Agosto Dourado: entenda a importância do aleitamento materno e conheça as ações de incentivo em Franco da Rocha
Representado pela cor dourada, que simboliza o alto padrão de qualidade do aleitamento materno, o mês de agosto é marcado pelo incentivo à amamentação. Idealizado num encontro da Organização Mundial de Saúde com a UNICEF em 1990, o mês conta com atividades que buscam promover o aleitamento exclusivo até o sexto mês ou mais de vida.
Mantendo o compromisso de garantir, por meio de políticas públicas, a proteção e desenvolvimento da criança com o aleitamento, a Secretaria Municipal de Saúde continuou, mesmo durante a pandemia, garantindo o atendimento às mamães franco-rcohenses para falar sobre a importância da amamentação.
Em todas as 13 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Franco da Rocha, antes da pandemia, os grupos com as mães eram presenciais onde, conforme a agenda da unidade, aconteciam rodas de conversa multidisciplinar mensais, com nutricionista, psicóloga, fonoaudióloga e enfermeira.
No ano passado, com a restrição das consultas presenciais, a dinâmica mudou e, por meio de grupos online, os mesmos profissionais continuaram orientando as gestantes e puérperas sobre alimentação durante a gestação, importância e incentivo do aleitamento materno, orientação sobre introdução alimentar e alimentação infantil.
Com a volta gradativa dos atendimentos presenciais, as mamães voltaram a receber orientações individuais nas consultas, ou em reuniões online. A nutricionista do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), Thamily Lopes Torres, é uma das profissionais que realiza os atendimentos e também o matriciamento com toda a equipe, compartilhando informações que podem auxiliar no atendimento e acolhimento.
“Nas conversas, ressaltamos que as gestantes devem realizar uma alimentação adequada para evitar deficiências nutricionais e promover o crescimento saudável do bebê. Devem consumir alimentos ricos em fibras (cereais integrais, verduras e legumes crus, frutas com casca e bagaço) cálcio (leite e derivados principalmente), ferro (carne vermelha, miúdos, feijões), vitamina A ( beterraba, cenoura, abóbora), vitamina c (frutas cítricas) e ácido fólico( farinha de trigo enriquecida, verduras verde escuras, feijões e fígado)”, explica a nutricionista.
Thamily pontua que as refeições devem ser fracionadas em pequenas quantidades e acompanhadas pelos suplementos prescritos pelo médico. Além de aumentar o consumo de água e líquidos, como sucos naturais e chá, para 3 a 4 litros ao dia.
A nutricionista ainda fala da importância de evitar alimentos industrializados, embutidos e frituras. Excesso de cafeína também deve ser evitado, como doces e chocolates que podem causar cólicas e deixar o bebê mais agitado. O aleitamento deve ser exclusivo até os 6 meses de idade, sem a necessidade de oferecer nada além do leite ao bebê, nem água. Na impossibilidade de amamentar é sugerido a ordenha do leite e ofertar em colher ou copinho, nunca em mamadeira.
Após o período de amamentação as mamães também recebem orientações sobre como realizar a introdução alimentar da criança. Thamily fala que o processo deve ser feito aos poucos, com frutas amassadas em consistência pastosa.
“Passamos por legumes amassados, carne moída e frango desfiado, sempre separados e nunca uma papa liquidificada, a criança deve conhecer o sabor de cada alimento separadamente. Cozinhar, de preferência sem sal, e só oferecer açúcar após os dois anos de idade. Não oferecer refrigerantes, achocolatados, salgadinhos, bolachas recheadas, sucos em pó ou macarrão instantâneo. Estes alimentos podem gerar obesidade, hipertensão, diabetes e até alergias nas crianças” finaliza.
Todas as mães atendidas nas UBSs da cidade seguirão recebendo atendimento, sendo ele presencial ou online. Para quem quiser fazer parte do grupo, é só procurar mais informações na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência.
Texto: Jorge Henrique Ramos – Foto: Arquivo
