini e demais vereadores

Dispõe sobre: “DENOMINA LOGRADOURO PÚBLICO – RUA DOUTOR ARMANDO PINTO E AVENIDA PREFEITO ÂNGELO CELEGUIM.”

FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu, FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS, na qualidade de Prefeito do Município de Franco da Rocha, promulgo e sanciono a seguinte lei:

Art. 1º. Ficam denominados os seguintes logradouros:
I – A Avenida Prefeito Ângelo Celeguim, no trecho entre a Rua Basílio Fazzi e a esquina da Rua Olavo Bilac, passa a denominar-se Rua Doutor Armando Pinto;
II – No trecho entre a Rua Olavo Bilac, na confluência à direita até a Rodovia Presidente Tancredo de Almeida Neves, a via passa a denominar-se Avenida Prefeito Ângelo Celeguim.

Art. 2º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Lei Municipal nº 1.146, de 22 de setembro de 2015.
Prefeitura do Município de Franco da Rocha, 5 de março de 2018.

FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS
Prefeito Municipal

Publicada na Secretaria dos Assuntos Jurídicos e da Cidadania da Prefeitura do Município de Franco da Rocha e cópia afixada no local de costume, na data supra.

BIOGRAFIA
Dr. Armando Pinto

Armando Pinto, advogado e jornalista, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1920. Foi um dos fundadores do Partido Democrático Nacional e do Partido Constitucionalista e da União Democrática Nacional.
O advogado foi um dos comandantes do 1º Batalhão da Justiça. Comandou também a 81º Bateria de Bombardas. Foi ainda diretor do Sindicato dos Proprietários de Jornais e Revistas do Estado de São Paulo.
Na cidade de Caieiras fundou o jornal, O Vida Nova. Dr. Armando Pinto foi sócio benemérito de várias entidades assistenciais e filantrópicas. Faleceu na Capital de São Paulo em 23 de julho de 1961.

BIOGRAFIA

ÂNGELO CELEGUIM nasceu na cidade de Campinas, no distrito de Sousas, em 19 de novembro de 1926. Era o primogênito de 5 irmãos: Luiz, Natalino, Aécio e Maria Aparecida. Neto de imigrantes italianos e filho dos lavradores Marcela Massa Celeguim e Antônio Celeguim. O sobrenome italiano Celeghin ganhou grafia aportuguesada no desembarque dos avós no Brasil. Outro ramo da família teve o C trocado por um S, o que se mantém até hoje.
Aos 6 anos Ângelo mudou-se com sua família Franco da Rocha. Era 1932, ano da revolução constitucionalista. “Quando estourou a revolução constitucionalista de 1932, Ângelo morava com os pais e irmãos numa fazenda nos Distrito de Sousas. Todos tiveram que fugir, pois as tropas inimigas estavam invadindo as fazendas, ameaçando os colonos que tentavam defender seus patrõesi”.
Sua família pegou um trem e desceu na Estação de um vilarejo chamado Juquery, que na época pertencia à cidade de Mairiporã. Com a ajuda de amigosii o pai de Ângelo trabalhou incialmente em uma leiteria e depois no Hospital do Juquery. Ângelo começou a trabalhar desde criança, incialmente na Casa de um engenheiro do Hospital, Dr. Ralph Pompeu de Camargo.
Ângelo fez o curso primário 1º Grupo Escolar de Franco da Rocha, a atual E.E Domingos Cambiaghiiii.
Mais tarde, foi trabalhar na cooperativa dos funcionários do Hospital, da qual o Dr. Ralph era fundador. O engenheiro adquiriu muita confiança nele e o tratava como um pupilo, o lhe possibilitou a chance de aprender e desenvolvendo as características que marcariam sua trajetória: a solidariedade e uma liderança natural, humilde, com a lealdade de quem faria qualquer coisa por aqueles a quem prezava.
Começou trabalhar no Hospital do Juquery em 1945, como tantos outros contemporâneos. Na época o hospital vivia seu auge, movimentando a economia da cidade, cuja vida girava em torno dele.
Ângelo Celeguim se casou em 23 de abril de 1949 com Istatel Araújo, de outra família que veio do interior em busca de uma vida melhor em Franco da Rocha. Teve com ela cinco filhos: Marco Antônio, Raquel, Regina, Renata e Martim Francisco.
Em 1956 Ângelo disputou pela primeira vez as eleições, elegendo-se vereador. Ângelo pertencia ao PSP de Ademar de Barros, que polarizava a política paulista da época com o PTN de Jânio Quadros, então governador. Na época os vereadores não recebiam salário e tinham que continuar em seus empregos, e, para obrigá-lo a renunciar ao cargo, seus adversários políticos arquitetaram uma transferência do Juquery para São José do Rio Preto. Mas a publicação no diário oficial saiu errada e Ângelo acabou no Hospital Emílio Ribas, na capital, onde trabalhou na administração até se aposentar.
A disputa política também lhe rendeu o apelido pelo qual ficaria bastante conhecido: Sapo. Inicialmente rejeitado, o nome foi incorporado e utilizado em suas campanhas, quando distribuía pequenos alfinetes com o desenho do animal.
Em Franco reelegeu-se por mais três legislaturas, permanecendo na Câmara de 1956 até 1972. Em 1971 tornou-se presidente da Câmara e nas eleições de 1972 candidatou-se a prefeito e venceu, governando até 77.
Durante o seu governo fez importantes realizações, principalmente na área de infraestrutura, ampliando e pavimentando ruas e Avenidas. Firmou convênio com a SABESP para obter água tratada para a cidade, criou várias linhas de ônibus que serviriam os bairros da Paradinha, Vila São Benedito, Lago Azul, Guarani e Vila Machado. Construiu o Centro Social Urbano e o Centro Comunitário, locais de realização de significativas atividades culturais da Cidade, como a semana do Folclore, Semana de Artes e conseguiu, junto ao Governo do Estado, a cessão do terreno onde hoje estão os prédios da Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, Fórum e Delegacia de Polícia. Também conseguiu, junto ao Governo do Estado, a construção do prédio da TELESP, iniciando o Serviço de Discagem a Distância – DDD para a cidade.
Ângelo ainda venceria mais uma eleição para a Câmara em 1989, e voltou a presidir a Casa no biênio 1991/1992. Em 1992, tentou novamente a prefeitura, na eleição vencida por seu genro, Mário Maurici. Antes de se aposentar definitivamente, tentou mais duas vezes eleger-se vereador.
Seus cinco filhos lhe deram 10 netos e, até agora, cinco bisnetos. Uma de suas maiores alegrias foi ver um de seus netos, Francisco, o Kiko, seguir seus passos e eleger-se vereador em 2004, com sua colaboração. Faleceu em 20 de outubro 2008, pouco mais de um ano depois da morte de sua companheira de toda a vida, Istatel.
Em entrevista, dada para ao seu biógrafo, um ano antes de seu falecimento Ângelo Celeguim disse: “quando eu e minha família tivemos que deixar nossa terra e vir para uma lugar estranho procurar abrigo, não sabíamos que Deus as vezes muda nossa vida sem saber que lá adiante está a nossa espera um horizonte, um novo porto seguro onde nos espera o amanhã. Franco da Rocha sempre será um porto seguro”1 .

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