DENOMINAÇÃO DE ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL

LEI Nº 788/2011
(12 de abril de 2011)

Autógrafo nº 017/2011
Projeto de Lei nº 015/2011
Autor: Executivo Municipal

Dispõe sobre: “DENOMINAÇÃO DE ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL.

FAÇO SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu, MARCIO CECCHETTINI, na qualidade de Prefeito do Município de Franco da Rocha, promulgo e sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º. Fica a Escola Municipal de Educação Básica Pouso Alegre denominada “ANTONIO FARIA”, cuja biografia será parte integrante desta Lei.

Art. 2º. As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura do Município de Franco da Rocha, 12 de abril de 2011.

MARCIO CECCHETTINI
Prefeito Municipal

Publicada na Secretaria Municipal de Administração e Assuntos Jurídicos da Prefeitura do Município de Franco da Rocha e cópia afixada no local de costume, na data supra.

SANDRO FLEURY BERNARDO SAVAZONI
Secretário Municipal de Administração e Assuntos Jurídicos

ANTONIO FARIA
(1928 – 2011)

Natural de Franco da Rocha, nascido aos 12 de Abril de 1928, de ascendência portuguesa; seu nome é uma homenagem ao avô, imigrante português, músico e jardineiro do insigne Dr. Francisco Franco da Rocha, e que, cultivava também, outras rosas musicais, integrando a Corporação Musical do Hospital do Juquery, a memorável e folclórica “Banda do Juquery”. Filho de América Ramalho e João Faria, este, soldado constitucionalista, combate na Revolução de 1932, motivo de seu respeito e orgulho. Terminado o curso primário e, depois de passar por alguns pequenos empregos, ingressou, como estagiário, aprendiz de tipógrafo, nas oficinas do Hospital de Juquery, abdicando de uma futura colocação para empregar-se na padaria do Sr. Antonio Vieira Barradas, única do ramo na época, a “Padaria do Vieira”; lugar onde conheceu Amaflor Gomes Rodrigues Pepes, irmã da mulher do patrão. Casaram-se em 12 de Junho de 1948, no Estado do Paraná, em Bandeirantes, cidade natal da cônjuge. O casal veio residir, desde então, no bairro do Pouso Alegre. Auxiliado por seu patrão, que depositava extremada confiança em seu empregado e, numa espécie de carroça-baú, começou a expandir seu mercado, levando os produtos da panificadora para novos bairros, atividade levada a cabo, depois, com um motorizado furgão-baú. Nessa labuta, tinta pequena porcentagem nos lucros, o que lhe possibilitou amealhar algumas economias para, entre os anos de 1949-50, abrir um pequeno negócio na Rua 9 de Julho, no seu bairro. Começo difícil, auxiliado por sua jovem e prestimosa mulher que, no entremeio dos cuidados domésticos e maternos, confeccionava uma variedade de salgadinhos e guloseimas para o consumo da freguesia.

Com novas economias, começou a construir nas divisas dos fundos do pequeno terreno da família, pressentindo uma localização comercialmente mais nobre, na esquina da Rua São João com a, hoje, Rodovia Luiz Salomão Chamma, local do querido “BAR DO FARIA”, do Bairro de Pouso Alegre, folclore da cidade. Após 12 anos e três filhos: Ranulfo, Roberval e Roberto, divorciou-se, unindo-se, em novas núpcias, a Antonia Nazil Bueno de Moraes, companheira com a qual teve o casal de filhos, Fábio e Fernanda e, a dedicação, o afeto e necessário alento para continuar até seus últimos dias.

A face humana
Comerciante do “tempo da caderneta”, agregava ao bar um pequeno empório. Raramente recebia o total do fiado do mês. E o resto ia ficando, ficando…… e ficava. Isso fazia para as famílias de insuficiente e minguado ordenado, que dependam de seus gêneros para sobrevier.

A face social
Presidente e, por várias vezes, membro da diretoria do S.C. Corinthians de Franco da Rocha, tendo participado de sua fundação. Incentivador e promotor do esporte na cidade. Nessa atividade, idealizou e promoveu a primeira corrida de São Silvestre na cidade, no bairro do Pouso Alegre, hoje, aos 46 anos, evento tradicional, oficializado no calendário de eventos municipais. Por esses préstimos e popularidade elegeu-se vereador cumprindo mandato de seus anos na gestão de Emílio Hernandez Aguilar.

A face pessoal
Tinha um jeito próprio de lidar com as vicissitudes da vida. Ora com uma ácida ironia ou com humor inteligente e sagaz. Os amigos se regozijavam com suas “tiradas”. Mas, esse dom, talvez sua verdade, (lampejos de uma dissimulada sensibilidade artística, literária?), como nas cadernetas foi ficando, ficando…. e ficou. Como esmaecida luz nos recônditos de sua alma e pensamento. Neto de jardineiro, a vida não lhe deu o tempo para cultivar esta Flor.

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