Jogo de espadas: Swordplay, pela honra de guildas e clãs

É mais um dia ensolarado e na planície está o fronte: guerreiros, frente a frente, prontos para a batalha, com suas espadas e escudos só a espera da primeira investida, tudo em nome da honra e prestígio de seus clãs. Ao sinal, o combate se inicia, coragem e medo se misturam e no final só os mais fortes sairão com a vitória.

Parece até uma batalha medieval, mas trata-se na verdade do Swordplay – “sword” significa “espada” e “play” “jogar”. Em linhas gerais se define como “jogos de combate”, uma batalha campal onde os participantes simulam uma disputa da idade média, com armas que devem seguir o padrão medieval, para que as lutas possam ser mais realistas. Porém, as armas são feitas de espuma e PVC, para que não haja ferimentos nos oponentes. As batalhas normalmente acontecem em locais abertos, como parques.

As equipes são chamadas de guildas, que na idade média representavam a associação de pessoas com interesses comuns, como artistas, artesãos, entre outros. Muitos utilizam o termo “clã”, que representa um grupo de pessoas ligadas por parentesco, mas que tem como valor principal, os laços simbólicos.

A guilda Sparverius, que significa “falcão-americano”, foi criada em Franco da Rocha há cerca de dois anos e é uma divisão da guilda Falcões, de São Paulo. Com treinos aos domingos, no Centro Social Urbano (CSU), das 13h às 18h, a guilda franco-rochense conta com cerca de 30 participantes e é comandada pelo líder ADM, Márcio Alexandre, pelo líder de treinos, Fábio Ramos e pelo líder geral e fundador, Edilson Ramos.

A modalidade se divide em cinco classes: Dual (duas espadas), Long (espada longa), Arco e Flecha, Lanceiro e Escudeiro (espada e escudo). Entre os eventos principais que a guilda de Franco da Rocha participa estão o Coletivão, que ocorre no final do ano, onde várias guildas se reúnem em um jogo, e o Encontro Paulista de Swordplay (EPS), que acontece no meio do ano e é uma guerra anual entre as guildas, onde o que vale é a honra e o prestígio dos clãs.

Um dos líderes da Sparverius, Márcio Alexandre, falou um pouco sobre o Swordplay: “Infelizmente, o Swordplay não tem uma sede federativa, mas existem diferentes guildas em todo o país que praticam a modalidade com as mesmas regras”. Segundo ele, o iniciante deste esporte treina para ver em qual classe ele se identifica, e assim, usa determinada arma para participar de competições entre as guildas.

Sobre a importância do esporte em sua vida, Márcio comentou. “A importância é extrema, com ele fiz diversos amigos, conheci pessoas de outras regiões de São Paulo e outros lugares muito lindos. Cada momento dedicado a esse esporte é único, não tenho nem palavras para descrever, cada batalha, cada suor marcam minha vida para sempre.”

Outro líder da guilda franco-rochense, Fábio Ramos, relatou sobre os benefícios à saúde e falou um pouco de sua experiência. “O Swordplay na questão de saúde, contribui como qualquer outro esporte, mas ele tem o forte de atrair jovens que não gostam de esportes convencionais. Sou o membro mais antigo do grupo, já pratico há uns seis ou sete anos, e ele me ajudou muito na questão de disciplina. Um dos pontos fortes dessa atividade é que ela trabalha seu caráter, e a generosidade”.

Para o líder geral e fundador da Sparverius, Edilson Ramos, muitos ainda têm preconceito com o swordplay. “A maioria das pessoas que nos vêm passar, lutar, ou parados em algum lugar, acham uma coisa inútil, chacota, coisa de ‘‘nerd’’, coisa de louco, e por ai vai. Porém, outras pessoas nos fazem ficar felizes por quererem conhecer o assunto, umas até dão uma passada para acompanhar os treinos e ficar por lá.”

Ele ainda destacou os benefícios sociais que a prática proporciona: “a contribuição que a prática nos traz na parte social vai de cada pessoa, muitas não têm uma relação muito boa com os outros, ou são tímidas. Após um tempo de treinos, conversas e até brincadeiras, acabam perdendo a timidez e mudam para melhor. Eu como líder, estou sempre lá passando conhecimento, as vezes lição de moral com fatos acontecidos, e sempre mostrando que respeito e honra são coisas que precisamos no dia a dia.”

Por fim, Edilson mencionou a relevância do esporte em sua vida. “O Swordplay serve de incentivo na minha vida, para que eu sempre possa melhorar e ajudar meus guerreiros e irmãos, O importante é que aprendemos coisas que muitas vezes não vemos por ai, como honestidade e garra, e saber que os outros dão duro para honrar e representar seu clã, cidade ou mentor. Tudo isso torna o Swordplay importante para todos os praticantes. É como dizem: vida longa ao Swordplay”.

Quem tiver interesse em participar do Swordplay deve comparecer ao CSU, localizado na rua Nelson Rodrigues, 101, Centro, e levar duas fotos 3×4, comprovante de residência, atestado de aptidão física e xerox do RG, para fazer a carteirinha.

Texto: Lucas Cardoso


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