Caps Infantojuvenil e Centro de Convivência realizam roda de conversa e café da manhã em homenagem ao Dia das Mães
Na manhã de sexta-feira (19), foi realizado, por meio da Secretaria da Saúde, um café da manhã em homenagem ao Dia das Mães, no Centro de Convivência Vera Lucia Magagnini Santos (Ceco).
O encontro, monitorado pelas gestoras Carolina Malins, do Caps Infantojuvenil (Caps IJ), Jessica de Araújo, do Ceco, e pela psicóloga Katia do Nascimento, do Caps IJ, contou especialmente com a presença das mães e responsáveis dos pacientes.
Além da comemoração, foram feitas reflexões sobre a maneira como as mães, que acompanham diariamente seus filhos nos tratamentos, acabam não tendo todo seu esforço reconhecido e, por muitas vezes, desprezado. Descrito como um “adoecimento das mães”, a gestora Carolina mencionou que 90% dos responsáveis pelos pacientes são mulheres que, em certas ocasiões, não possuem auxílio da família ou de seus companheiros no tratamento de seus filhos. Ela ressaltou ainda que é importante reconhecer todo o cuidado e responsabilidade entregues pelas mães, ainda mais depois de um longo período de pandemia.
Muitos responsáveis demonstraram insatisfação e indignação em relação à maneira que boa parte da sociedade ainda lida com deficientes intelectuais. Nas palavras da gestora Jessica, este fato pode ser comparado aos pensamentos antigos em que as pessoas “diferentes” precisavam ser “engaioladas”, fazendo menção ao Dia da Luta Antimanicomial.
A maneira como os Caps da cidade atuam em relação ao desenvolvimento dos pacientes também foi um fator levantado, já que em muitos outros equipamentos os tratamentos são realizados de maneira mais “fria”, diferente dali, onde existe um coletivo de cuidado. Na roda de conversa orientada pela psicóloga Kátia, foi mencionado como os eventos voltados às pessoas com deficiências intelectuais estão sendo priorizados na cidade, e como essas ações a incentivam.
A dinâmica desenvolvida pelas orientadoras baseou-se na aproximação de cada um dos integrantes. Duplas se formaram e muitos gestos de amor e carinho foram transmitidos de uma pessoa para outra. Tanto as crianças, quanto os adultos emocionaram-se com a atividade que, no final, arrancou muitas emoções de quem estava presente.
Segundo Helen Vieira, mãe da Selene Morais, paciente do Caps IJ, o encontro teve um grande significado. “Até o ano passado era um trabalho de tentativas e erros para a Selene conseguir ficar calma nos lugares com muitas pessoas. Hoje ela está super bem, tranquila, está conseguindo esperar. Estou sentindo orgulho das mudanças. Orgulho das melhoras, dos reconhecimentos e do aprendizado. Isso me deixa muito confiante de que no futuro as coisas serão melhores.”
Para finalizar, o café da manhã foi servido depois das conversas e atividades.
Texto: Lívia H. Magalhães – Dalmir Junior/Lívia H. Magalhães
