Referência de arte e inclusão: Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência visita o MAOC

Prestes a completar três anos de sua inauguração, o Museu de Arte Osório Cesar (MAOC) vem conquistando cada vez mais o seu espaço na história da arte brasileira com 270 obras expostas e mais de 8 mil pinturas, modelagens e desenhos preservados no Núcleo de Acervos, Memórias e Cultura do Juquery.

E na última sexta-feira (27), a Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, veio direto de Brasília para conhecer de perto o MAOC e a rica história de Franco da Rocha. Há quatro meses, o museu ganhou 17 obras táteis com o objetivo de oferecer um convívio social inclusivo para as pessoas com deficiência visual, conquista que motivou ainda mais a visita da secretária.

Para iniciar o tour pelos corredores do museu, a secretária foi recepcionada pela Gestor do MAOC, Elielton Ribeiro, que guiou a visita apresentando cada detalhe das obras e do núcleo de acervos. Também participaram o secretário Executivo do Gabinete, Marcus Brandino; o gestor do Programa Municipal de Educação Inclusiva, Thiago Basílio; membros do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de Francisco Morato e representantes do Ministério da Saúde.

Logo em seu primeiro contato com o museu, Anna Paula tocou o mapa tátil que tem como função auxiliar o deficiente visual a mentalizar o espaço geográfico do equipamento. “Conhecer a história de Franco da Rocha por meio do MAOC é de uma satisfação imensa. Essa é uma representatividade exemplar da arte e a acessibilidade trabalhando juntas sem deixar ninguém para trás. Estou encantada com tantos detalhes”, disse a secretária.

Após passar pela adaptação tátil da obra “Freud” do ano de 1994, a secretária se emocionou ao conhecer um exemplar artístico de madeira e poliestireno feito em um pedaço de árvore, que relembrou sua infância em Florianópolis quando seu pai colecionava lascas de troncos trazidos pelas ondas da praia.

No fim da visita, Ana Paula foi presenteada com o catálogo da exposição de longa permanência do MAOC e fechou com chave de ouro recitando seu poema autoral “Sobre Nossas Vidas”, concluído com a seguinte frase: “É conosco, e não por nós, que a roda da história precisa girar. É conosco, e não sem nós, que a vida há de melhorar”.

Texto: Jorge Henrique Ramos – Foto: Orlando Junior