Dia Internacional da Conscientização do Autismo foi marcado por encontro de mães e familiares no parque

Na tarde da última terça-feira (02), foi realizado o evento em homenagem ao Dia Internacional da Conscientização do Autismo, promovido pela Prefeitura por meio da Secretaria da Saúde e Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, em parceria com o CAPS i e a APAE, no parque Benedito Bueno de Moraes.Veja fotos da ação

O Transtorno do Espectro Autista atinge pelo menos 70 milhões de crianças e adultos no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e prejudica a capacidade de se relacionar com outras pessoas.

O encontro foi organizado com o objetivo de trazer mais conhecimento e conscientização a população sobre essa condição, que caso diagnosticado precocemente pode resultar em melhoras significativas.

A assistente social Eva reitera a importância desse tipo de encontro “É importante levarmos essa informação, e de fazer essa abordagem para trazer a inclusão, colocando as informações necessárias para a quebra dos paradigmas”, afirma Eva.

Tanto a APAE quanto o CAPS Infantojuvenil são peças fundamentais para os cuidados necessários para com os seus atendidos. A gestora Carolina Malins explica o papel que cada organização representa nos cuidados de cada um. “O CAPS i tem o objetivo principal de trabalhar a reinserção social das crianças e adolescentes com Transtorno Espectro Autista e também outros transtornos como esquizofrenia, depressão, uso abusivo de álcool e outras drogas, entre outras condições. Já a APAE trabalha ambulatorialmente em relação ao tratamento, focada na reabilitação neurológica”, afirma a gestora.

A reunião

A cor símbolo da causa, estampava o espaço com bexigas e camisetas azuis, e traziam um clima de descontração e amistosidade, mas com a seriedade de não perder o foco do evento, com murais, cartazes e lembrancinhas confeccionadas pelos funcionários e frequentadores.

A psicóloga Creusa Marciano explica como foi o processo da montagem do material. “Em todo o projeto a gente coloca as crianças para estarem confeccionando todo o material com os funcionários, através de pinturas, de montagens e colagens dos cartazes, e ao mesmo tempo explicando o que era autismo através dessas atividades, com textos e vídeos”, afirma Creusa.

Placas com frases que diziam “Somos todos iguais na diferença”, “O autismo não se cura, se compreende”, estavam expostos em uma mesa acompanhado de panfletos informativos confeccionados pelos envolvidos no projeto, que traziam informações como sinais do autismo, diagnóstico e tratamento.

Durante o encontro, para proporcionar um momento de descontração, a professora Jaqueline Pimenta deu uma aula de zumba onde as mães e as crianças mostraram muita disposição ao dançarem, e puderam curtir um momento especial, cheio de muitos sorrisos e animação.

Ao final houve um grande piquenique compartilhado para selar a tarde de aprendizados que teve aproximadamente 50 pessoas.

A mãe Cláudia Verônica, ao ser questionada em como a sociedade lida com esse assunto foi bastante assertiva. “A sociedade precisa entender que quem deve se aceitar é a criança com autismo, temos que procurar meios para que ela se adapte a isso, e entender que ela faz parte do meio. Esse encontro é uma forma de mostrar que estamos presentes”, conta.

(Texto: Danielle Magalhães – Foto: Orlando Junior)