Prefeitura realiza palestra de prevenção ao suicídio para servidores

Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio e valorização da vida. Para mobilizar os servidores e a comunidade, a prefeitura, por meio da Secretaria da Saúde, organizou na última quarta-feira (11), a palestra “Você não está sozinho”. O evento aconteceu na sede da Secretaria da Educação e reuniu cerca de 80 pessoas.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 11.433 mortes por suicídio em 2016, o que equivale a 31 casos por dia.

Diante desse número preocupante, a gestora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps AD) de Franco da Rocha, Elaina Silva começou a palestra falando sobre o início da campanha Setembro Amarelo e da necessidade urgente de falar sobre suicídio, visto que trata-se de um caso de saúde pública.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que 9 entre 10 casos de suicídio podem ser evitados, por isso, é fundamental romper esse tabu, dialogar sobre esse tema, além de conhecer as causas, prestando atenção nos sinais e, principalmente, tentar ajudar de alguma forma, seja oferecendo apoio emocional ou indicando serviços que possam fazer isso”, declarou.

Prevenção: Reconhecendo os sinais

No decorrer da palestra, algumas pessoas contaram seus relatos com amigos ou parentes que tentaram suicídio e dividiram com o grupo assuntos como ansiedade e depressão.

A depressão é dos principais fatores que levam ao suicídio. Considerada uma doença silenciosa e incapacitante, muitas vezes ela é negligenciada ou vista com preconceito pelas pessoas.

Diferentes fatores podem ser associados à depressão, inclusive acontecimentos traumáticos ocorridos em algum momento da vida, no entanto, é necessário prestar atenção nos sintomas. Os mais evidentes são: perda de energia e cansaço constante, isolamento, alteração de peso, ansiedade, distúrbio do sono, dificuldade de concentração, baixa autoestima e pensamentos suicidas.

Psicóloga do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), Leila Lisboa ressaltou ainda outros fatores que devem ser observado de perto quando se trata de casos de suicídio. “Pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas, indivíduos com problemas mentais, ou até mesmo que passam por momentos difíceis como perda de emprego, discriminação, privação de liberdade ou morte de um ente querido. É preciso estar atento às situações específicas”, lembrou.

Despertando a empatia

A correria do dia a dia acaba dificultando o convívio entre amigos e familiares. Por isso, para despertar a empatia e compreensão da plateia, a equipe da Secretaria de Saúde propôs uma dinâmica em grupo, na qual eram selecionadas duplas que se sentavam um a frente do outro. Em seguida, a orientação era que cada um pensasse em problemas ou momentos difíceis pelos quais já haviam passado. Assim, silenciosa e simultaneamente, as duplas ofereciam apoio e reconheciam no olhar do outro um pedido de ajuda.

O que fazer para ajudar?

Oferecer apoio é umas das primeiras atitudes recomendadas a quem quer ajudar um possível suicida. Saber ouvir, com a mente aberta, sem julgamentos ou preconceitos também é fundamental.

Em seguida, é preciso encaminhar a pessoa para que receba auxílio profissional de serviços de saúde, saúde mental, emergência ou apoio em algum serviço público. Em Franco da Rocha, os funcionários da UPA 24h estão preparados para receber e orientar vítimas de suicídio.

Os serviços de saúde mental do município também estão disponíveis para ajudar por meio dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial). Eles são divididos em atendimento para transtornos mentais graves e persistentes (CAPS II), uso de álcool e drogas e infantojuvenil (CAPS i). O atendimento é feito geralmente por encaminhamento de outros equipamentos de saúde (UPA e UBS).

Além disso, existem centros como o CVV (Centro de Valorização à Vida), que oferece apoio emocional gratuito e voluntário para todos que precisam conversar, seja por telefone ou internet (chat ou email). O número é 188, atendimento é gratuito e acontece 24 horas por dia, todos os dias da semana, podendo ser feito de telefones fixo, públicos e celular.

Ao final da palestra, Stefany Jhenifer Santos, agente de saúde da UBS do centro, contou que gostou muito do evento e achou o tema útil para a sociedade. “É um assunto delicado e ainda é um tabu para muita gente. Um rapaz que estudou comigo já tentou suicídio e foi bem complicado falar disso depois. Mas conversar, tentar ajudar de alguma forma é a melhor coisa. Pode salvar a vida de quem a gente gosta”, afirmou.

(Texto e foto: Luana Nascimento)


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