Com a empresa RECICLATEL, Eduardo ajuda a cidade destinando de forma correta dos resíduos sólidos e líquidos

Quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Telma ficava a esperar ele
No outro canto da cidade
Como eles disseram

Telma Leandro Guimarães da Silva 38 anos, foi professora durante 8 anos na E.E. Adail Jarbas Duclos, na Vila Santista, e há 10 anos trabalha no colégio Absoluto. Eduardo Dias da Silva, 41 anos, atualmente é empresário. Diferente do casal descrito na letra da música Eduardo e Mônica, da banda Legião Urbana, onde eles não eram nada parecidos, o nosso casal, pelo contrário, se conheceram e logo se apaixonaram. Durante 14 anos de união, tendo como fruto uma filha, compartilham uma história de amor e companheirismo.

O ano era de 1998 no antigo CEFAM, onde hoje é a ETEC, Dr Emílio Hernandez Aguilar, Eduardo que é natural de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, veio trabalhar na área administrativa da escola e conheceu Telma, que também trabalhava e estudava no local.

Quando chegou em Franco da Rocha, Eduardo já de cara gostou da cidade, estava em busca de sossego; mesmo São Paulo oferecendo muito mais oportunidades de emprego, queria se fixar na cidade pequena onde todos se conheciam.“Meu objetivo era arranjar um emprego aqui, e durante quatro anos eu ficava nessa ponte de morar em São Paulo, trabalhar em Franco e ver a Telma. Eu não tinha carro na época, então vinha de trem e a viagem durava duas horas para vir e duas horas para voltar”, conta. “Detalhe”, comenta Telma, “ele vinha no sábado e voltava no sábado, não podia dormir na minha casa porque o meu pai não deixava, então ele ia embora no sábado e voltava no domingo de manhã. Tinha vez que ele perdia o trem e tinha que pegar o ônibus chegando em casa às quatro horas da manhã.”

O sofrimento dos dois acaba quando depois de dois anos de namoro e dois anos de noivado, no ano de 2002, eles se casam e vão morar juntos. Anos antes, precisamente em 1986, a família da professora que morava em Caieiras comprou um terreno no bairro Vila Santista, Eduardo e Telma vão morar no mesmo bairro.

Eduardo trabalhou como vendedor de loja, depois em um escritório na área financeira, indo para a fábrica da Convenção, depois se aventurou como Taxista em São Paulo. Um ano depois entra na empresa Essencis Soluções, que fica na cidade de Caieiras, permanecendo por quatro anos, saindo há dois anos para montar a sua própria empresa no ramo a RECICLATEL.

Conforme o próprio empresário conta, dentro da empresa Essencis ele procurou se capacitar o máximo possível, observando todo o processo dos materiais que iam para o aterro. A partir dessas observações ele começou a se especializar em cursos de gestão ambiental e capacitação ambiental, “Estou constantemente me capacitando, vendo muitos cursos na área, tem um agora que estou me inscrevendo no SENAI sobre gestão ambiental, faço para me aprimorar já que na região o assunto ainda é muito carente”.

Hoje o empresário está com um projeto único na cidade que é o descarte correto de óleo de fritura, um dos maiores vilões do meio ambiente, normalmente as pessoas jogam na pia ou fazem sabão. Eduardo faz um alerta: “o problema de fazer sabão caseiro é o manuseio da soda cáustica, pode queimar as vias aéreas, além da venda proibida do produto em supermercados.

Atualmente ele recolhe mil litros de óleo a cada 15 dias. O projeto funciona da seguinte forma: a pessoa dá dois litros de óleo e em troca ela recebe um pote com detergente líquido. Eduardo comenta que é uma forma de incentivar o armazenamento de óleo. O processo, após o recolhimento, é filtrar ou pasteurizar o óleo e remetê-lo às indústrias. Para se ter uma ideia, o óleo que foi utilizado para fritar alimentos, depois do descarte correto, pode virar massa para vidro, ração animal, creme de cabelo, detergente e uma série de outras coisas.

Eduardo enfatiza: “O povo brasileiro precisa ter conhecimento sobre gestão ambiental e gestão de resíduos, eu sou uma formiguinha, faço por uma questão ambiental mesmo, muitas vezes sem receber lucro algum. Realizo palestras para gerar a conscientização, mas precisamos de educação ambiental como matéria obrigatória nas nossas escolas. Por exemplo, o projeto das lixeiras só funciona bem em outros países, porque lá foi criada uma lei de política de resíduos sólidos. Aqui no nosso país, a lei determina que o lixo é de responsabilidade, em primeiro lugar, do cidadão e em segundo responsabilidade do município. Nós cometemos o erro de achar que a responsabilidade do lixo é somente do município. Para se ter uma ideia, uma família gera por dia dois quilos de lixo, com estes dados a importância da conscientização é primordial”.

Hoje o casal Eduardo e Telma, estão felizes. Telma lembra com risadas do tempo em que possuíam um carro Elba, onde o painel sempre caia no colo. “Hoje em dia cato papelão mas a coisa está bem melhor”, ri Eduardo.

Quem quiser descartar material reciclável ou óleo de fritura, liga para o Eduardo. Os telefones são: 9.8801-7347 ou 9.4889-6503.

Texto e foto: Paloma Cristina


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