Franco pretende imunizar 3668 meninas contra o HPV

Na segunda-feira (10), o Sistema Único de Saúde (SUS), começou a oferecer a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) para meninas de 11 a 13 anos. Em Franco, a campanha que imunizará 3668 meninas está acontecendo entre uma parceria com Secretaria da Saúde e da Educação. Ficou definido que a campanha será realizada nas escolas, os pais receberam as autorizações para a vacinação no início do ano letivo. A imunização acontecerá até o dia 10 de abril. É a primeira vez que a população terá acesso à vacina de maneira gratuita.
Mas porque vacinar sua filha contra o HPV? Ainda há muitas dúvidas em torno da doença, o Dr. Paulo Antonio Friggi de Carvalho, infectologista que atende em Franco da Rocha desde 2011, esclarece algumas delas.
O HPV está associado ao câncer de colo de útero, doença que segundo o doutor é a 4ª causa de maior índice de morte de mulheres no país. “70% dos casos de câncer de colo de útero tem relação com o HPV”, afirma o doutor. A estratégia da vacinação é recomendada pela OPAS (Organização Panamericana de Saúde), a intenção do governo é imunizar 80% das meninas do país nesta faixa etária, diminuindo o risco de que elas contraiam o câncer de colo de útero em 70%.
Por ser uma doença transmitida por contato sexual, muitos pais reagem inicialmente mal à ideia de ver meninas de apenas 11 anos sendo vacinadas, como se isso as credenciassem para iniciar a vida sexual. Um ato insensato, segundo Friggi. Deixar de dar a vacina como forma de garantir um “adiamento” do início da vida sexual é expor a filha a uma doença seríssima. Além disso a vacina é segura. “O controle de segurança da Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta sua segurança, antes delas irem a campanha, porém ela pode provocar reações leves, como dor de cabeça, náusea e febre baixa, como outras vacinas provocam”, disse Friggi. Além disso como o HPV é contraído por contato, pode ser passado de mãe para filha durante o nascimento.
Por que apenas meninas de 11 a 13 anos receberão a vacina de graça?
Segundo o doutor Paulo, o governo escolheu essa faixa etária baseado em alguns critérios. Estudos mostram que a vacina é mais eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual. Imunizando essa parcela da população, a tendência é reduzir o número de pessoas infectadas nas próximas décadas. Assim, toda a população será beneficiada. E os meninos não precisam ser imunizados, porque eles confiam no que chamam de “efeito rebanho”, em que como se pega por contato, se as meninas são imunizadas os meninos não contrairão a doença no futuro.
Infelizmente a vacina ainda não protege totalmente contra o vírus, pois há mais de 100 tipos dele. “A vacina oferecida na rede pública é a quadrivalente, que protege contra quatro tipos (6, 11, 16 e 18), os mais comuns. Os tipos 6 e 11 provocam as verrugas, enquanto o 16 e o 18 são responsáveis por 70 % dos casos de câncer de colo de útero”. Finaliza Friggi. Para que a vacina tenha eficácia é importante tomar também a segunda dose daqui a 6 meses.


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