Centro Cultural recebe palestra “O valor do feminino – um olhar sobre novos caminhos”
Afinal, o que é ser mulher em nossa sociedade? Foi levantando essa questão que a psicóloga, terapeuta e orientadora Prem Mukti Mayi iniciou a vivência “O valor do feminino – um olhar sobre novos caminhos”. Organizado pela prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, o evento aconteceu na última quinta-feira (22), no Centro Cultural Newton Gomes de Sá e reuniu cerca de 100 pessoas, incluindo mulheres e homens da comunidade, além de servidores da prefeitura. Veja como foi.
Abrindo a apresentação, a secretária de Cultura, Taiana Garcia, conversou com o público sobre a questão suscitada pela psicóloga. “Nós propusemos essa palestra, saindo um pouco do formato comum, para mostrar à sociedade que é necessário fazer uma avaliação de postura, especialmente nas famílias onde as mulheres não estão contentes e os homens, infelizmente, ainda assumem um lugar de privilégio”, comentou.
Falando sobre a objetificação do corpo feminino e abordando as diversas formas de manifestação do machismo e da violência contra a mulher, a vivência propôs um momento de reflexão sobre os gêneros masculino e feminino, as representações destes dois pontos na natureza e, por fim, no cotidiano.
O comandante da Polícia Militar de Franco da Rocha, capitão Martinho e a titular da Delegacia da Mulher de Francisco Morato, Marilda de Jesus Reis Romani, também estiveram presentes na palestra. Marilda contou um pouco sobre as dificuldades em lidar com a violência doméstica e ressaltou a importância do trabalho desenvolvido na comunidade. “A delegacia da mulher é um projeto genuinamente brasileiro e foi copiado no mundo inteiro. É um orgulho pra mim, enquanto mulher e cidadã, ser parte de uma iniciativa como essa”.
A cada hora, 503 mulheres são vítimas de violência no Brasil e cerca de dois terços da população já presenciou uma mulher sendo agredida de forma física, verbal ou psicológica no último ano. Esses dados foram apresentados ao público para conscientizar homens e mulheres sobre a necessidade urgente de uma união para reverter esse quadro.
Para enriquecer ainda mais o encontro, a assistente social e poetisa, Erineide Oliveira, convidou o público para uma reflexão acerca do tema. “Vivemos num mundo onde mulheres são ainda consideradas inferiores aos homens, e acabam morrendo por isso. Não é uma disputa, não queremos o lugar dos homens. Queremos o nosso lugar”.
Ao final, as mulheres participaram de uma dança com a terapeuta Prem Mukti Mayi. Segundo ela, a atividade foi proposta para que as convidadas liberassem a energia positiva que circulou no local e contagiou a todas.
(Texto e Fotos: Luana Nascimento)