Segundo dia do “Seminário Cultura e Saúde” apresenta roda de conversa sobre processos museológicos, curadoria, arte e saúde mental

O segundo dia do “Seminário Cultura e Saúde” aconteceu na quinta-feira (16), com transmissão ao vivo direto do Museu de Arte Osório Cesar (MAOC). Organizado pela Prefeitura de Franco da Rocha e MAOC, por meio da Secretaria da Educação e Cultura, o seminário chega a sua terceira edição, como parte da programação do Festival Soy Loco Por Ti Juquery.

As mesas de debates receberam museólogos e especialistas do Museu de Imagens do Inconsciente, Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, Hospital Psiquiátrico São Pedro, do Núcleo de Acervo, Memória e Cultura do Complexo Hospitalar do Juquery e do MAOC.

Abrindo a primeira rodada de debates, a museóloga do Museu Osório Cesar Michelle Guimarães conversou com Eurípedes Júnior, doutor em museologia e patrimônio pela UNIRIO, trabalhou no Museu de Imagens do Inconsciente com a médica psiquiatra brasileira.

Pioneira da terapia ocupacional, a alagoana Nise da Silveira mudou os rumos dos tratamentos psiquiátricos no Brasil e tornou-se um expoente da luta antimanicomial, desenvolvendo como tratamento a expressão dos sentimentos pelas artes. Essas obras estão expostas no Museu de Imagens do Inconsciente, que fica no Rio de Janeiro, e inaugurado por ela em 1952.

“A Nise fundou as oficinas de expressão no museu, isso quebrou paradigmas, apresentou para a sociedade um discurso de inclusão, de mostrar as riquezas e as potencialidades de pessoas que tinham sido excluídas da vida social durante muito tempo”, pontuou Eurípedes.

Em seguida, Michelle convidou a arte-educadora e curadora pedagógica do Museu Bispo do Rosário – Arte Contemporânea Diana Kolker a participar da mesa. Diana atua como curadora pedagógica da instituição onde é responsável pela orientação de programas de residência artística.

Diana iniciou sua fala explicando as semelhanças entre o Complexo Hospitalar do Juquery e o Museu Bispo do Rosário (mBrac), localizado em Jacarepaguá – no Rio de Janeiro. “O mBrac está situado no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Juliano Moreira, centro de saúde mental conhecido como ‘Colônia’, que no passado foi um dos mais terríveis complexos manicomiais do país”, relatou.

Ao longo da transmissão, os convidados dividiram trajetórias, experiências e projetos desenvolvidos nas instituições que representam. Pelo MAOC, o técnico em museologia Elielton Ribeiro, historiador da arte pela Unifesp e pesquisador do processo de reabertura da instituição, apresentou o MAOC, abordando sua história, acervo e processo de reabertura.

“O MAOC é formado por cinco salas expositivas, em uma delas, temos artistas que se destacaram na Escola de Artes Plásticas, como Masayo Seta, Rubens e Aurora Cursino dos Santos. Aurora foi prostituta antes de ser interna do Juquery, esse fato envolve questões sociais que vão muito além da noção que temos hoje sobre saúde mental e nos fazem questionar os motivos das internações de muitos que passaram por aqui e pensar o que era loucura no início século 20 e o que é loucura hoje”, indagou Elielton.

As palestras do “III Seminário Cultura e Saúde” estão disponíveis no canal da Prefeitura de Franco da Rocha no Youtube. Clique no link para acessar o conteúdo completo: youtube.com/prefdefranco.

Texto: Luana Nascimento


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