CAPS de Franco: integração dos frequentadores que aprendem a fazer instrumento musical
Frequentadores do CAPS II de Franco da Rocha estão participando de uma oficina para aprender a confeccionar berimbaus, que são instrumentos musicais originários de povos africanos e utilizados no Brasil essencialmente na prática da Capoeira.
“Nosso objetivo é fortalecer a autoestima dos nossos frequentadores. Além de fazer o próprio instrumento, eles vão usá-los nas aulas de Capoeira”, destacou o professor Claudemir Ramos, o “Costinha”, que dá aulas de Capoeira para o pessoal que vai ao CRAS.
“A oficina proporciona integração, união e o convívio social, além de desenvolver a coordenação motora, audição e promover a disciplina entre eles”, completou Costinha.
CAPS
O Centro de Atenção Psicossocial de Franco da Rocha trabalha a reabilitação das pessoas que possuem transtornos mentais, por meio de uma série de atividades. Grupos de apoio, oficinas terapêuticas, confraternizações, acompanhamento médico, e medicação. Esta é a receita adotada para tratar os pacientes com transtornos graves.
Todo esse trabalho visa acrescentar habilidades às pessoas, diminuindo o dano causado pelo transtorno mental e envolvendo todos aqueles que fazem parte do processo de saúde-doença, ou seja: frequentadores, familiares, profissionais e comunidade em geral. A luta pela reinserção social começa no CAPS, mas direciona-se à comunidade para que a pessoa tenha acesso ao seu próprio território e à sua família. Por fim, a unidade dedica-se a evitar a internação hospitalar e construir autonomia tanto dos frequentadores quanto das famílias.
“Temos uma série de oficinas – xilogravuras, estamparia artesanal, entre outras atividades que pretendem desenvolver ou fortalecer a autonomia dos frequentadores. Sabemos que a sociedade não aceita o que é diferente e nosso trabalho é exatamente no sentido de reinserir as pessoas que possuem algum tipo de transtorno mental à sociedade”, explicou a gestora do CAPS, Ana Paula Batagin Andreto.
“Queremos que os vínculos possam se estender além do CAPS”, finalizou a gestora.
(Texto e fotos: Adriana Carvalho)
