5ª Oficina do Mutirão São Carlos orienta moradores a identificar sinais de risco em construções

Saber reconhecer os sinais de risco que podem comprometer a estrutura das casas e a segurança dos moradores torna-se cada dia mais importante, especialmente para quem reside em áreas íngremes ou consideradas de risco. Por isso, a Prefeitura, por meio da Secretaria da Habitação e Regularização Fundiária, realizou no último sábado (21), a “5ª Oficina do Mutirão São Carlos – De olho na moradia”, na Emeb Maria Lúcia de Souza Silva, no Jardim dos Reis.

O encontro faz parte do “Projeto e mutirão para mitigação de risco em área atingida por escorregamento: ATHIS no núcleo São Carlos”, local que sofreu com deslizamento de terra em 2022 e que está recebendo ações de fortalecimento de vínculos, e em breve, terá a construção de um novo muro de contenção. A oficina acontece em parceria com o Instituto Soma, Ecounion e fomento do CAU/BR.

Abrindo o encontro, a secretária Ana Carolina Alencar e a secretária adjunta Valéria Ortega apresentaram a temática para os moradores. “É importante sabermos identificar as patologias das nossas casas para, em caso de risco, procurarmos os órgãos responsáveis, como a Secretaria da Habitação. Esse processo que ocorre com as construções pode ser comparado a uma doença, que começa com um resfriado, podendo evoluir para uma gripe ou uma pneumonia que necessitam de medicação, e no caso das residências, reparos ou outras medidas de contenção”. 

De olho na moradia

Na sequência, a arquiteta e urbanista e diretora de Projetos Habitacionais, Adriana Becker, explicou o que podem ser os tracejados ou aberturas alongadas que se estendem pelas paredes, lajes e outras partes das construções:

Microfissura ou fissura: é o primeiro estágio da patologia e corresponde a aberturas finas (de até 1 mm) e alongadas; geralmente são superficiais
Trinca: vem na sequência, acontece quando a abertura aumenta (entre 1 e 3 mm) chegam a dividir a estrutura em duas partes
Rachadura: são aberturas (acima de 3 mm) através das quais podem passar o vento e a água das chuvas

Com o auxílio da representação de uma parede feita de isopor, a também arquiteta e urbanista Amanda Cota mostrou como os moradores podem verificar se há ou não evolução em uma dessas aberturas. É possível marcar as extremidades e medir a largura da abertura com uma régua. Periodicamente, o morador pode acompanhar esta medida para observar se ela cresceu em extensão ou em largura.

Segundo Adriana Becker, as fissuras, trincas e rachaduras podem ter diversas origens, como problemas estruturais do imóvel, dilatação térmica, infiltração, sobrecargas e até mesmo uso de materiais inadequados no processo de construção.

Para encerrar, o grupo participou de um café e foi entregue aos moradores uma régua com a delimitação de cada tipo de patologia para saberem reconhecer os sinais de risco em suas casas.

A moradora Eveni Ferreira dos Santos contou que o pai é pedreiro e, por meio das informações passadas na oficina, ela conseguiu identificar problemas que já viu em outras construções. “Eu aprendi muito com as informações passadas aqui e gostaria que essa oficina chegasse a mais pessoas, como o meu pai, por exemplo, que não tem uma formação, aprendeu seu ofício há muitos anos, e não conhece todas as ferramentas que podem evitar rachaduras e outros problemas. Esse conhecimento é fundamental para a nossa segurança e faço questão de trazer o meu pai para a próxima oficina”.

Próximo encontro

A 6ª oficina terá como título “Somos nós” e serão apresentados os blocos utilizados para a construção do muro de contenção, que será erguido com a tecnologia de LogBlock, peça de concreto em formato de favo de mel com encaixe simples que poderão ser feitos pelos próprios moradores junto à equipe técnica da Prefeitura, fortalecendo ainda mais os vínculos com a comunidade da rua São Carlos.

Texto e foto: Luana Nascimento


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