Festival Oyá com Águas de Osun abre o mês da consciência negra em Franco da Rocha
Símbolo de resistência através de arte e cultura, o Festival Oyá com Águas de Osun fez do Parque Benedito de Morais um espaço de representatividade e respeito no último domingo (22). O evento de abertura do mês da consciência negra foi uma realização da Associação Cultural Afro-Brasileira (Acafro), em parceria com a Prefeitura, por meio da Secretaria Adjunta de Cultura.
Na abertura, Iyá Tânia, fundadora e presidenta da Acafro, discursou sobre a preservação da cultura afro-brasileira e a luta contra o racismo, relembrando as histórias de Zumbi e Dandara dos Palmares, símbolos de resistência contra a escravidão no Brasil. Crimes recentes de intolerância também foram citados por Tânia, como os casos da vereadora Marielle Franco e Moa do Katendê, ambos assassinados em 2018.
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“Somos resistência. A nossa essência é essa desde os nossos ancestrais. Nunca devemos esquecer do que nos trouxe até aqui e do que passamos para conquistar cada espaço. Um momento como esse, em um festival desse tamanho, enche nosso coração de alegria, mas também reforça a importância de continuarmos lutando por igualdade e respeito. Axé!”, ressaltou a presidente da Acafro, Iyá Tânia.
Dando continuidade, Iyá Tânia, ao lado do secretário adjunto de Cultura, Adilson Cunha, homenagearam cerca de 150 personagens franco-rochenses pelas movimentações antirracistas e trabalho pela promoção, preservação, proteção e disseminação da cultura afro-brasileira.
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“Trabalhamos cada vez mais para que as políticas públicas atendam a todos e todas com o devido respeito. Sempre buscando a garantia do respeito aos direitos, independentemente de sua crença ou fé. A importância dessas políticas vai muito além do simples reconhecimento da liberdade religiosa; elas representam um compromisso com a diversidade e a inclusão”, disse o secretário Adilson.
Em seguida, ocorreu o batizado do primeiro bloco Afro Cultural do município, Afoxé Omo L’Oyá, que se formou dentro de um terreiro de candomblé, Ilé Alaketú Oyá Alagbará, com a presença dos afoxés de São Paulo, Ilé Omo Dadá e Omi Aiyê. A atividade contou ainda com a participação de dois artistas que são referência na cultura afro-brasileira, sendo eles, o Mestre Enoque Santos e, direto de Salvador, Gabi Guedes, considerado um dos melhores percussionistas do Brasil.
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Dando encerramento, os grupos afoxés guiaram em um só ritmo um cortejo pelas ruas da região central de Franco da Rocha, com o presente da divindade Osun e os acarajés da divindade Oyá, até cachoeira da 4ª colônia visando a preservação do meio ambiente.
Texto: Jorge Henrique Ramos – Foto: Orlando Junior
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