Uma Por Todas: Prefeitura lança programa de erradicação da pobreza menstrual

Jornal, miolo de pão e pedaços de pano são itens usados de forma improvisada por pessoas que menstruam para substituir absorventes higiênicos. Essa situação, denominada “pobreza menstrual”, é realidade na vida de uma parcela da população que arrisca sua saúde pela falta de acesso a itens básicos de higiene, informação e apoio.

Nesse contexto, atividades consideradas corriqueiras, como ir ao trabalho ou frequentar a escola, tornam-se grandes desafios para quem convive com a pobreza menstrual, aumentando a desigualdade social e de gênero.

Para reverter esse cenário, a Prefeitura lançou na tarde desta quarta-feira (17), o programa “Uma Por Todas”, iniciativa organizada por meio das Secretarias da Saúde, Assistência Social e Educação e Cultura, que visa a erradicação da pobreza menstrual por meio da distribuição de kits de absorventes nos Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e escolas da rede municipal para pessoas que menstruam e se encontram em situação de vulnerabilidade social e participam de programas de transferência de renda.

O evento aconteceu na Casa de Cultura Marielle Franco e contou com a presença do prefeito Dr. Nivaldo e da vice Lorena Oliveira, da secretária de Saúde, Thais Marquês; da secretária adjunta de Assistência Social, Iara Coqueiro; da secretária da Educação e Cultura, Renata Celeguim; da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Talita Greco; da delegada responsável pela Delegacia da Mulher de Francisco Morato, Francine Ribeiro; da presidente da OAB/SP 150ª subseção de Franco da Rocha, Adriana Gaspari e diversas servidoras da administração pública.

Em sua fala, a vice-prefeita Lorena Oliveira comentou que o projeto teve a contribuição de muitas mulheres representadas pelas Secretarias da Saúde, Assistência Social e Educação. “A pobreza menstrual é uma consequência das desigualdades sociais e de gênero e ainda hoje é cercada de tabus, assim como tantos outros assuntos relacionados ao nosso corpo. Por isso, além da distribuição de absorventes higiênicos, também vamos levar informação às pessoas que menstruam para que esse tema deixe de ser um tabu e transforme-se política pública efetiva e garantia de direitos para quem mais precisa”, declarou Lorena.

Entre os convidados do lançamento do programa, estava Arunã Siqueira, morador do bairro Monte Verde, que abordou a importância da inclusão de homens trans nas políticas públicas voltadas à dignidade menstrual, visto que, muitos homens trans continuam menstruando. Arunã atuou durante anos como agente comunitário de saúde e revelou algumas dificuldades das pessoas trans no acesso à saúde, tais como respeito ao nome social e atendimento humanizado.


A pobreza menstrual atinge, sobretudo, pessoas trans que vivem discriminações no acesso ao trabalho, que acabam se evadindo da escola muito cedo e necessitam desse olhar atento do poder público, por isso, é importante que os serviços de saúde se atentem ao fato de que essa população também precisa de dignidade menstrual. Eu, como um homem transgênero, parabenizo esse projeto que acata corretamente o termo ‘pessoas que menstruam’, zelando pela neutralidade das identidades de gênero”, declarou Arunã.

Segundo a Secretaria da Saúde, a entrega dos kits de absorventes será mensal e começa a partir de segunda-feira (21).

Texto: Luana Nascimento – Foto: Orlando Junior


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