Servidoras da saúde participam da 3ª edição do “Café com Elas”
“É rico quando juntamos mulheres e suas experiências de vida. Isso cria um importante fortalecimento”. Foi com essa frase que a psicóloga do Núcleo de Prevenção e Assistência às Vítimas de Violência (NUPAVV), Leila Lisboa, iniciou a 3ª edição do “Café com Elas”, uma roda de conversa que acontece anualmente no mês do Dia internacional da Mulher.
Organizado pela Secretaria de Saúde, junto à Diretoria de Atenção Especializada e o NUPAVV, o evento aconteceu na tarde da última terça-feira (7) na sala de reuniões da Praça da Saúde e contou com a presença das servidoras de variadas áreas da secretaria. Junto à psicóloga Leila, a conversa também foi ministrada pela gestora do NUPAVV, Sandra Regina, e a assistente social, Rosa Maria.
Neste ano, o tema discutido foi o machismo como forma de pensamento e comportamento que se baseia na crença de que os homens são superiores às mulheres. De acordo com a gestora, Sandra, é importante trazer à tona este assunto que perpetua não apenas em homens, mas também em mulheres.
“Mesmo sendo um pensamento negativo, o machismo está enraizado em nossa sociedade. Nós mulheres ouvimos muitas frases que podem afetar até mesmo a nossa autoestima e, nem sempre essas frases vêm de homens, mas de acordo com a criação, elas também são ditas, infelizmente, por mulheres”, disse a gestora.
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Para o tema ficar ainda mais explicativo e significativo, houve uma dinâmica em grupo com a exibição do vídeo “Sua Voz Importa” do canal do Youtube, Movidesk. As participantes escreveram frases machistas que já escutaram durante suas vidas e isso abriu espaço para reflexões. “Eu fui a única mulher que cresceu em meio de irmãos homens e sempre escutei de tudo. Até mesmo o meu pai queria que a minha vida fosse apenas constituir uma família e cuidar da casa para o meu marido. Mas sempre tive apoio da minha mãe e ela dizia para eu não depender de ninguém, isso abriu a minha mente”, comentou emocionada, Ana Beatriz.
A partir desta fala, a vice-prefeita, Lorena Oliveira, disse que o objetivo da presença de todas as mulheres naquele momento era que elas saíssem melhores do que entraram. “Vocês estão aqui para transformar o mundo. Eu mesma já ouvi muitas frases, ainda mais pela posição em que ocupo, mas não podemos nos deixar abalar, precisamos nos fortalecer”, comentou.
Gaslighting, mansplaining e manterrupting também foram assuntos abordados na reunião. Esses são termos que remetem à violência psicológica sofrida pelas mulheres nas relações amorosas, familiares e de trabalho. Sendo, Gaslighting, quando o homem deslegitima o que a mulher fala, mansplaining, quando o homem explica algo para uma mulher que já é do conhecimento dela e, o manterrupting, quando o homem interrompe uma mulher.
Hoje, já existe um Projeto de Lei 872/23 que criminaliza a misoginia, definida como a manifestação que inferiorize, degrade ou desumanize a mulher, baseada em preconceito contra pessoas do sexo feminino ou argumentos de supremacia masculina.
Para finalizar a conversa, a música “Hoje Ela já Chorou” do artista Hungria Hip Hop, foi apresentada no telão e deixou a frase “Todo mundo já conheceu uma mulher que é regada a força, já superou decepções, traições e se mantém de pé a cada dia”.
Texto e foto: Khananda Beatriz
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