Gestores de Saúde participam de palestra sobre atendimento à população LGBTQI+

Gestores que atuam na rede de saúde de Franco da Rochas participaram nesta terça-feira (14), de uma formação sobre à diversidade e atendimento de saúde à população LGBTQI+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Intersexuais) na sala de reuniões da Secretaria da Saúde. A atividade foi coordenada pela advogada e fundadora da organização não governamental (ONG) LGBTQI+ Regional, Carla Baker, e teve como objetivo qualificar a rede para atenção e cuidado à saúde deste público.

Veja fotos do evento.

Na abertura do evento, o secretário adjunto de Saúde e médico infectologista, Dr. Paulo Antonio Friggi, apresentou o assunto, salientando a atuação da ONG, que trabalha pelas políticas públicas voltadas aos LGBTQI+ e luta pela inclusão, respeito e garantia de direitos. “Precisamos preparar os profissionais nas unidades de saúde para receberem os pacientes sem discriminação ou preconceito, incentivando a promoção de um atendimento qualificado e que atenda às especificidades desta população”, ressaltou Dr. Paulo.

Fundada em 2018 em Caieiras, a ONG LGBTQI+ Regional atua de forma a ministrar palestras sobre à diversidade, além de oferecer assistência social e jurídica a travestis e transexuais para garantir o acesso aos direitos fundamentais dessa população.

A advogada Carla Baker realizou uma apresentação completa sobre a temática, mostrando, inclusive, elementos para a diminuição da vulnerabilidade do público LGBTQI+, como por exemplo, a utilização do nome social – forma como a pessoa se autoidentifica e é reconhecida na sua comunidade e no meio social, uma vez que o seu nome civil, isto é, seu nome de registro não reflete sua identidade de gênero. Vale ressaltar que o direito ao nome social no Sistema Único de Saúde (SUS) está previsto no Decreto Federal nº 8.727/2016 e vale para todo o Brasil

Segundo Carla, a palestra está sendo levada para as Prefeituras de toda a região e o objetivo é fomentar, principalmente, o respeito e a empatia. “É preciso que haja uma assistência humanizada, valorizando as subjetividades de cada um, o processo de conhecimento do individuo e a identificação das suas necessidades sociais e de saúde”, frisou.

O acesso à saúde é garantido por lei, no entanto, segundo Carla, fatores como a discriminação, desrespeito ao nome social nos serviços de saúde pública, somados à discriminação por parte dos profissionais acabam afastando a população LGBTQI+ dos serviços de saúde. “Por isso, é obrigação dos funcionários respeitar o nome social”, explicou a advogada.

Dr. Paulo acrescentou que, além do trabalho de formação das equipes, a Secretaria da Saúde de Franco da Rocha já iniciou um processo de modernização dos sistemas de atendimento, de modo que permita a inclusão do nome social em documentos e prontuários de saúde.

Ao final da palestra, a advogada abriu espaço para perguntas e troca de experiências cotidianas no atendimento das unidades de saúde e foi distribuída a cartilha de atendimento ao público LGBTQI+.

Texto: Luana Nascimento – Foto: César Iury


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