DENOMINAÇÃO DE LOGRADOURO PÚBLICO – RUA ELOY LAURINI

LEI Nº 1.571/2021
(13 de agosto de 2021)

Autógrafo nº 071/2021
Projeto de Lei nº 068/2021
Autor: Vereador/Vice-Presidente César Augusto Campos Rodrigues

Dispõe sobre: “DENOMINAÇÃO DE LOGRADOURO PÚBLICO.”

FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu, NIVALDO DA SILVA SANTOS, na qualidade de Prefeito do Município de Franco da Rocha, promulgo e sanciono a seguinte lei:

Art. 1º. Fica denominada Rua Eloy Laurini, a Rua 03 localizada no Bairro Portal da Estação 2.

Parágrafo único. A biografia do homenageado será parte integrante desta lei.

Art. 2º. Na placa denominativa constarão os seguintes dizeres: “RUA ELOY LAURINI”.

Art. 3º. As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 4º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura do Município de Franco da Rocha, 13 de agosto de 2021.

NIVALDO DA SILVA SANTOS
Prefeito Municipal

Publicada na Prefeitura do Município de Franco da Rocha e cópia afixada no local de costume, na data supra.

BIOGRAFIA

ELOY LAURINI nasceu em Cabreúva, no dia 02 de agosto de 1918, filho de uma grande família de imigrantes italianos.

Seu pai se casou duas vezes, o que fez com que a família se tornasse numerosa, ao todo eram em 21 irmãos. A família de seus pais se dedicou ao comércio local, principalmente os irmãos mais velhos. Naquela época era comum as mulheres ficarem responsáveis pelos afazeres domésticos e os homens saírem em busca de trabalho, principalmente se tratando de cidades interioranas.

Eloy, fruto de uma geração mais jovem, preferiu buscar emprego na capital. Nesta época, já próximo dos seus 23 anos estava enamorado de Thereza Correa Laurini, que morava em Itu. Apaixonado, buscou por um trabalho que lhe rendesse um salário melhor para poder se casar. Inicialmente trabalhou como ajudante geral e sabendo que o Hospital do Juquery estava recrutando funcionários, se aventurou em Franco da Rocha.

Mas como ficou sua história com Dona Thereza? Dona Thereza contava que após alguns poucos meses de contato, ele simplesmente sumiu e ela achou que Eloy a havia abandonado. Porém, num dia sem que esperasse, ele surgiu com tudo já arrumado para concretizar a união. Mesmo com os pais de Thereza contrários a esta decisão, pois a achavam muito jovem, ela quis se casar com ele. Casaram-se em 1941, em Cabreúva e Eloy a trouxe para Franco da Rocha.

No início moraram num quarto e cozinha alugados perto da Biquinha da antiga Rua São Paulo. Aos poucos, Eloy foi se estabelecendo como funcionário público, mas o salário era muito baixo e Dona Thereza teve que trabalhar. Inicialmente como doméstica e depois também como funcionária no Juquery, tudo para construírem sua casa própria, onde até hoje Dona Thereza reside, na Rua João Rais, no Bairro Companhia Fazenda Belém.

Eloy mudou-se para uma área no Juquery que abrigava funcionários que ainda não tinham residência até que adquirissem seu imóvel. Conseguiu terminar a construção de sua casa em 1955, quando já tinha 03 (três) filhos. Nesta época Franco da Rocha era uma cidade em crescimento, havia se tornado município emancipado há uma década apenas, o Hospital do Juquery já contava com uma grande concentração de pacientes, fato que demandava a necessidade de mais funcionários. Aqueles que já estavam empregados traziam os demais familiares e isto também ocorreu com Eloy. Sua irmã trabalhou muitos anos no Juquery, assim como seu cunhado, Aristides Correa, exímio marceneiro, que depois seria um comerciante de grande referência no centro da cidade.

Sempre muito dedicado a vida profissional, Eloy, de servente passou a auxiliar de almoxarifado, apesar de pouco estudo, dominava muito bem as contas necessárias para controle de estoque e distribuição de materiais. Era muito organizado e por suas mãos passaram muitos funcionários que aprenderam com ele o ofício de almoxarife.

Eloy era um homem simples, muito religioso, não perdendo uma missa aos domingos, e sempre colaborando com as benfeitorias da Igreja Matriz e das obras de caridade. Foi um dos primeiros associados do Clube Expedicionários de Franco da Rocha.

Duas coisas o deixava empolgado: assistir futebol e as Telecatch, as antigas “lutas livres”, principalmente quando se apresentavam em arenas montadas na cidade.

Grande admirador dos Concursos de Bandas e Fanfarras, sempre incentivou seus filhos a participarem como integrantes das corporações. Foi um dos fundadores da Associação de Moradores do Bairro do Jardim Cruzeiro e sempre se envolveu nas discussões políticas que pudessem trazer melhorias para a cidade. Durante anos foi colaborador dos projetos de agricultura familiar desenvolvidos na extinta Casa da Lavoura. Cuidava da rua que morava como se fosse seu quintal, gostava de ver árvores florescendo no bairro e foi responsável pelo plantio de muitas delas.

Sr. Eloy faleceu em 2008, aos 90 anos. Teve seis filhos. Ele pode ser descrito através de duas palavras: bondade e cooperação. Muito querido na cidade, fazia questão de manter sempre grandes laços de amizade.

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