Palestra sobre feminicídio tem grande participação da população franco-rochense

A violência contra a mulher vem crescendo no Brasil e em suas formas mais acentuadas, leva à morte de aproximadamente quatro mil mulheres por ano. Pensando nesses números a prefeitura, por meio das Secretarias de Cultura, Esporte e Lazer, Assistência e Desenvolvimento Social, Gestão Pública e Governo, trouxe aos munícipes e servidores a palestra ‘Feminicídio, entender para prevenir’, que aconteceu na quinta-feira (28), no Centro Cultural, como parte da programação do “Por elas, Pra elas”.

A palestra foi ministrada por Jackeline Aparecida Ferreira Romio, Doutora e Mestre em demografia pelo Instituto de Filosofia e Ciência Humanas da UNICAMP, que desenvolve pesquisas interdisciplinares sobre a violência e a relação entre as opressões e desigualdade de gênero, raça e classe social.

Na abertura, foi mostrado ao público um estudo sobre como os casos de feminicídio são tratados diante da população, e como essas figuras femininas, que antes possuíam um nome e eram reconhecidas como pessoas, passam a ser somente números numa estatística que continua aumentando a todo instante. “Nós não somos obrigadas a consolidar visões machistas, transfóbicas e racistas. Cada história de meninas que morrem, precisa ser tratada dentro do parâmetro dos direitos humanos” afirmou Jackeline.

É necessário frisar que a violência doméstica e os abusos psicológicos, tem maiores indicadores de acordo com alguns grupos específicos, que podem ser caracterizado por classe, gênero ou orientação. As mulheres negras e periféricas estão entre as maiores vítimas de feminicídio.

A palestrante também abriu espaço para que os ouvintes pudessem dar opiniões e tirar suas dúvidas sobre o tema, e a plateia mostrou-se muito interessada e participativa.

O servidor Felipe Perretti, em meio ao público, levantou a questão se existe sinais ou comportamento que os cidadãos poderiam identificar em uma vítima de abuso, e a ativista listou algumas delas como o medo em situações corriqueiras, o silêncio e consequentemente o isolamento social.

Para o combate ao feminicídio é de grande importância trabalhar em projetos e programas sociais que eduquem e conscientizem os jovens sobre o cenário atual, empoderando as garotas desde muito cedo, para que elas possam compreender o que é permitido em um relacionamento saudável, e consequentemente se blindando de futuros problemas.

Jackeline encerrou o evento destacando o quão necessário é o trabalho que o Centro Cultural realiza. “Ressignificar a violência através da arte e da cultura, é extrair um conteúdo útil para outras mulheres”, ressaltou.

(Texto: Danielle Magalhães – Foto: Orlando Junior)


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