Emeb Mariana Thomaz Ferreira realiza reunião de planejamento com reflexão sobre o livro “Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil”
Quantas mulheres extraordinárias passam a vida sem o devido reconhecimento? Quantas batalham para construir suas histórias, desviando do machismo, violência e outros obstáculos que pesam ainda mais na luta diária das mulheres por direitos fundamentais.
Com base nessa temática, a Emeb Mariana Thomaz Ferreira organizou a atividade “Mulheres em pauta”, um encontro especial do mês das mulheres pautado no livro “Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil”, de Duda Porto de Souza e Aryane Cararo. A obra conta a história de mulheres que mudaram (e estão mudando) a história, como Dandara, Carolina Maria de Jesus, Dorina Nowil, Leila Diniz, Clarice Lispector, entre outros perfis de revolucionárias que viveram desde o século XVI até a atualidade.
A ação, que ocorreu por meio da Secretaria da Educação e Cultura, contou com a organização de todas as servidoras da Emeb, apresentação da coordenadora Jenifer Felix, da diretora Daiana Bezerra e da vice-diretora Silvana de Freitas.
Na abertura, a coordenadora introduziu o assunto explicando a origem do Dia Internacional da Mulher, movimento iniciado em 1917, na Rússia, quando um grupo de mulheres operárias lutou por melhores condições de trabalho. A partir daí, os movimentos se multiplicaram e elas passaram a reivindicar o direito ao voto, à educação e à liberdade.
“Desde os tempos mais remotos, a trajetória das mulheres baseia-se na luta. Luta por uma sociedade mais igualitária, por respeito e valorização no trabalho e na sociedade. Essa luta ainda continua, e hoje, ocorre com mulheres como nós”, lembrou Jenifer.
A violência, que infelizmente ainda permeia a vida das mulheres, sendo física, psicológica, emocional, sexual, patrimonial e moral, também foi uma das pautas do encontro, e a partir daí, o grupo teve espaço para compartilhar seus relatos pessoais, dificuldades e conquistas. Um ponto em comum entre todas as histórias, foi a superação de desafios. À sua maneira, cada uma das mulheres contou como venceu o machismo e a falta de oportunidades, para conquistar trabalho, estudos, independência financeira e autoestima.
“Apesar da falta de apoio, eu consegui suportar todos os percalços, fazendo meu papel de mãe e o de pai, sofrendo julgamentos e, finalmente, chegando aonde eu queria. Levou um tempo para que eu chegasse aqui, mas posso me orgulhar da mulher que eu me tornei”, relatou uma das convidadas, emocionando todo o grupo.
No encerramento da atividade, as servidoras participaram de uma dinâmica onde mostravam a foto de uma mulher que consideravam ser incrível. Entre as citadas estavam mães, avós, irmãs, tias e até elas mesmas, que formaram uma rede de apoio, acolhimento e proteção.
Segundo a diretora Diana Bezerra, a atividade voltada às mulheres teve início há duas semanas durante o Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) realizado pela equipe. “O intuito de iniciar essa reflexão, era incluir todas as servidoras da escola, não só as professoras e sair do caráter comercial do Dia Internacional da Mulher, propondo uma ação mais abrangente”, explicou a diretora.
Para a vice-diretora Silvana de Freitas o encontro superou expectativas. “Foi um encontro emocionante, com relatos pessoais, de mulheres reais. Elas tomaram conta da pauta, se libertaram e temos certeza que a partir de agora, outras mulheres também poderão se libertar”, declarou.
Texto: Luana Nascimento – Foto: César Iury
