“DENOMINAÇÃO DO PRÓPRIO MUNICIPAL QUE ESPECIFICA. LEI N° 1296/2017

LEI Nº 1.296/2017
(27 de outubro de 2017)

Autógrafo nº 080/2017
Projeto de Lei nº 069/2017
Autor: Executivo Municipal

Dispõe sobre: “DENOMINAÇÃO DO PRÓPRIO MUNICIPAL QUE ESPECIFICA”.

FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou, e eu, FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS, na qualidade de Prefeito do Município de Franco da Rocha, sanciono e promulgo a seguinte lei:

Art. 1º. O prédio do Centro Social Urbano – CSU – do Município de Franco da Rocha, localizado nas dependências do Parque Municipal Benedito Bueno de Morais, fica denominado “LUIGI GIACOMIN”, cuja biografia será parte integrante desta lei.
Parágrafo único. Na placa de nomenclatura deverão constar os seguintes dizeres: “Centro Social Urbano – CSU – Luigi Giacomin”

Art. 2º. As despesas decorrentes da execução da presente lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura do Município de Franco da Rocha, 27 de outubro de 2017.

FRANCISCO DANIEL CELEGUIM DE MORAIS
Prefeito Municipal

Publicada na Secretaria dos Assuntos Jurídicos e da Cidadania da Prefeitura do Município de Franco da Rocha e cópia afixada no local de costume, na data supra.

BIOGRAFIA

Nasceu em 30 de maio de 1898, em Mogliano Venito – Itália. Filho dos camponeses Giacomin Gioseppe e de Pavan Tereza, foi o terceiro filho de 15 irmãos.
Aos 6 anos levantava às 5:00 horas da manhã a fim de ajudar “apartar os bezerros” possibilitando a ordenha das vacas. Contava que “como não tivesse força nem peso, o bezerro quando ele puxava pra um lado, amarrado com uma corda no pescoço, dava dois passos para trás em sentido contrário. Visto isso ele puxava o bezerro em direção contrária ao mourão onde queria amarrar o animal, e aí ele ia afastando até ao ponto pretendido. Então ele dava a volta e amarrava o animal” (isto é uma parábola).
Deflagrada 1.ª Guerra Mundial (14/18), com 18 anos combateu como soldado de infantaria neste terrível evento.
Veio para o Brasil como imigrante em 1923, com 25 anos de idade, e, como dizia, foi “carpir café”, numa fazenda na cidade de Bebedouro, após saber que entre os papéis que havia assinado na Itália havia um “contrato de imigração”. Aqui sua primeira morada foi numa senzala.
Como não tivesse nem uma enxada, esta foi comprada na “Cooperativa” da fazenda, local onde também tinha que comprar os alimentos diários. Foi acertar as contas no final do mês e foi informado que “estava devendo”. No mês seguinte trabalhou mais e economizou mais. Foi acertar as contas e “estava devendo”, situação que perdurou durante todo o tempo em que trabalhou nesta fazenda, de onde nunca recebeu qualquer importância.
Para sair dessa situação se rebelou e foi trabalhar em outra fazenda, e morando na primeira. Aí começou a receber ordenado e juntar algumas economias. Até que “veio um caminhão cheio de soldados, onde ele morava, pegou ele e todos os familiares que lá se encontravam, puseram em cima do caminhão, e os levaram para São Paulo – Capital, onde foram deixados na porta de um cemitério, sem nada mais uma vez”.
Em São Paulo fez serviços ocasionais, até que começou a trabalhar numa olaria e depois em um frigorífico, conseguindo juntar algumas economias.
Em 1942, juntamente como seu irmão Guilherme, adquiriu ou montou uma as primeiras, senão a primeira padaria de Franco da Rocha, na Av. 7 de Setembro nº 88, centro, em imóvel alugado.
Em 1948 casou-se com Ida Giacomin, com quem teve dois filhos: Sergio Giacomin e Sylvio Giacomin, dando aos dois condições de cursar e concluir uma faculdade.
Como comerciante participou de todas as iniciativas havidas, à época, para o progresso de Franco da Rocha.
No ano de 1962 vendeu a padaria e se aposentou.
Ao completar 70 anos de idade, foi localizado pelo Consulado Italiano que em reconhecimento ao fato de ter corajosamente defendido as cores da Itália na Primeira Guerra Mundial, lhe deu o título de Cavalheiro – Cavalheiro Luigi Giacomin.
Nenhuma adversidade o derrubou, “como não encharcam os pássaros, os pingos da chuva”.
No dia 22 de agosto de 1979, sentou numa cadeira, encostou a cabeça levantada, a mão direita apoiada numa máquina de costura e na parede, e foi ter com Deus de cabeça erguida e sem peso, deixando em seus filhos, familiares e amigos um grande vazio e muita saudade.

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