Centro de Vivências recebe apresentação de oficina realizada nos Cras pela Universidade de Birmingham e Faculdade de Saúde Pública-USP

O Centro de Vivências em Múltiplas Linguagens Raimunda Assunção dos Santos, no Juquery, recebeu na última terça-feira (13), a apresentação da oficina “Vozes da Juventude: Como viver (melhor) em contextos de escassez de recursos e risco de desastres no Município de Franco da Rocha”, elaborado pela pós-doutoranda do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, Susanne Börner e financiado pelo Programa de Pesquisa e Inovação Horizon da União Europeia.

Iniciado em 2019, o objetivo do projeto, realizado na USP e na Universidade de Birmingham (Reino Unido), era conhecer as experiências e desafios de cerca de 40 jovens de 12 a 18 anos em situação de vulnerabilidade atendidos pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) da Vila Bazu e do Lago Azul, levando em consideração as mudanças climáticas, o aumento do custo de vida e o risco de desastres.

Participaram da apresentação do projeto, o prefeito Dr. Nivaldo, a secretária de Assistência Social, Elaine Kipp, e outros servidores da pasta, além do professor associado da Faculdade de Saúde Pública-USP, Leandro L. Giatti e outros representantes da instituição.

O prefeito Dr. Nivaldo parabenizou a iniciativa e a participação dos servidores no projeto. “É importante conhecer a visão de quem vem de fora e pode pode alguma forma colaborar com os serviços públicos que nós disponibilizamos aos moradores, em especial à juventude, que precisa de mais atenção. Com relação às enchentes, temos realizado um trabalho intenso com as secretarias de Obras, Habitação e Defesa Civil para tornar a cidade mais resiliente ao período chuvoso”, declarou Dr. Nivaldo.

Susanne explicou que a indicação da realização do projeto no município ocorreu por meio da Faculdade de Saúde Pública-USP, devido aos episódios de enchentes e alagamentos enfrentados na cidade e que o foco na juventude se deu em razão de esse grupo estar entre os mais afetados pelo acesso desigual aos recursos. “Em 2019, 35% da população brasileira tinha menos de 24 anos, segundo o IBGE. No entanto, as vozes dos jovens ainda são escassas nos debates em torno do acesso seguro e da qualidade dos alimentos, da água e da energia, bem como do impacto das mudanças climáticas”, disse a pós-doutoranda.

Inicialmente, os encontros com a juventude dos bairros Lago Azul e Vila Bazu aconteceram de forma presencial, no entanto, a pandemia da Covid-19 levou o grupo a se comunicar por aplicativos de conversa. “A pandemia mudou a forma como o projeto foi acontecendo, mas também enriqueceu a pesquisa ao mostrar como esses jovens lidavam com o isolamento social, a necessidade de interação”, explicou a doutora.

Os jovens que participaram da pesquisa apontaram questões em torno do acesso a alimentos saudáveis e problemas ambientais, como queimadas, que impactam a saúde e qualidade de vida. Além disso, identificaram ligações entre eventos como tempestades e enchentes com a restrição da mobilidade, o risco de desabamentos e deslizamentos e o acesso à água, energia ou alimentos.

Ao final da apresentação, os participantes foram divididos em grupos para discutir propostas de intervenções com os grupos de jovens que frequentam os serviços assistenciais do município com base nas necessidades apontadas pela pesquisa feita por Suzanne.

“É importante encontrar formas de dialogar com os jovens, tornando-os protagonistas das transformações sofridas no ambiente em que eles vivem. Eles percebem as mudanças climáticas e a necessidade de adaptação à alta do custo de vida cada um à sua maneira, e essa oficina é uma oportunidade para nós, que fazemos o atendimento dessas crianças e de suas famílias, possamos compreender essas particularidades”, concluiu a secretária Elaine Kipp.

Texto e foto: Luana Nascimento


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